sábado, 6 de março de 2010

Maria Cheia de Graça!!!


A IMACULADA CONCEIÇÃO


Por Prof. AlessandroLima

"Ave, Cheia de Graça" (Lc 1,28)

A Imaculada Conceição de Nossa Senhora é um verdade de fé, que consiste na Graça que Deus a concedeu para ser a mãe do Salvador.

Mas, que Graça é esta? Deus no momento da conceição da Virgem Maria, isto é, no momento quem a alma inocente se une ao corpo escravo do pecado, preservou-a da mácula, da mancha do Pecado Original. Nosso Senhor concedeu à Maria Santíssima este favor, não por seu merecimento, mas pelos privilégios de Nosso Senhor Jesus Cristo, dando então a ela uma Imaculada Conceição.

A Objeção Protestante

Os protestantes negam esta verdade de fé professada desde o início do Cristianismo. Geralmente costumam citar a Lei Geral "Todos pecaram" (cf. Rm 5,12), como argumento contra a Imaculada Conceição.

Tal Lei é certa, e a ela está subordinada toda a humanidade. Mas, não será Deus capaz de antes que a alma e o corpo se unam, suspender um de seus efeitos, que é a mácula da alma, a transmissão do Pecado Original?

Um exemplo destas intervenções Divinas às Leis Gerais, foi quando Deus atrasou a descida do Sol por quase um dia, para que os filhos de Israel vencessem a batalha contra os reis amorreus (cf. Jos 10,12-13).

Outro exemplo foi quando "Moisés extendeu a mão" e o mar deixou livre seu leito, partindo as águas pelo meio. (Ex. 14,21-22)

Também é uma Lei Geral, que os mortos aguardem à ressurreição geral, entretanto, Nosso Senhor Jesus Cristo, ressuscitou a Lázaro, estando seu cadáver já em putrefação (cf. Jo 11,41-43).

Outro argumento protestante contra o dogma, são dos seguintes versos do cântico de Nossa Senhora: "A minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador" (Lc 1,46-47). Segundo eles, Maria reconhece que é pecadora, pois, somente um pecador é que precisa de salvador.

Seria formidável se soubessem o que é pecar em adão e pecar pessoalmente. Nossa Senhora pertence a uma raça pecadora, pois é humana e filha de Adão e Eva, como todos nós, isto é pecar em Adão. No entanto, sua alma foi preservada da mácula do Pecado Original, não tendo então desejo pelo pecado, sendo incapaz de pecar, isto é, não pecou pessoalmente.

É claro que Deus é o Salvador da Virgem, pois foi Ele que a livrou do poder da morte. Como diz meu amigo e irmão em Cristo, Professor Carlos Ramalhete: "uma coisa é Deus salvar alguém que caiu em um buraco, outra coisa é Ele impedir que alguém caia no buraco. Nas duas proposições o Senhor é o Salvador, sendo que a segunda se aplica ao caso de Nossa Senhora."

Nem mesmo o Pai da Reforma, Martinho Lutero, negou a imaculada conceição da Virgem: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do Pecado Original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo o pecado" (Lut in postil. maj.).

Provas da Sagrada Tradição

"Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem" (São Tiago Menor, S.jacob in Liturgia sua).

"Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculda, e abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria" (São Tiago Menor, S.jacob in Liturgia sua).

"Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Santo André, Cartas dos Padres de Acaia).

"O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura [...] Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria" (Santo Hipólito +220).

Provas da Sagrada Escritura

"Ave, cheia de Graça" (Lc 1,28) - a saudação angélica mostra muito bem a Graça que Deus concedeu á Maria Santíssima. "Cheia de Graça" significa que a Virgem obtivera a graça que não existia, a graça perdida, a graça original, isto é, a Imaculada Conceição. A expressão "Cheia de Graça" em grego "Kecharitoménê", é empregada para designar a graça em seu sentido pleno. A tradução em latim "Gratia Plena", isto é, "Graça Plena" é mais perfeita do que a portuguesa "Cheia de Graça". O Arcanjo falando à Virgem que ela achara graça diante de Deus diz: Maria, sois imaculada, e por isto serás a mãe do Salvador.

