segunda-feira, 28 de março de 2011

Os actos homossexuais são uma caricatura reles do acto conjugal.

HOMOSSEXUALISMO:


Por: Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

"Se alguém me pedisse para demonstrar que a soma dos ângulos internos dum triângulo é 180º, creio que conseguiria fazê-lo com facilidade.

Seria, porém, muito difícil "provar": que um círculo é redondo, que o todo é maior do que as suas partes; que a vida humana é inviolável, que o homossexualismo é um vício contra a natureza.

Sim, demonstrar o óbvio é extremamente difícil; pois aquele que não percebe o óbvio, provavelmente nunca o perceberá, mesmo depois duma refinada argumentação.

Eis-me com a árdua tarefa de "provar" o que sempre foi aceite sem demonstração, mas que Onaldo Alves Pereira ousou rejeitar num artigo publicado no Jornal Opção (Goiânia, 3 a 9 de Maio de 1998, p. A-36 a A-39):

Que a conjunção carnal entre dois homens, ou entre duas mulheres, é um acto contrário à natureza.

Alguém poderia arguir que "a insensatez do (citado) autor é tamanha que nem merece resposta".
Porque quem tem bom senso não precisa de argumentos.
E porque quem não tem bom senso não vai convencer-se mesmo, nem com todos os argumentos.

Tal arguição é válida.

Mas convém lembrar que o bom senso, património precioso da espécie humana, pode ser perdido.
Pessoas sensatas frequentemente deixam de sê-lo, por causa do raciocínio falacioso dum orador eloquente, ou por causa da repetição insistente duma mentira.

Não é o cúmulo da insensatez, por exemplo, que um Congresso Nacional esteja agora a ponto de decidir, por votação, se a criança (por nascer) é uma pessoa, ou se é uma "coisa" que pode ser esquartejada e misturada com os detritos hospitalares?

Por isso mesmo, é preciso repetir o óbvio, anunciar aquilo que a própria natureza já anuncia, e denunciar o que a própria consciência já acusa.

A Verdade, natural ou revelada, não pode ser calada.

Se os discípulos de Jesus se calarem "as pedras gritarão" (Lc 19, 40).

Mãos à obra, portanto.

A palavra"homossexualismo" é um neologismo de origem híbrida, grega e latina, e não existia nos tempos bíblicos.

A palavra não existia; mas o vício, sim. E muitas vezes a Bíblia condena tal vício, sem fazer uso de tal palavra. Não é exagero dizer que, desde o Génesis até ao Apocalipse, está presente tal condenação.

A primeira condenação, implícita e muito forte, já a encontramos no relato da criação do Homem.

Como coroamento da Sua obra, Deus fez o Homem "à Sua imagem"...

E fê-lo "homem e mulher".

Prossegue a Escritura: "Deus abençoou-os e disse-lhes: 'Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a' " (Gn 1, 27-28).

Esta passagem encerra um dos fins da diferenciação sexual: a procriação. Será esta a única razão pela qual Deus criou dois sexos na espécie humana? Não é; pois o homem e a mulher são diferentes também para que se possam completar mutuamente. O isolamento do homem é descrito, pelo Génesis, como um mal:
"Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar, que lhe corresponda" (Gn 2, 18).

Ao ver a mulher, tirada do seu lado, o homem exclama, exultante:

"Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!" (Gn 2, 23).

Ao contrário dos irracionais, que sendo inferiores a ele em natureza, não lhe podiam servir de companhia adequada.

A união sexual é descrita no versículo seguinte:
"Por isso, o homem deixa seu pai e sua mãe, une-se à sua mulher, e eles tornam-se uma só carne" (Gn 2, 24).

Aí está descrita, de maneira magnífica, a instituição do Matrimónio e o seu duplo fim: A geração da vida e a complementação dos cônjuges.

Por natureza, o homem e a mulher são diferentes e complementares.
O que falta no homem, sobeja na mulher, e vice-versa.
Daí, a sua atracção mútua e a tendência de formar uma união estável e perpétua, apta à procriação e à educação da prole.

Ao estudar a fisiologia masculina e feminina, o biólogo sente-se impelido a louvar a Deus.
Como Ele criou tudo com perfeição, de modo a que o aparelho reprodutor do homem se acoplasse perfeitamente ao da mulher, que o gâmeta masculino se unisse ao feminino, e que de tal união surgisse um outro ser humano, único e irrepetível!

Parece que estou a dizer o óbvio, pois é natural que a união sexual, se a houver, seja (apenas) entre um homem e uma mulher.

