segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lula é catolico veja:


Lula: “Nós queremos o reino agora, aqui na Terra.”


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Está n’O Globo: Lula chama de ‘bobagem’ passagem bíblica que promete o paraíso para os pobres. Segundo fontes nada confiáveis – em entrevista à rede Record, o deputado Gabriel Chalita concordou com o jornalista Paulo Henrique Amorim quando este disse que “[o] presidente Lula (…) é católico praticante” -, nosso ex-Presidente é católico. Segundo ele próprio, sua confissão religiosa é o catolicismo. No entanto, quando é exigida de Lula uma resposta séria a respeito de fatos que se passam no Brasil e no mundo, e quando suas falas podem interferir decisivamente na sua popularidade, o líder do Partido dos Trabalhadores não hesita em trair a sua fé.

Ora, quem não se lembra do aborto de gêmeos em Alagoinhas, quando o nosso sapientíssimo chefe de Estado deu uma declaração – que foi aplaudida aqui e acolá – na qual se manifestava a favor do assassinato das duas crianças, já que, segundo ele, “a medicina está mais correta que a Igreja”? Na ocasião, Sua Excelência, “como cristão e como católico” (!), repudiou a excomunhão – latae sententiae, frise-se – que havia sido lançada aos responsáveis pelo aborto. “Lamento profundamente que um bispo da Igreja Católica tenha um comportamento, eu diria, conservador como esse” 1, afirmou, com autoridade, o mesmo sujeito que aproveitou o Carnaval no Rio para distribuir preservativos para o povo.

Desta vez, no entanto, a hipocrisia lulista não precisou de nenhuma oportunidade polêmica para dar as caras. Ela veio assim mesmo, de graça.

As novas fezes vomitadas por nosso ex-Presidente, palavras de forte teor materialista, integram um daqueles discursos que seriam aplaudidos de pé pelos líderes da Teologia da Libertação em nosso país.

Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra. Para nós inventaram um slogan que tudo tá no futuro. É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico ir para o céu. O rico já está no céu, aqui. Porque um cara que levanta de manhã todo o dia, come do bom e do melhor, viaja para onde quer, janta do bom e do melhor, passeia, esse já está no céu. Agora o coitado que levanta de manhã, de sol a sol, no cabo de uma enxada, não tem uma maquininha para trabalhar, tem que cavar cada covinha, colocar lá e pisar com pé, depois não tem água para irrigar, quando ele colhe não tem preço. Esse vai pro inferno.”

Se há algo do qual a Igreja nunca se cansou de falar foi que essa história de querer construir o Céu aqui, na Terra, essa ideia de fazer um paraíso já aqui, neste mundo, é um engano perigosíssimo. Por diversas vezes o Magistério católico se manifestou contrário a esta visão materialista da história, que se esquece que, em decorrência do pecado original, é impossível implantar Reino dos Céus neste mundo. Abaixo palavras do Santo Papa Leão XIII:

“Sim, a dor e o sofrimento são o apanágio da humanidade, e os homens poderão ensaiar tudo, tudo tentar para os banir; mas não o conseguirão nunca, por mais recursos que empreguem e por maiores forças que para isso desenvolvam. Se há quem, atribuindo-se o poder fazê-lo, prometa ao pobre uma vida isenta de sofrimentos e de trabalhos, toda de repouso e de perpétuos gozos, certamente engana o povo e lhe prepara laços, onde se ocultam, para o futuro, calamidades mais terríveis que as do presente. O melhor partido consiste em ver as coisas tais quais são, e, como dissemos, em procurar um remédio que possa aliviar os nossos males.”

- Rerum Novarum, n. 9

As palavras de Lula – assim como aquelas reproduzidas por tantos teólogos da libertação, aparentemente comprometidos com o povo - reduzem toda a vida do homem ao aspecto econômico, a mesma coisa feita pelo alemão Karl Marx em suas obras. É só por este ângulo reducionista que poderíamos dizer que “o rico já está no céu, aqui”.

“Que céu, cara-pálida?”, poderia questionar qualquer pessoa de bom senso. Está por acaso o rico imune das doenças ou mesmo das aflições e dos sofrimentos desta vida? Está, por acaso, livre da obrigação de fazer penitência e mortificações para pagar as penas devidas aos pecados aqui cometidos? É claro que não, mas o nosso ex-Presidente não deseja levar em conta nenhum desses aspectos; apesar de se dizer católico e praticante…

Por estas e outras palavras, está fora de dúvidas que Lula não é católico coisíssima nenhuma. Usando uma expressão do falecido padre Léo, da Comunidade Canção Nova, “se for para ser católico como se diz católico o senhor Presidente da República, é melhor ir viver nos quintos dos infernos”.

