* Eleições 2010: Atenção! A Vida e seu valor é INEGOCIÁVEL !
Everth Quiroz
“No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o próprio voto”. A observação foi feita há 15 anos atrás, pelo Papa João Paulo II, na encíclica Evangelium Vitae, e não perdeu a sua validade.
Não é permitido ao católico dar aprovação à campanha de opinião a favor da lei do aborto ou da eutanásia sem que contrarie os preceitos e os ensinamentos da Santa Igreja.
É necessário reafirmar todas essas verdades porque estamos em tempo de eleições. Entre os candidatos à Presidência da República, ao Senado e ao Congresso Federal, muitas vezes se apresentam alguns com propostas totalmente antagônicas às palavras de Jesus Cristo e do Magistério da Igreja Católica.
O exemplo dado pelo Papa João Paulo II faz referência ao aborto e à eutanásia. Quem quer que defenda a descriminalização dessas práticas não pode ser levado a sério por nenhum católico. O cristão que coopera, de alguma forma, com campanhas contrárias à promoção da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural, incorre em pecado mortal, quando consciente do seu deve de zelar por esses importantes valores morais.
No Brasil, infelizmente, há poucos partidos comprometidos com a causa cristã. Pouquíssimos. Os que mais se destacam no cenário político brasileiro – o Partido dos Trabalhadores é um exemplo a ser citado – possuem uma agenda abortista, cujas propostas não se coadunam de modo algum com os verdadeiros direitos humanos. Então, a um católico não é permitido votar em candidatos que, coerentes com a agenda pró-aborto de seus respectivos partidos, lutam pela legalização desse assassinato. A coerência deles com as propostas da comunidade política na qual estão inseridos e a nossa aderência à sua causa seria uma incoerência, uma traição.
Nas Resoluções do 3° Congresso do partido, constava a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público evitando assim a gravidez não desejada” (pg. 82).
Assim sendo, observando primeiramente o ensinamento da Igreja sobre o aborto – a Igreja pune com excomunhão latae sententiae (i. é, automática) quem pratica esse atentado contra a vida humana -, a proposta petista de legalizar esse homicídio, chegamos à certeza de uma real incompatibilidade entre os princípios da doutrina católica e os princípios desse partido. Embora a Igreja admita que haja “legítimas opiniões, divergentes entre si, acerca da organização da ordem temporal” (Gaudium et Spes, n. 75), há também aspectos da vida humana simplesmente irrenunciáveis, e a integridade da vida do embrião humano é um desses aspectos com os quais o PT infelizmente não têm compromisso nenhum.
Portanto, um católico que deseja de fato honrar a Deus com suas atitudes (é de se lamentar que haja católicos “de segundo momento”, que dão mais atenção às suas convicções pessoais que aos mandamentos da lei do Altíssimo) não pode votar em candidatos petistas, porquanto suas propostas estão em direta contradição com a doutrina moral da Santa Igreja Católica.
Que os católicos do Brasil sejam conscientes de que devem permanecer fiéis a Cristo também em seu voto. Rejeitem os programas que, com medidas totalitárias, se apresentam como barreiras ao desenvolvimento de uma correta compreensão da dignidade humana.
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