PARA ENTENDER O PT
Humberto L. Vieira
Presidente da PROVIDAFAMILIA
Humberto L. Vieira
Presidente da PROVIDAFAMILIA
Em sua última decisão o Partido dos Trabalhadores, PT puniu, com suspensão, os deputados Luiz
Bassuma, PT/BA e Henrique Afonso PT/AC por serem contrários à legalização do aborto. Várias
matérias circulam na Internet tentando explicar essa atitude dos dirigentes do PT.
De um lado justificam a decisão tomada em face daqueles deputados contrariarem decisão do
partido que, em seu programa, inclui a legalização do aborto, embora esse fato tenha sido omitido
a seus eleitores que, em sua grande maioria, são contrários à legalização do aborto.
De outro lado, os defensores da vida argumentam que o PT descumpriu a Constituição e a
Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) que asseguram
o direito à vida de todo ser humano. Nem mesmo a objeção de consciência, universalmente aceita,
foi respeitada pelos dirigentes do Partido dos Trabalhadores.
Gostaria de trazer à consideração um outro argumento para bem entender a posição assumida
pelo PT.
Quando se diz que defensores da vida não devem se filiar ao PT e nem votar em seus candidatos,
alega-se que não deve ser bem assim, uma vez que parlamentares de outros partidos também
votam pela legalização do aborto. Essa posição de se opor ao PT é uma posição radical. Todavia
quem se filia ao PT ou vota em seus candidatos são coniventes com a legalização do aborto. É
bem verdade que alguns cristãos (católicos e evangélicos) bem intencionados permanecem nas
fileiras do PT e até podem votar contra os projetos de legalização do aborto e se pronunciar a favor
da defesa da vida. Isso é permitido pelo partido desde que seu voto não decida pela rejeição
desses projetos e que sua atuação como parlamentar não interfira nos projetos do partido. “O PT
abriga várias correntes e é um partido democrático”, alegam. Essa era uma maneira de justificar a
“democracia” existente no PT. Agora com a penalização dos deputados Luiz Bassuma e Henrique
Afonso não há mais dúvida sobre a tirania desse partido. Não sejamos ingênuos acreditando na
falácia do PT.
Para bem entender esse assunto é preciso conhecer o GPEPD e o GPI. Essa siglas abrigam os
parlamentares do “Grupo Parlamentar de Estudos de População e Desenvolvimento” e do “Grupo
Parlamentar Interamericano” que têm como propósito modificar a legislação do país a fim de tornar
legal a prática do aborto em qualquer estágio da gestação.
O GPI é o Grupo Parlamentar Interamericano, constituído na conferência hemisférica de
legisladores que se realizou em Brasília, em dezembro de 1982. O GPI tem personalidade jurídica
no Estado de Nova York. Como tal goza de privilégios de isenção de impostos. Entre suas
finalidades está: (1)
"Revisar as legislações nacionais a fim de considerar a possibilidade de despenalizar o aborto,
tendo em vista o grande número que se realiza a margem da lei e a alta taxa de mortalidade que
resulta"
Outras recomendações do GPI:
"Estabelecer vínculos de colaboração e comissões interdisciplinares para as reformas legislativas
com a participação de grupos privados e grupos de mulheres, especializados na temática da
legislação e direitos reprodutivos da mulher"
"Estabelecer comitês parlamentares com representantes de várias comissões do congresso (da
mulher, educação, comunicações, orçamento, população e saúde) para supervisionar e coordenar
os avanços nos programas de planejamento familiar e saúde reprodutiva". (2)
Para implementação dessas medidas no Brasil, foi constituído o GPEPD - Grupo Parlamentar de
Estudos de População e Desenvolvimento. Segundo o "Inventory of Population Projects in
Developing Countries Around the World", publicação do FNUAP, esse grupo foi responsável por
introduzir, na Constituição Brasileira, o dispositivo que trata do planejamento familiar (Art. 226 § 7º)
Os recursos para o GPEPD são oriundos da IPPF, do Pathfinder Fund, do Family Planning
International Assistance (FPIA): (3)
Desde a constituinte esses grupos já financiavam as atividades de controle populacional no Brasil:
"Planejamento Familiar e a Assembléia Constituinte Brasileira. Monitorar e onde necessário dar
assistência no desenvolvimento do tema planejamento familiar no texto da Constituição Brasileira.
Membros do Grupo Brasileiro de Parlamentares sobre População e Desenvolvimento receberão
instruções técnicas sobre o assunto que contribuirão para debates sobre planejamento familiar.