"O Senhor é Convosco" (Luc 1,28) - estas palavras angélicas, foram ditas antes da concepção pelo Espírito Santo, o que mostra que Deus está com a Nossa Senhora antes da encarnação do Verbo. E, onde está Deus não há pecado, ou seja, Maria não tinha o Pecado Original.

"Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação" (Hb 9,11) - aqui São Paulo se expressa sobre o ventre que concebeu o menino-Deus, e o compara com um tabernáculo perfeito. Lembremos que no Antigo Testamento, no tabernáculo existia o lugar chamado "Santo dos Santos" ou "Santíssimo Lugar", que tinha a presença de Deus. Este lugar era visitado pelo sacerdote um vez por ano, e se entrasse lá em pecado, morria fulminado pela presença santa do Senhor. Era comum que o sacerdote entrasse amarrado a uma corda, que era usada para que o povo o puxasse se tivesse morrido. Pois onde Deus está, pecado não há.

A Necessidade da Imaculada Conceição

Se Deus pode preservar Nossa Senhora do pecado original em um ventre escravo deste pecado, por que que Deus não pode também preservar seu Filho nas mesmas condições? Isto leva a crer que não era necessário que a Virgem fosse Imaculada.

O Professor Carlos Ramalhete esclarece o caso: "É necessário para isso perceber como funciona a transmissão do Pecado Original.

O Pecado Original é transmitido do corpo dos pais ao dos filhos (em termos modernos poderíamos dizer que geneticamente, com óvulo e espermatozóide sendo portadores), e infecta a alma no instante de sua infusão no corpo (ou seja, no instante da concepção). Assim, a Imaculada Concepção foi um ato divino em que Ele impediu que houvesse esta contaminação; São Joaquim e Sant'Ana tinham o Pecado Original, e normalmente o teriam transmitido a sua filha. Deus, no entanto, impediu que a alma que Ele criou fosse contaminada pelo pecado original que normalmente a contaminaria. Este ato divino ocorreu no instante da concepção.

Assim, ela foi preservada das conseqüência do Pecado Original, e sua vontade era submissa a sua razão. Seu corpo e sua alma estavam livres desta inimizade com Deus, logo preparados para ceder seu material genético para a Encarnação do Verbo.

Já o caso de seu Filho é bastante diferente. Ele foi concebido pelo Espírito Santo, usando apenas material genético de Nossa Senhora. Como o material genético dela foi preservado por Deus do Pecado, esta concepção foi possível. Depois dessa concepção, em que o próprio Deus uniu-se a um corpo e alma humanos criados especialmente (posto que Nosso Senhor tem corpo humano - herdado da Virgem -, e alma humana - criada imediatamente por Deus, como todas as outras), não houve necessidade de fazer com Ele o que foi feito com Nossa Senhora. Isso aliás seria impossível, pois uma alma imaculada poderia viver em um ventre marcado pelo Pecado Original (o de Sant'Ana), mas a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade não.

Provavelmente a Mãe d'Ele teria morrido em meio a dores horríveis caso fosse marcada pelo Pecado Original e tentasse abrigar em seu ventre - que não seria imaculado - a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Há assim, duas respostas que se completam à pergunta:

1 - Deus preservou Nossa Senhora do Pecado Original para que ela pudesse ser aquela que cedeu seu material genético para a Encarnação do Verbo. Seu material genético deveria estar imaculado, ou teríamos o pior caso de incompatibilidade da história da Criação!

2 - Sua preservação, que teve o fim que acabo de expor, foi feita de maneira sumamente diferente do que ocorreu em seu ventre quando da Encarnação do Verbo. Ela não é Deus; ela é simplesmente alguém que não foi contaminado (por interferência divina direta), como por exemplo o filho não-aidético de uma grávida aidética. Não há uma contraposição, uma inimizade completa, mas apenas um corpo sadio abrigado em um corpo doente.