* * *

(1) Por ocasião do aborto dos gêmeos em Alagoinhas, o até então bispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, havia feito uma declaração, anunciando que a equipe médica e as outras pessoas envolvidas no assassinato das crianças estavam excomungadas. A mídia brasileira, profunda conhecedora do Código de Direito Canônico, alardeou que “Dom José havia excomungado” os assassinos, quando, na verdade, a excomunhão, no caso referido, é automática. O que o Pastor pernambucano fez foi simplesmente fazer a advertência. A excomunhão não dependia de suas palavras.


Amy Winehouse e Lula

Amy Winehouse foi encontrada morta hoje. Desconfia-se - e com muita razão - que a causa foi uma overdose. Aos 27 anos, Amy chegou ao fim de uma vida atribulada, marcada por escândalos, internações, sofrimento, fama, riquezas e popularidade.

Como é sabido, ela não é a primeira artista a morrer cedo por causa de drogas (assumindo que foi esta a causa da sua morte). Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones, Kurt Kobain... são alguns dos nomes que estão sendo associados ao de Amy, de jovens artistas que morreram por causa de drogas. Não podemos esquecer, ainda que não tão jovens quanto Amy, Elvis Presley, Michael Jackson, Elis Regina.

O que leva pessoas famosas, ricas, populares e idolatradas pelas multidões a seguir um curso de auto-destruição terminando em morte precoce auto-infligida? Pesquisa recente mostrou que os jovens de hoje querem, mais do que serem ricos, serem famosos, aparecer na mídia, serem vistos e conhecidos. Amy Winehouse e todos os outros mencionados acima chegaram lá - e de quebra, ficaram ricos. Não deveriam ser pessoas felizes, alegres, satisfeitas, dedicadas ao trabalho, amantes da vida e de suas coisas boas?

Ao que tudo indica, parece ter faltado algo, alguma coisa que não podia ser comprada por dinheiro e nem substituida pela fama. Será que não se trata daquilo que os cristãos vêm dizendo há séculos, que o ser humano foi feito para a glória de Deus e que a sua alma não encontrará paz até que se satisfaça nele? Será que aqui não encontramos a razão pela qual um dia Jesus Cristo fez aquele convite conhecido?
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30).
Amy, Elis, Elvis, Janis, Jimi e tantos outros parecem contradizer a recente declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que os ricos já vivem no céu, ironizando com o ensino de Jesus Cristo:
"Bobagem, essa coisa que inventaram que os pobres vão ganhar o reino dos céus. Nós queremos o reino agora, aqui na Terra. Para nós inventaram um slogan que tudo tá no futuro. É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico ir para o céu. O rico já está no céu, aqui. Porque um cara que levanta de manhã todo o dia, come do bom e do melhor, viaja para onde quer, janta do bom e do melhor, passeia, esse já está no céu".
Para estes jovens e ricos artistas a vida, certamente, não parecia ser um céu, mas um verdadeiro inferno, a ponto de não mais se importarem em continuar vivendo. As riquezas não tornam este mundo em céu, Lula. Pelo menos, não para estas pessoas, que entre tantas outras, alcançaram glória humana, riquezas, popularidade e prestígio.

Meu caro Luiz Inácio, O inferno não está ausente na vida das celebridades, dos milionários e dos poderosos. Que o digam as vidas das celebridades marcadas pelos problemas familiares, os divórcios, os escândalos, as drogas, os suicídios. Eu também posso lhe apresentar gente pobre que é feliz, que tem um casamento abençoado, filhos honestos e trabalhadores.

Céu e inferno não se definem em termos de riqueza e pobreza, Lula, e nem em termos de popularidade e anonimato. Amy Winehouse certamente discordaria de suas palavras. E com ela todos aqueles outros jovens de 27 anos, que experimentarm o inferno existencial em suas vidas em meio à riqueza e celebridade. Pois, que outra razão teriam para não mais se importarem consigo mesmos, suas carreiras e as pessoas queridas ao seu redor?

Eu sei que tem celebridades que abusam das drogas, como Keith Richards, e que já vão com 80 anos de idade. Mas Amy e outros não conseguiram superar as angústias, perguntas, questionamentos, e o desespero que batem na porta de todos - inclusive dos ricos e dos famosos.

Adeus, Amy. Lamento muito mesmo sua morte.

Boa noite, Lula. Espero que o que aconteceu com Amy lhe leve, no futuro, a ponderar suas palavras quando for comentar assuntos que extrapolam as categorias de pobreza e riqueza, política e governo.

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