Recursos Fathfinder Fund/Brasil US$112.755"
Manter assessoramento e assistência ao Grupo Parlamentar de Estudos de População e
Desenvolvimento - Recursos: 2.552.200 (1989); 1.752.200 (1990); 1.752.200 (1991)"; Programa
Informativo e Educacional para políticos do Hemisfério Ocidental (1994). Órgão executor: Grupo
Parlamentar Interamericano sobre População e Desenvolvimento. - Orçamento FNUAP até 1994:
US$44.500. Promover o papel Parlamentar na América Latina e no Caribe em Questões ICPD
(1994). Órgão executor: Grupo Parlamentar Interamericano Sobre População - FNUAP:
US$119.000
Além desses recursos a FPIA - Family Planning International Assistance publica em sua home
page, na Internet:
"Nos anos recentes, especialmente desde que a USAID retirou seu apoio, FPIA ampliou seu
campo de ação procurando trabalhar com grupos e pessoas em projetos relacionados ao aborto.
Doações foram feitas para agencias no Zaire, Congo, Kenia, Irlanda, Austrália, Bangladesh,
México, Brasil, Peru, Equador, Bolívia e Nicarágua para estabelecer serviços de aborto seguro,
fornecendo referência e aconselhamento sobre aborto, defendendo direitos reprodutivos, e
legalmente contestando leis restritivas ao aborto." (Grifo nosso)
Mas esse grupo parlamentar tem um forte assessoramento, vejamos:
Recursos Para o Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFÊMEA
*Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Organização feminista que faz ‘lobby’ no
interesse de organizações promotoras do controle de população, do aborto, da eutanásia,
do homossexualismo, no Congresso Nacional (4).
i
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA) monitoração
e educação política dos direitos das mulheres. Duração 1994-98 –
Fundação Ford
CFÊMEA
1994-
1998
US$323.000
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA) para apoio a
um programa dirigido a líderes políticos e ao público em geral.
Duração: 1994-1996 – Fundação MacArthur
CFÊMEA
1994-
1996
US$300.000
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA). Treinamento
e coordenação entre ONGs de mulheres da Argentina, Brasil, Chile,
CFÊMEA
1996-
1998
US$62.000
Colômbia, México, Peru e América Central. 1996-1998: $62.000 –
Fundação Ford
Projeto: Direitos da Mulher na Lei e na Vida – Fundação MacArthur
– 2000 (duração 3 anos)
CFÊMEA
2000-
2003
US$210,000
Claro que além desses recursos financeiros outros se seguiram e por falta de fonte deixamos de
citá-los.
Pelo exposto se entende que parlamentares de outros partidos, além do PT apresentem projetos e
até votem pela legalização do aborto, pois devem integrar o GPEDP.
Mas quem são esses parlamentares que fazem parte do GPEPD e do GPI? Seus nomes não
aparecem em documentos oficiais. Isso poderia criar embaraços junto a seus eleitores. Entretanto
não é difícil identificá-los. É suficiente verificar os que estão apresentando projetos de aborto e os
que sistematicamente votam pela aprovação desses projetos.
Diante dos fatos acima citados, será mera coincidência que as feministas exigiram a punição dos
deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso e que o PT aceitou essa exigência?
A “gota d’água” para a punição desses deputados foi a aprovação da CPI do aborto por iniciativa
do dep. Luiz Bassuma. Embora aprovada, essa CPI não chegou a ser instalada por pressão dos
defensores do aborto. Essa CPI iria mostrar a origem e o montante dos recursos internacionais
para legalizar o aborto no pais. Por isso os grupos feministas entraram em desespero e
conseguiram com as lideranças não indicarem os membros para que essa CPI fosse instalada.
A população precisa saber desses fatos para que os eleitores dêem um voto consciente. As
eleições se aproximam e é hora de divulgar essas informações.
ii
1. Noticiero Interamericano de Poblacion, publicação do Grupo Parlamentar Interamericano sobre População e
Desenvolvimento, N. 12, Fev/1992.
2. Boletin do Grupo Parlamentario Interamericano Sobre Población y Desarrollo Vol. 10 nº 3/4 Agosto/Setembro, 1993.
3. Inventory of Population Projects in Developing Countries Around the World, publicação do FNUAP 1989/91 e 1994.
4. Inventory of Popularion Programs in Developing Countries Around the Word, 1996, publicação do Fundo de População
da ONU (FNUAP)
b) Fundação MacArthur: http://www.macfound.org.br/ - macfound@macfound.org.