Já Nosso Senhor é o contrário do Pecado por definição. O Pecado é Seu inimigo, o Pecado é a ofensa feita a Ele. Assim, seria como misturar matéria e antimatéria, vírus e anticorpo, se Ele tivesse que ser colocado em um ventre marcado pelo Pecado Original. Ele não poderia ser nutrido por este corpo, Ele não poderia ter o Seu código genético originado deste corpo... a gravidez seria na verdade uma ilusão, pois Sua mãe não seria Sua mãe, sim Sua inimiga. Deus teria que ter criado o corpo dele do nada, e o mantido sem contato real com o corpo de Sua Mãe, ou ela morreria imediatamente."

quinta-feira, 4 de março de 2010

Suposto desvio pode ter financiado sede da Maçonaria


Suposto desvio pode ter financiado sede da Maçonaria


Leia na íntegra no blog do Jornalista Fábio Pannunzio em: http://www.pannunzio.com.br/

e também no site PRIMEIRA HORA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS http://www.primeirahora.com.br/noticia-imprimir.php?intNotID=25978



Um suposto superfaturamento na aquisição de materiais para a construção do Fórum de Cuiabá pode ter financiado a construção da sede da Loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.

A obra do Fórum de Cuiabá custou aos cofres públicos R$ 55 milhões e o Ministério Público Estadual (MPE) alega que há fortes indícios de superfaturamento. As informações são de uma reportagem do Jornal da Band, de autoria do jornalista Fabio Pannunzio.

Ambos os prédios, o do Fórum e o da Loja Macônica, foram inaugurados em 2007 e o que falta em uma estrutura se complementa em outra, inclusive, com a semelhança de materiais de construção, como piso e asfaltos. A sede dos maçons está localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, e a menos de 500 metros do Fórum de Cuiabá.

A coincidência de proximidade de local e ano de inauguração não seria por acaso. De acordo com o desembargador Orlando Perri, a loja maçônica não tinha dinheiro para bancar a construção da sede e o dinheiro do Tribunal de Justiça pode ter sido usado para financiar a sede maçônica.

"A loja maçônica não possuía movimentação financeira suficiente para erguer aquele templo", revelou o magistrado, em entrevista à emissora de TV.


O indício de irregularidade motivou a abertura de um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que puniu com aposentadoria compulsória três desembargadores e sete juízes, na última terça-feira (23).Entre os afastados estão o atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Travassos, e o seu antecessor, desembargador José Ferreira Leite.

O desembargador José Tadeu Cury também foi punido e os juízes são Antonio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes, Marco Aurélio dos Reis Ferreira, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeiro Caravellas, Marcelo Souza Barros e Maria Cristina Oliveira Simões.

A reportagem da Band foi informada de que o desembargador Ferreira Leite está de férias e incomunicável - e que nenhum magistrado foi encontrado para comentar as denúncias.

Benefícios a maçons e aposentadoria

O desvio de dinheiro do Tribunal de Justiça, desta vez por meio de pagamentos indevidos de bonificações, teria tido início com a criação de uma cooperativa de crédito que firmou convênio com outra instituição que já existia.

"O presidente do TJ e grão-mestre passou a convidar irmãos maçônicos para fazer aplicações naquela cooperativa de crédito", revelou o desembargador Orlando Perri, que, na época, respondia pela Corregedoria do TJ. Embora não tenha citado nominalmente na entrevista dada a Band, o presidente do TJ e grão-mestre era o desembargador José Ferreira Leite.

Conforme a denúcia, com a quebra da cooperativa de crédito, Ferreira Leite assumiu o compromisso de ressarcir os prejuízos financeiros dos maçons. A alternativa encontrada foi pagar a liberação de bonificações aos juízes que mantinham relações com a Maçonaria.

"Escolheu-se um grupo seleto de magistrados para receber os créditos, créditos estes que acabaram por surgir a ordem maçônica", revelou Perri.

