terça-feira, 27 de abril de 2010

A Pilula do Dia Seguinte é Abortiva.


A Pílula do Dia Seguinte (PDS) é abortiva?
Filed under: Aborto, Sem Categoria — Prof. Felipe Aquino at 5:04 pm on Monday, January 28, 2008
A concepção de uma criança pode se logo após o ato sexual do casal, ou pode se dar até uns três dias depois, tempo que o espermatozóide pode sobreviver no interior da mulher. Segundo Speroff e colaboradores, 90 segundos após a ejaculação, já se pode encontrar os gametas masculinos no endocérvice (porção interna do colo uterino).
Estudos feitos, em casos de esterilidade conjugal, mostram que 5 minutos após a inseminação, feita no interior da cavidade uterina, já se detecta espermatozóides nas trompas, na região onde vai ocorrer a fecundação. Portanto, alguns minutos após o orgasmo masculino, já é possível a presença dos gametas masculinos em volta do óvulo.

A PDS contém uma fortíssima carga hormonal que não permite que o embrião (óvulo fecundado) se ligue à parede do útero da mulher (nidação) e se desenvolva; assim, ele é eliminado acontecendo um aborto. Na maioria das vezes usa-se o Levonorgestrel (derivado da 19-nortestosterona), e em dosagens que equivalem de 7 a 11 comprimidos das pílulas anticoncepcionais comuns de uso diário.

A empresa produtora e distribuidora da PDS na Nova Zelândia admitiu recentemente que este fármaco pode causar um aborto nas primeiras fases da gravidez. A companhia Schering Ltd, que tem a seu cargo a produção da PDS, distribui um folheto informativo que deve ser entregue às mulheres que adquirem o fármaco, no que claramente se indica que um de seus efeitos é evitar que o óvulo fecundado se aninhe ou implante nas paredes do útero, produzindo-se assim um aborto. (AUCKLAND, 2007-01-08 - ACI).

O diretor do Instituto de Bioética da Universidade Católica de La Plata, Dr. Juan Carlos Caprile, considerou que a pílula do dia seguinte não deve identificar-se como um “anticoncepcional de emergência, mas sim como um aborto de emergência”, dado que entre seus efeitos está o de evitar que um óvulo fecundado se implante no útero materno. Para o perito, a pílula do dia seguinte que o governo argentino distribui gratuitamente no sistema público de saúde “é abortiva porque diminui notavelmente a espessura da parte interna do útero (endométrio) não permitindo que se fixe o embrião entre os 7 e 14 dias de ocorrida a concepção, eliminando-o”. (BUENOS AIRES, 07 Mar. 07 - ACI).

Dr. Juan Caprile assinalou que “está comprovado pelos últimos adiantamentos científicos da biologia molecular que a penetração do espermatozóide no óvulo marca o início da vida humana, e, portanto desde esse momento é um novo indivíduo único e irrepetível que possui toda a informação necessária para ir desenvolvendo suas capacidades”.

O Conselho Regional XVII de Callao, do Colégio Médico do Peru divulgou em 21 de março de 2006 um comunicado à opinião pública em que assinala que a chamada “pílula do dia seguinte“, conhecida como Anticoncepcional Oral de emergência” (AOE) tem caráter abortivo e, portanto, não deveria ser legal no Peru.

O laboratório Grünenthal, fabricante no Chile da “pílula do dia seguinte”, decidiu retirar do mercado o fármaco devido a sua escassa venda e às constantes ações judiciais interpostas por organizações pró-vida que denunciam seu potencial efeito abortivo, pois o Postinor 2 (nome comercial do levonorgestrel 0.75) induz ao aborto.

O Desembargador José Renato Nalini, em artigo intitulado “Feto é Gente”, comenta que o nascituro pode ser autor em juízo: … No momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo, ocorre o mágico fenômeno da concepção. Passa a existir um ser que já possui todas as características definidoras daquele fluxo que já não pode ser interrompido. É um ser vivo portador de um patrimônio genético próprio. (…) Tudo o que representar vulneração a esse direito fundamental à vida, é vedado pela ordem constitucional”. E diz, ainda, o autor do artigo:


“Com razão maior, aquele que já foi fecundado é gente, tem direito a assistência pré-natal, tem direito a impedir que sua mãe pratique aborto…”
Embriões e fetos são seres portadores de DNA próprio e original, e não uma parte anexa ao corpo da mãe.

Afirma o Dr. Eurico Alonço Malagodi, médico, autor do livro “Mulher, o último elo”: “Quando se faz a leitura atenciosa da bula de uma das muitas pílulas do dia seguinte, à venda livremente nas farmácias brasileiras, vamos nos surpreender com a advertência de que tal medicamento não pode ser usado na presença de uma gravidez, e mais surpresos ainda ficamos quando constatamos que tal advertência aparece oito vezes no texto.”

