* Kit anti homofobia, proibido pela presidente Dilma, já estava sendo usado em “projeto piloto” em escolas do Acre governado pelo PT.
Reinaldo Azevedo
O tal “kit gay” já tinha sido distribuído a escolas de Rio Branco, capital do Acre — governado por Tião Viana, do PT — e, consta, de Recife, o que não consegui confirmar.
Isso significa que, para não variar, Fernando Haddad, ministro da Educação deixou de dizer a verdade ao afirmar que o material não tinha sido ainda aprovado pelo MEC.
É escandaloso que o governador Tião Viana permita que os estudantes do Acre tenham acesso a um material considerado inadequado por diversos especialistas e que foi vetado pela própria presidente da República. Pior: os alunos estavam sendo obrigatoriamente submetidos às sessões, o que, na prática, até um secretário de estado admite.
Veja Notícia:
Governo suspende distribuição do Kit Gay em Rio Branco
O secretário [Henrique Corinto, de Justiça e Direitos Humanos] foi convocado pela bancada evangélica na Assembléia Legislativa do estado para explicar denúncias de que estudantes da rede estadual de ensino estavam sendo obrigados a assistir aos vídeos distribuídos pelo MEC na luta contra a homofobia. Os deputados fizeram questão de assistir os vídeos na presença do secretário.“Nós recebemos denúncias de estudantes e de pais de alunos que, na escola Armando Nogueira, os professores estavam obrigando os alunos a assistir aos vídeos. Muitos estudantes reclamaram que nem sequer puderam sair da sala, que foi trancada. O próprio diretor da escola confirmou que estava sendo obrigado pelo secretário de educação a exibir os vídeos”, explicou o deputado Astério Moreira (PRP).Os deputados, que não gostaram do filme que trata da paixão de um adolescente do sexo masculino por outro do mesmo sexo, ficaram ainda mais indignados ao saber que, apesar de proibidos nos outros estados da federação, os vídeos continuaram a ser exibidos para os estudantes acreanos porque a ação faz parte de um plano piloto em execução em Rio Branco e em Recife.
“Isso é crime. Quer dizer que estão usando nossas crianças como cobaias”?, reclamou a deputada Antônia Sales (PMDB).
Já o pastor José Ildson, presente à reunião, informou ao secretário que, se o governo insistisse na divulgação do material, a sociedade seria mobilizada contra a prática. “Se é proibido falar de religião nas escolas, por que é obrigado falar de homossexualismo? Não vejo bom senso nessa medida, e vamos reagir contra. Não podemos ser punidos por defender a família, o que não significa que sejamos contra os homossexuais. Somos contra a indução, a apologia à prática”, esclareceu o pastor.
Após a conversa de aproximadamente duas horas, o secretário de Direitos Humanos declarou suspensa a exibição dos vídeos nas escolas da rede pública da capital. “O assunto é polêmico e deve ser mais bem esclarecido. Não queremos alimentar polêmica; por isso decidi suspender a partir de hoje”, disse Henrique Corinto.
Com a repercussão da notícia, foi divulgado esse esclarecimento no jornal
O Cine Educação é um programa do Ministério da Justiça realizado há pelo menos quatro anos nos estados brasileiros, com a ideia de exibir filmes e documentários com a temática dos direitos humanos. A exibição dos filmes nas escolas é um desdobramento da Mostra Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos, que no Acre é realizada há 5 anos, sempre em dezembro, com sucesso de público e de crítica.
Os filmes da Mostra de Direitos Humanos que são posteriormente exibidos no projeto Cine Educação, se propõem a difundir as temáticas dos Direitos Humanos por meio da linguagem cinematográfica, com temas como valorização da pessoa idosa, inclusão das pessoas com deficiência, garantia dos direitos da criança e do adolescente, população de rua, saúde mental, igualdade de gênero, diversidade sexual, preconceito racial, liberdade religiosa, acesso à terra, direito ao trabalho decente, inclusão social, direito à memória e à verdade, entre outros.
A proposta do Cine Educação é reproduzir parte do conteúdo da Mostra nas escolas. “Além disso, cabe ressaltar que a adesão das escolas ao projeto é voluntária, o que significa dizer que nenhuma escola, tampouco seus alunos, foi obrigada a assistir a filmes ou ter acesso a quaisquer outros conteúdos”, ressalta o secretário de Educação Daniel Zen.
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