Um documento comprovaria que, ao mesmo tempo, outros juízes vendiam créditos que tinham a receber com um grande deságio. A juíza Amini Haddad Campos, por exemplo, teria um crédito de R$ 124.118.58, que teria sido negociado por apenas 40% do valor de face, quando ela precisou de dinheiro para receber e não conseguiu receber do Tribunal de Justiça, conforme a denúncia.

O presidente da Loja Maçônica Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso declarou que a responsabilidade pelos desvios surgiu da dissidência de um grupo de maçons. "A instituição não faz nada errado, os homens podem até errar, talvez por excesso de de zelo ou autoridade", disse ele à reportagem.


Em seu blog, o jornalista Fábio Pannuzio revela ainda mais detalhes da "misteriosa construção da sede maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso".


"A sede da Grande Oriente do Mato Grosso motivou a abertura de um procedimento investigatório criminal instaurado em 2007, ano da inauguração do prédio. As primeira suspeitas já apontavam a responsabilidade de Marcelo Souza de Barros, juiz-auxiliar da presidência do TJ/MT. O magistrado já respondia a outros processos - como o de favorecer o escritório de advocacia de um irmão com o desvio de processos de créditos de precatórios.

Quando o sigilo bancário do juiz foi quebrado, descobriu-se uma vultosa movimentação de saques e depósitos em dinheiro vivo. Um dos depósitos, de R$ 83 mil, foi feito pela concessionária Via Láctea Veículos, que, três meses depois, venceria uma licitação para a venda de 30 automóveis para a frota do Tribunal de Justiça.

Marcelo Souza Barros foi indicado pela presidência do TJ para presidir a comissão especial que iria gerenciar a construção do novo forum. O edital já previa ítens considerados 'absurdos', como a compra de 3 mil toneladas de vigas de aço, mais do do que dobro do necessário, de acordo com parecer do engenheiro-responsável pelo projeto.

Contra a construtora contratada para a construção do prédio, a Cogepe, havia dois pedidos de falência. A empresa tinha 278 títulos protestado no mercado. A situação financeira da empresa era tão débil que o TJ teve que fazer antecipação de pagamentos a fornecedores de material de construção para evitar a paralisação da obra.

O mais espantoso é que, diante da impossibilidade de manter uma conta-corrente, a Cogepe foi presentada com uma conta compartilhada, cujo titular era o próprio Tribunal de Justiça, para receber os pagamentos.

O custo final do forum ultrapassou R$ 57 milhões -- mais do que o dobro do valor estimado para uma obra do mesmo porte. Curiosamente, a duas quadras de distância a maçonaria erguia o prédio de sua sede silenciosamente. Abertas as contas da Casa Maçônica grande Oriente de Mato Grosso, descobriu-se que a obra portentosa era tocada sem custos.

'A maçonaria não tinha caixa suficiente para pagar a construção do prédio', assegurou o desembargador Orlando Perri, que investigou a denúncia. A conclusão óbvia foi a de que o material de construção e os recursos do TJ estavam sendo empregados na obra da maçonaria".Um suposto superfaturamento na aquisição de materiais para a construção do Fórum de Cuiabá pode ter financiado a construção da sede da Loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.

A obra do Fórum de Cuiabá custou aos cofres públicos R$ 55 milhões e o Ministério Público Estadual (MPE) alega que há fortes indícios de superfaturamento. As informações são de uma reportagem do Jornal da Band, de autoria do jornalista Fabio Pannunzio.

Ambos os prédios, o do Fórum e o da Loja Macônica, foram inaugurados em 2007 e o que falta em uma estrutura se complementa em outra, inclusive, com a semelhança de materiais de construção, como piso e asfaltos. A sede dos maçons está localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, e a menos de 500 metros do Fórum de Cuiabá.

A coincidência de proximidade de local e ano de inauguração não seria por acaso. De acordo com o desembargador Orlando Perri, a loja maçônica não tinha dinheiro para bancar a construção da sede e o dinheiro do Tribunal de Justiça pode ter sido usado para financiar a sede maçônica.

"A loja maçônica não possuía movimentação financeira suficiente para erguer aquele templo", revelou o magistrado, em entrevista à emissora de TV.

Processo no CNJ

O indício de irregularidade motivou a abertura de um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que puniu com aposentadoria compulsória três desembargadores e sete juízes, na última terça-feira (23).Entre os afastados estão o atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Mariano Travassos, e o seu antecessor, desembargador José Ferreira Leite.

O desembargador José Tadeu Cury também foi punido e os juízes são Antonio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes, Marco Aurélio dos Reis Ferreira, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeiro Caravellas, Marcelo Souza Barros e Maria Cristina Oliveira Simões.

A reportagem da Band foi informada de que o desembargador Ferreira Leite está de férias e incomunicável - e que nenhum magistrado foi encontrado para comentar as denúncias.


O desvio de dinheiro do Tribunal de Justiça, desta vez por meio de pagamentos indevidos de bonificações, teria tido início com a criação de uma cooperativa de crédito que firmou convênio com outra instituição que já existia.

"O presidente do TJ e grão-mestre passou a convidar irmãos maçônicos para fazer aplicações naquela cooperativa de crédito", revelou o desembargador Orlando Perri, que, na época, respondia pela Corregedoria do TJ. Embora não tenha citado nominalmente na entrevista dada a Band, o presidente do TJ e grão-mestre era o desembargador José Ferreira Leite.

Conforme a denúcia, com a quebra da cooperativa de crédito, Ferreira Leite assumiu o compromisso de ressarcir os prejuízos financeiros dos maçons. A alternativa encontrada foi pagar a liberação de bonificações aos juízes que mantinham relações com a Maçonaria.

"Escolheu-se um grupo seleto de magistrados para receber os créditos, créditos estes que acabaram por surgir a ordem maçônica", revelou Perri.

Um documento comprovaria que, ao mesmo tempo, outros juízes vendiam créditos que tinham a receber com um grande deságio. A juíza Amini Haddad Campos, por exemplo, teria um crédito de R$ 124.118.58, que teria sido negociado por apenas 40% do valor de face, quando ela precisou de dinheiro para receber e não conseguiu receber do Tribunal de Justiça, conforme a denúncia.

O presidente da Loja Maçônica Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso declarou que a responsabilidade pelos desvios surgiu da dissidência de um grupo de maçons. "A instituição não faz nada errado, os homens podem até errar, talvez por excesso de de zelo ou autoridade", disse ele à reportagem.

Investigações

Em seu blog, o jornalista Fábio Pannuzio revela ainda mais detalhes da "misteriosa construção da sede maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso".


"A sede da Grande Oriente do Mato Grosso motivou a abertura de um procedimento investigatório criminal instaurado em 2007, ano da inauguração do prédio. As primeira suspeitas já apontavam a responsabilidade de Marcelo Souza de Barros, juiz-auxiliar da presidência do TJ/MT. O magistrado já respondia a outros processos - como o de favorecer o escritório de advocacia de um irmão com o desvio de processos de créditos de precatórios.

Quando o sigilo bancário do juiz foi quebrado, descobriu-se uma vultosa movimentação de saques e depósitos em dinheiro vivo. Um dos depósitos, de R$ 83 mil, foi feito pela concessionária Via Láctea Veículos, que, três meses depois, venceria uma licitação para a venda de 30 automóveis para a frota do Tribunal de Justiça.

Marcelo Souza Barros foi indicado pela presidência do TJ para presidir a comissão especial que iria gerenciar a construção do novo forum. O edital já previa ítens considerados 'absurdos', como a compra de 3 mil toneladas de vigas de aço, mais do do que dobro do necessário, de acordo com parecer do engenheiro-responsável pelo projeto.

Contra a construtora contratada para a construção do prédio, a Cogepe, havia dois pedidos de falência. A empresa tinha 278 títulos protestado no mercado. A situação financeira da empresa era tão débil que o TJ teve que fazer antecipação de pagamentos a fornecedores de material de construção para evitar a paralisação da obra.