Bassuma, PT/BA e Henrique Afonso PT/AC por serem contrários à legalização do aborto. Várias
matérias circulam na Internet tentando explicar essa atitude dos dirigentes do PT.
De um lado justificam a decisão tomada em face daqueles deputados contrariarem decisão do
partido que, em seu programa, inclui a legalização do aborto, embora esse fato tenha sido omitido
a seus eleitores que, em sua grande maioria, são contrários à legalização do aborto.
De outro lado, os defensores da vida argumentam que o PT descumpriu a Constituição e a
Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) que asseguram
o direito à vida de todo ser humano. Nem mesmo a objeção de consciência, universalmente aceita,
foi respeitada pelos dirigentes do Partido dos Trabalhadores.
Gostaria de trazer à consideração um outro argumento para bem entender a posição assumida
pelo PT.
Quando se diz que defensores da vida não devem se filiar ao PT e nem votar em seus candidatos,
alega-se que não deve ser bem assim, uma vez que parlamentares de outros partidos também
votam pela legalização do aborto. Essa posição de se opor ao PT é uma posição radical. Todavia
quem se filia ao PT ou vota em seus candidatos são coniventes com a legalização do aborto. É
bem verdade que alguns cristãos (católicos e evangélicos) bem intencionados permanecem nas
fileiras do PT e até podem votar contra os projetos de legalização do aborto e se pronunciar a favor
da defesa da vida. Isso é permitido pelo partido desde que seu voto não decida pela rejeição
desses projetos e que sua atuação como parlamentar não interfira nos projetos do partido. “O PT
abriga várias correntes e é um partido democrático”, alegam. Essa era uma maneira de justificar a
“democracia” existente no PT. Agora com a penalização dos deputados Luiz Bassuma e Henrique
Afonso não há mais dúvida sobre a tirania desse partido. Não sejamos ingênuos acreditando na
falácia do PT.
Para bem entender esse assunto é preciso conhecer o GPEPD e o GPI. Essa siglas abrigam os
parlamentares do “Grupo Parlamentar de Estudos de População e Desenvolvimento” e do “Grupo
Parlamentar Interamericano” que têm como propósito modificar a legislação do país a fim de tornar
legal a prática do aborto em qualquer estágio da gestação.
O GPI é o Grupo Parlamentar Interamericano, constituído na conferência hemisférica de
legisladores que se realizou em Brasília, em dezembro de 1982. O GPI tem personalidade jurídica
no Estado de Nova York. Como tal goza de privilégios de isenção de impostos. Entre suas
finalidades está: (1)
"Revisar as legislações nacionais a fim de considerar a possibilidade de despenalizar o aborto,
tendo em vista o grande número que se realiza a margem da lei e a alta taxa de mortalidade que
resulta"
Outras recomendações do GPI:
"Estabelecer vínculos de colaboração e comissões interdisciplinares para as reformas legislativas
com a participação de grupos privados e grupos de mulheres, especializados na temática da
legislação e direitos reprodutivos da mulher"
"Estabelecer comitês parlamentares com representantes de várias comissões do congresso (da
mulher, educação, comunicações, orçamento, população e saúde) para supervisionar e coordenar
os avanços nos programas de planejamento familiar e saúde reprodutiva". (2)
Para implementação dessas medidas no Brasil, foi constituído o GPEPD - Grupo Parlamentar de
Estudos de População e Desenvolvimento. Segundo o "Inventory of Population Projects in
Developing Countries Around the World", publicação do FNUAP, esse grupo foi responsável por
introduzir, na Constituição Brasileira, o dispositivo que trata do planejamento familiar (Art. 226 § 7º)
Os recursos para o GPEPD são oriundos da IPPF, do Pathfinder Fund, do Family Planning
International Assistance (FPIA): (3)
Desde a constituinte esses grupos já financiavam as atividades de controle populacional no Brasil:
"Planejamento Familiar e a Assembléia Constituinte Brasileira. Monitorar e onde necessário dar
assistência no desenvolvimento do tema planejamento familiar no texto da Constituição Brasileira.
Membros do Grupo Brasileiro de Parlamentares sobre População e Desenvolvimento receberão
instruções técnicas sobre o assunto que contribuirão para debates sobre planejamento familiar.
Recursos Fathfinder Fund/Brasil US$112.755"
Manter assessoramento e assistência ao Grupo Parlamentar de Estudos de População e
Desenvolvimento - Recursos: 2.552.200 (1989); 1.752.200 (1990); 1.752.200 (1991)"; Programa
Informativo e Educacional para políticos do Hemisfério Ocidental (1994). Órgão executor: Grupo
Parlamentar Interamericano sobre População e Desenvolvimento. - Orçamento FNUAP até 1994:
US$44.500. Promover o papel Parlamentar na América Latina e no Caribe em Questões ICPD
(1994). Órgão executor: Grupo Parlamentar Interamericano Sobre População - FNUAP:
US$119.000
Além desses recursos a FPIA - Family Planning International Assistance publica em sua home
page, na Internet:
"Nos anos recentes, especialmente desde que a USAID retirou seu apoio, FPIA ampliou seu
campo de ação procurando trabalhar com grupos e pessoas em projetos relacionados ao aborto.
Doações foram feitas para agencias no Zaire, Congo, Kenia, Irlanda, Austrália, Bangladesh,
México, Brasil, Peru, Equador, Bolívia e Nicarágua para estabelecer serviços de aborto seguro,
fornecendo referência e aconselhamento sobre aborto, defendendo direitos reprodutivos, e
legalmente contestando leis restritivas ao aborto." (Grifo nosso)
Mas esse grupo parlamentar tem um forte assessoramento, vejamos:
Recursos Para o Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFÊMEA
*Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Organização feminista que faz ‘lobby’ no
interesse de organizações promotoras do controle de população, do aborto, da eutanásia,
do homossexualismo, no Congresso Nacional (4).
i
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA) monitoração
e educação política dos direitos das mulheres. Duração 1994-98 –
Fundação Ford
CFÊMEA
1994-
1998
US$323.000
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA) para apoio a
um programa dirigido a líderes políticos e ao público em geral.
Duração: 1994-1996 – Fundação MacArthur
CFÊMEA
1994-
1996
US$300.000
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFÊMEA). Treinamento
e coordenação entre ONGs de mulheres da Argentina, Brasil, Chile,
CFÊMEA
1996-
1998
US$62.000
Colômbia, México, Peru e América Central. 1996-1998: $62.000 –
Fundação Ford
Projeto: Direitos da Mulher na Lei e na Vida – Fundação MacArthur
– 2000 (duração 3 anos)
CFÊMEA
2000-
2003
US$210,000
Claro que além desses recursos financeiros outros se seguiram e por falta de fonte deixamos de
citá-los.
Pelo exposto se entende que parlamentares de outros partidos, além do PT apresentem projetos e
até votem pela legalização do aborto, pois devem integrar o GPEDP.
Mas quem são esses parlamentares que fazem parte do GPEPD e do GPI? Seus nomes não
aparecem em documentos oficiais. Isso poderia criar embaraços junto a seus eleitores. Entretanto
não é difícil identificá-los. É suficiente verificar os que estão apresentando projetos de aborto e os
que sistematicamente votam pela aprovação desses projetos.
Diante dos fatos acima citados, será mera coincidência que as feministas exigiram a punição dos
deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso e que o PT aceitou essa exigência?
A “gota d’água” para a punição desses deputados foi a aprovação da CPI do aborto por iniciativa
do dep. Luiz Bassuma. Embora aprovada, essa CPI não chegou a ser instalada por pressão dos
defensores do aborto. Essa CPI iria mostrar a origem e o montante dos recursos internacionais
para legalizar o aborto no pais. Por isso os grupos feministas entraram em desespero e
conseguiram com as lideranças não indicarem os membros para que essa CPI fosse instalada.
A população precisa saber desses fatos para que os eleitores dêem um voto consciente. As
eleições se aproximam e é hora de divulgar essas informações.
ii
1. Noticiero Interamericano de Poblacion, publicação do Grupo Parlamentar Interamericano sobre População e
Desenvolvimento, N. 12, Fev/1992.
2. Boletin do Grupo Parlamentario Interamericano Sobre Población y Desarrollo Vol. 10 nº 3/4 Agosto/Setembro, 1993.
3. Inventory of Population Projects in Developing Countries Around the World, publicação do FNUAP 1989/91 e 1994.
4. Inventory of Popularion Programs in Developing Countries Around the Word, 1996, publicação do Fundo de População
da ONU (FNUAP)
b) Fundação MacArthur: http://www.macfound.org.br/ - macfound@macfound.org.
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