Falar em sexo só tem sentido se houver dois sexos diferentes. Não dizemos que a amiba é um animal de um só sexo; dizemos simplesmente que não tem sexo, que é assexuado.

A conjunção carnal de dois homens, ou de duas mulheres, não é uma "união sexual", embora eles tentem fazer uso (antinatural) dos seus órgãos reprodutores.

Tal acto é totalmente avesso à reprodução e à complementação homem-mulher.

Na impossibilidade de realizarem o acto conjugal, que requer órgãos sexuais complementares, os sodomitas procuram fazer uso de órgãos não genitais. (...)

Os actos de homossexualismo são, portanto, uma grosseiríssima caricatura do acto conjugal, tal como foi querido por Deus e inscrito na natureza.

É comum que, ao falarmos num Congresso Nacional, quando há políticos que defendem o "casamento" de homossexuais, as pessoas franzem a testa, demonstrando repugnância.

É perfeitamente natural que ao ser humano repugne aquilo que é antinatural.

Por mais que os "sexólogos" e alguns auto-intitulados "psicólogos" insistam em defender tal aberração, o bom senso ainda não se afastou totalmente do povo.

Encarar o homossexualismo com "naturalidade" é uma contradição.

Seria como encarar a visão com "obscuridade", ou encarar as profundezas com "superficialidade".
Como é consolador que os pequeninos entendam isto!

"Eu te louvo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos" (Lc 9, 21).

A menos que o homem queira rebaixar-se ao nível dos irracionais, escravos dos seus instintos, ele é chamado à virtude da castidade.

Tal virtude subordina o instinto sexual à razão.

Graças à castidade, o solteiro abstém-se do acto sexual até o casamento.
Graças à castidade, o casado abstém-se do acto sexual com quem não seja o seu cônjuge.
Graças à castidade, o religioso consagrado conserva a virgindade que livremente abraçou "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19, 12).

A castidade é a chave para a fidelidade matrimonial, a sacralidade da família e o respeito à vida.
Zombar da castidade é assinar um atestado de fraqueza e frouxidão.
Tal zombaria é, na verdade, expressão de inveja: a inveja que o fraco sente pelo forte, que o derrotado sente pelo vencedor.

O vício oposto à castidade é a luxúria.

Ensina-nos São Tomás de Aquino (1225-1274) que se pode pecar pela luxúria de dois modos:

- Primeiro, de um modo que contraria a recta razão, como é o caso da fornicação, do adultério, do incesto...
- Segundo, de um modo que, além disso, contraria a própria ordem natural do acto venéreo que convém à espécie humana.

É o que constitui o vício contra a natureza.
(Cf. Suma Teológica, II-II; Questão 154, artigo 11; Corpo).

Tal vício inclui a (própria) masturbação, a bestialidade (conjunção carnal com animais), o homossexualismo (conjunção carnal entre duas pessoas do mesmo sexo), e a prática antinatural do coito, ainda que realizada entre pessoas de sexo oposto e até mesmo casadas (o chamado sexo "oral" ou "anal", por exemplo).

O "vício contra a natureza", explica o mesmo teólogo mais adiante(ibidem, artigo 12, Corpo), tem uma gravidade especial em relação às demais espécies de luxúria. Estas só contrariam o que é determinado pela recta razão, pressupondo porém os princípios naturais.

Sim, porque o adultério, a fornicação e o incesto, por mais abomináveis que sejam, são praticados entre um homem e uma mulher, de um modo conforme a natureza, embora contrário à recta razão.

O homossexualismo, porém, corrompe a própria natureza do acto.

E como os princípios da razão fundam-se sobre os princípios da natureza,a corrupção da natureza é a pior de todas as corrupções.

Donde, conclui S. Tomás:

O vício sensual contra a natureza (nomeadamente o homossexualismo) é o maior pecado entre todas as espécies de luxúria.

É digno de nota que, em todo o raciocínio acima, o autor da Suma Teológica não use de nenhum texto da Bíblia, como premissa.

Isto é próprio de S. Tomás: Sempre que uma verdade pode ser demonstrada pela razão natural, ele faz abstracção do dado revelado, para ater-se (somente) ao puro raciocínio filosófico.
Uma vez demonstrada a verdade, a Bíblia é citada apenas para atestar a conformidade entre a razão e a revelação.

É admirável também como o Doutor Angélico, antecipando-se às dúvidas que surgiriam séculos depois, enumera várias objecções à tese que quer provar, e depois responde a cada uma delas.

Os modernos "pontificadores do sexo" teriam muito a aprender com este Mestre da Idade Média."

Fonte da imagem (adaptado)

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