Esta é a inequívoca ação abortiva da pílula do dia seguinte, e da qual a esperteza comercial, a irresponsabilidade pública e a banalização do ato genital farão um sucesso de vendas nos próximos anos, especialmente entre as adolescentes.Mais uma vez, a sociedade machista, que aí está, libera o homem de sua responsabilidade, pela violência que continuará cometendo contra a mulher.”

O Cardeal de São Paulo, D. Odilo Scherer, quando foi Secretário Geral da CNBB, afirmou que a Igreja católica é contra esse método (PDS), que para ele fere os princípios de moral da Igreja: “Consideramos que o efeito da pílula do dia seguinte pode ser abortivo. Consideramos que o início da vida humana se dá com a concepção. Portanto, daí para a frente, toda interrupção do processo de evolução da vida humana é considerado um aborto provocado”.Várias outras Conferências de Bispos no mundo todo já se manifestaram contra o uso da PDS por ser abortiva.

Dr. Jéròme Lejeune e a Pílula do Dia Seguinte
Os aspectos antiéticos e antimedicinais da pílula do dia seguinte (RU 486) foram claramente expostos pelo Prof. Dr. Jéròme Lejeune, geneticista de fama mundial; membro da Pontifícia Academia de Ciências e descobridor da trisomia 21 (Síndrome de Down, causa do mongolismo). O Dr. Léjèune foi um dos primeiros cientistas a chamar a atenção do mundo para o perigo da “


pílula do dia seguinte”, valendo-se, entre outras coisas, de um princípio de Hipócrates (377 a.C.), tido como o pai da medicina: “Não darei veneno a quem quer que seja, mesmo que mo peça; nem aconselharei o uso de veneno, como também não darei abortivos a uma mulher”. Foi entrevistado pela repórter Renata Maderna, de Framiglia Cristiana, e 22/11/1989, nos seguintes termos:

Renata M.: “Professor Lejeune, o Sr. sabe que na França, como também na Itália, há uma lei do Estado que permite a interrupção da gravidez”.

Lejeune: “Cristo, eu o sei, mas aqui trata-se de outros aspectos da questão. Eu sou contrário a qualquer modalidade de aborto. Há anos que pelejo, com os meus colegas, para que se compreenda que se trata de matar um ser humano. Deixamos porém de lado, por um momento, este tipo de discurso e falamos da pílula RU 486, que, como se diz, “é apenas um método menos espalhafatoso de abortar”. Isto não é verdade. Faz-se necessário chamar a atenção das pessoas para essa falsa asserção. Se a RU 486 for difundida na Itália, não haverá mais controle ou colóquios ou reflexões antes de abortar, como os prevê a lei, mas apenas se terá um veneno fácil de se tomar. Os casos de interrupção da gravidez se multiplicarão como se se tratasse de beber um copo dágua”.

R.M.: “Mas os que são favoráveis ao uso da RU 486 afirmam que precisamente o valor da mesma está no modo simples de ser aplicada”.

L.: “Também isto aparecerá como falsa asserção quando se evidenciar a solidão a que serão entregues as mulheres. Bastará um momento da fraqueza, de modo, de dor, para que pratiquem uma ação da qual se arrependerão no futuro”.

R.M.: “Todavia a pílula abortiva só deveria ser ingerida sob controle dos médicos”.
L.: “Você disse “deveria”, e fez bem ao usar o condicional, porque sabemos perfeitamente que não será assim. Não tendes na Itália, como em todos os países, e difusão ilegal de drogas, de produtos químicos nocivos? Na França já existe um mercado negro de RU 486, e o mesmo ocorrerá em todos os países nos quais esta pílula foi difundida, com tremendos perigos para aquelas mulheres que ingerirem após o terceiro mês (limite de tempo prescrito); Atrás do produto RU 486 há enormes interesses espúrios. Não é por acaso que os mercados que mais interessam a Roussel Uclaf são os do Terceiro Mundo. A China também vem a ser um dos seus termos da mira”. R.M.: “Outro motivo evocado para a legalização desse fármaco é que poderia servir também à cura de doenças até agora incuráveis”.

L.: “Não é verdade. Não é verdade, e faz-se necessário dizê-lo com voz forte. Num recente número da abalizada revista norte americana Science, foi publicado um amplo estudo sobre a pílula abortiva, no qual o aspecto terapêutico era amplamente debatido. Nenhum dos estudiosos, porém, pôde provar coisa alguma em favor da pílula. Esta é simplesmente um veneno. É preciso que o público o saiba”.

R.M. : “Professor Lejeune, mais uma vez os católicos foram acusados de não pensar no drama das mulheres”.
L.: “Deixamos de lado as acusações. Sabemos que estamos pensando naquela mulher que volta do hospital para casa com a pílula na bolsa. Olha para a pílula. Disseram-lhe que deve engoli-la a esperar que o seu filho morra. Talvez tenha a seu lado um homem que a incite a ingerir o produto, ou que poderia dissolver a pastilha num copo de água, sem que a própria mulher o saiba. Não precisamos de nos preocupar com aquilo que os outros dizem a nosso respeito. Sabemos que estamos pensando na mulher”.

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