sábado, 10 de abril de 2010

Pulseira do Sexo



Adolescente de 13 anos foi estuprada por quatro rapazes após ter a ‘pulseirinha do sexo’ rompida no terminal urbano, em Londrina…
As pulseirinhas de silicone aparentemente inofensivas que muitas jovens usam, se tornou um acessório polêmico há algum tempo. Dessa vez ”as pulseirinhas do sexo” fizeram uma vítima em Londrina.

Uma menina de 13 anos foi violentada por quatro rapazes na semana passada depois de sair da escola. De acordo com os policiais da Delegacia do Adolescente, onde está sendo investigado o caso, as pulseirinhas foram a causa da agressão à menina.
Em seu depoimento, ela relatou que teria conhecido o grupo de rapazes no Terminal Urbano de transporte coletivo, os quais teriam arrebentado as pulseiras e depois obrigando-a a manter relações sexuais.
Algumas escolas já estão proibindo o acessório e especialista alerta para a gravidade da situação.
Um dos meninos relatou que as relações teriam acontecido na casa dele, com o consentimento da menina. Mas confirmou que tudo começou por causa das pulseiras que ela utilizava. Já a garota relatou que aconteceu um estupro.

Pulseiras
As pulseiras começaram a ser usadas pelos jovens na Inglaterra e ganharam destaque mundo afora. No Brasil, muitos usam como acessório da moda, mas o que outros tantos desconhecem que é que para cada cor de pulseira existe um significado.
Numa espécie de jogo, aquele que tem a pulseira arrebentada por outro, tem que realizar o que a cor determina. Os ”castigos” vão de um simples abraço a um beijo na boca. Os mais ousados, vão de dança sensual, sexo oral e sexo propriamente dito. Há ainda a pulseira dourada, que vale tudo, ou seja, a pessoa tem que realizar tudo o que todas as cores significam.
Abaixo o significado de algumas das cores:
- Amarela: abraço
- Rosa: mostrar o peito
- Laranja: ”dentadinha de amor”
- Vermelha: dança erótica
- Branca: a menina escolhe o que quer
- Preta: sexo com quem arrebentar a pulseira
- Dourada: todos os itens acima
Fonte: cgn.inf.br

***
Fabricio Lombardi
Li que uma menina de 13 anos foi estuprada em Londrina após ter a “pulseira do sexo” arrancada. Movido pela curiosidade, fui ler a notícia a fim de saber que raios seria a tal pulseira.
Trata-se de uma “brincadeira” que, pelo que li, nesta e em outras reportagens sobre o assunto, está na moda. Consiste no uso de pulseiras de borracha de várias cores, e há uma convenção de que cada cor sugere um ato de conotação sexual que vai desde o abraço, beijo de língua, até mostrar os seios, sexo oral ou, até mesmo, a relação sexual completa. Se a pessoa tem uma de suas pulseiras arrebentada por alguém, é obrigada a pagar esse alguém com a “prenda”, que é o ato que a cor arrebentada simboliza.
A pergunta que não quer calar: o que leva uma garota na flor de sua adolescência a desprezar sua própria sexualidade – dom tão valioso
, verdadeiro tesouro recebido do Criador – ao ponto de colocá-la à disposição por um fio, pelo preço do arrebentar de uma pulseira de boracha?

Há em nossa cultura uma necessidade extrema de que se redescubra o valor da sexualidade. Neste mundo hedonista, a maioria das pessoas – principalmente adolescentes – cai no conto da sereia dos meios de comunicação em massa, e coloca sua sexualidade à disposição por um nada.
A sexualidade é um dom. Um tesouro precioso. Uma pérola que Deus colocou em nós como se fôssemos ostras em forma humana. O que os adolescentes que usam tais pulseiras perderam, ou nunca receberam, foi o senso de que o sexo, sem amor, não passa de uso de pessoas como se fossem algo descartável. O Venerável João Paulo II já dizia que o contrário de amar é usar. Trata-se de uma completa inversão de valores, onde a pessoa vale o que ela tem pra oferecer. A pessoa perde toda a dignidade e o valor intrínseco do “ser pessoa”, imagem e semelhança do Criador.

A moda dessas pulseiras está diretamente relacionada a esta dissociação entre a afetividade e a sexualidade, incentivada pelos meios de comunicação, pelas revistas, etc. A educação humana, principalmente dos adolescentes e jovens, deve ser baseada na construção da sexualidade sempre concomitante e dependente da afetividade. Sexo é ingrediente do amor, e não vice-versa.


O verdadeiro amor passa pela liberdade (eu te amo porque quero te amar, não porque arrebentaste minha pulseira de borracha), totalidade (eu me entrego pra você por inteiro(a) e por toda a minha vida), fidelidade (eu sou teu/tua, e ninguém mais poderá ter a mim, ainda que me arrebente uma pulseira), e fecundidade (estamos livres e preparados para assumir as conseqüências do nosso amor). E só há um lugar ou situação onde todas essas exigências do amor podem ser assumidas e vividas: o Matrimônio.

É justamente por isso que a Igreja, especialmente na pessoa do Santo Padre, está tão preocupada com a educação para o matrimônio, que deve começar já desde a infância, na observância da vivência matrimonial dos pais, passando pela educação para o amor na condição da castidade durante a infância e a adolescência (preparação remota), partindo depois para a constante busca da santidade e da castidade e pureza ao longo do caminho do noivado (preparação próxima), culminando na compreensão do significado esponsal do corpo e da missão profética dos casais cristãos em refletir o amor livre, total, fiel e fecundo de Deus aqui na terra (preparação imediata).

A vivência da sexualidade seguindo os ensinamentos da Igreja, Mater et Magistra (Mãe e Mestra) em matéria de moral, é a única forma de orientar sua própria sexualidade para uma felicidade plena.

Que nós sejamos profetas desta boa nova para nossas crianças e adolescentes, e saibamos educá-las (e educar-nos a nós mesmos) para o Amor, por uma sociedade mais sadia onde reine Cristo nos corações, e em lugar das pulseiras de conotação sexual, se usem escapulários de devoção e alianças que simbolizem o verdadeiro Amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário