segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

* Preservativo:TOLERAR um mal menor não é o mesmo que FAZER um mal menor.

“É moralmente ilícito propugnar uma prevenção da AIDS baseada em meios e recursos que violam o sentido autêntico da sexualidade e que são um mero paliativo para um mal estar profundo, no qual está em jogo a responsabilidade dos indivíduos e da sociedade. E a reta razão não pode admitir que a fragilidade humana, em vez de ser motivo para empenhar-se mais, se converta em pretexto para uma sessão que abra o caminho para a degradação moral” (Papa João Paulo II, discurso à Conferência Internacional sobre a Sida – Roma, 1989)

“Nenhuma indicação ou necessidade pode transformar uma ação intrinsecamente imoral num ato moral e lícito” (Papa Pio XII, alocução às parteiras – 29 de Outubro de 1951)

“Nenhuma razão, ainda que gravíssima, justifica que aquilo que vai intrinsecamente contra a natureza seja honesto e conforme com a mesma” (Papa Pio XI, encíclica Casti Connubii)

São Paulo afirma: “Não havemos de fazer um mal, a fim de que dele resulte um bem” (Rom. 3,8)

“Na realidade, se é lícito por vezes tolerar um mal moral menor a fim de evitar um mal maior ou promover um grande bem, não é lícito, nem por razões gravíssimas, fazer o mal para conseguir o bem (cf. Rom. 3,14), ou seja: fazer objeto de um ato positivo de vontade o que é intrinsecamente desordenado e por isso mesmo indigno da pessoa humana, ainda que com isso se quisesse salvaguardar ou promover o bem individual, familiar ou social.” (Papa Paulo VI, encíclica Humanae vitae, número 14)

O Evangelho – não afirma: Vai e peca menos, ou peca mais responsavelmente; diz a mensagem evangélica, que é obrigação grave do católico guardar, defender e transmitir sem adulterações: “Vai e não tornes a pecar” (Jn. 8, 11)

A Beata Madre Teresa de Calcutá, que levava os seus princípios firmemente no fio da espada, jamais distribuiu/ofereceu um único preservativo num país absolutamente miserável e com todo o tipo de carências. Profundamente humana e humanista; jamais farisaica ou sem coração; mas sempre católica e adepta das soluções conformes à Moral.

A Igreja, como coluna e sustentáculo da verdade – intemporal e absoluta, imutável e inegociável – não pode renunciar à sua mensagem perene; outra coisa é que quem a recebe não a queira cumprir na sua vida. Mas o fato de alguém – mesmo se for a grande maioria dos seres humanos do mundo todo – não querer abraçar a verdade, não justifica que a verdade seja relativizada, prostituída ou imoralmente adaptada. Admitir que a verdade possa ser prostituída, é acreditar numa igreja mentirosa.

Que dizer dos médicos e farmacêuticos que, fiéis à sua Fé e aos princípios eternos da sua santa Moral, se recusam a distribuir/vender preservativos? Insensíveis à dor humana? Não. Muito sensíveis às leis eternas e divinas, que não admitem excepções. Manter a firmeza moral não é igual a rigorismo; trata-se de viver de acordo com as exigências de um Cristianismo/Catolicismo autêntico, transparente, coerente e leal a Deus. Errado é cair-se no humanismo puramente naturalista e pagão, em que o homem tem valor independentemente do seu Criador, d’Aquele que o tirou do pó da terra. Trata-se de trair a Deus por amor aos homens – quando os dois amores são perfeitamente compatíveis, sendo o segundo subordinado sempre ao primeiro.

Pode haver um saudável humanismo católico; mas jamais um nocivo Catolicismo humanista que obnubila verdades de Fé – como a do pecado mortal ou a salvação/condenação das almas em nome da inviolabilidade absoluta da vida humana sobre a Terra que, em si mesma, não pode ser considerado um bem absoluto. É um bem relativo; e um bem desejável na medida em que se subordine ao supremo bem das almas.

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