O mais espantoso é que, diante da impossibilidade de manter uma conta-corrente, a Cogepe foi presentada com uma conta compartilhada, cujo titular era o próprio Tribunal de Justiça, para receber os pagamentos.

O custo final do forum ultrapassou R$ 57 milhões -- mais do que o dobro do valor estimado para uma obra do mesmo porte. Curiosamente, a duas quadras de distância a maçonaria erguia o prédio de sua sede silenciosamente. Abertas as contas da Casa Maçônica grande Oriente de Mato Grosso, descobriu-se que a obra portentosa era tocada sem custos.

'A maçonaria não tinha caixa suficiente para pagar a construção do prédio', assegurou o desembargador Orlando Perri, que investigou a denúncia. A conclusão óbvia foi a de que o material de construção e os recursos do TJ estavam sendo empregados na obra da maçonaria"

Esta será uma noite insone para muitos ladrões que povoam o Poder Judiciário. Em decisão unânime, os 14 conselheiros do CNJ decidiram fazer um limpa na Justiça do Mato Grosso e aposentaram compulsoriamente 3 desembargadores e 7 juízes. "Há muito tempo uma quadrilha se abriga nos tribunais de Mato Grosso", disse um dos conselheiros ao proferir seu voto.Entre os magistrados aposentados estão o presidente do Tribunal de Justiça, Mariano Travassos, e o ex-presidente José Ferreira Leite. As irregularidades que determinaram o expurgo tiveram início na gestão deste último, quando recursos do TJ/MT foram usados para tapar o rombo de uma cooperativa de crédito criada pela Loja Maçônica Grande Oriente de Mato Grosso.Além de presidir o TJ em 2004, Pimentel era o grão-metre da ordem maçônica. Foi dele a decisão de criar a cooperativa. A partir da associação com uma instituição que já existia, a SICOOB Pantanal, o então desembargador Pimentel estimulou os maçons de sua Loja a levarem para lá todas as suas economias.Meses depois, o desfalque de um gerente acabou determinando a internveção do Banco Central e a falência da cooperativa maçônica. José Pimentel prometeu que iria resgatar o dinheiro investido pelos maçons e o fez com dinheiro do TJ. Ele passou a oferecer a juíze e desembargadores vinculados direta ou indiretamente à maçonaria a liberação de bonificações e correção momentária sobre créditos a que supostamente os magistrados teriam direito.A liberação dos recursos, que eram depositados na conta da loja maçônica, aconteceu dias depois da bancarrota da instituição de crédito. Não havia nenhum critério objetivo para os pagamentos. Os valores também eram arbitrados conforme as necessidades do grupo. Entre outras irregularidades constatadas por uma empresa de auditoria está o registro de correção monetária aplicado em dobro. Ao mesmo tempo em que os juízes e desembargadores maçons tinha franco acesso aos cofres do TJ, outros magistrados, que e nfrentavam problemas financeiros, eram obrigados a descontar cartas de crédito emitidas pela Secretaria de Fazenda no mercado com deságios médios de 40% do valor de face. Há outras irregularidades atribuídas ao mesmo grupo ainda em fase de instrução processual. Entre elas, a construção da sede da Loja Maçonica Grande Oriente de Mato Grosso, que aconteceu simultaneamente à construção do novo forum de Cuiabá. Há suspeitas bem fundamentadas de que a obra dos maçons tenha sido tocada com recursos desviados da construção do forum.Na semana que vem o CNJ deve ampliar a faxina na Justiça matogrossense. Será julgado o caso que envolve o desembargador José Jurandir de Lima. ele conseguiu que os filhos José Jurandir de Lima Jr. e Tássia Fabiana Barbosa de Lima fossem contratados pela Assembléia estadual de Mato Grosso para ocupar cargos de confiança. Os atos de nomeação fora assinados pelo então presidente da Casa, José Geraldo Riva. Riva, por sua vez, responde a centenas de processos no TJ e foi beneficiado por decisões do desembargador José Jurandir de Lima. Por esta razão o Ministério Público arguiu a suspeição do magistrado.Outro desembargador que se encontra em situação delicada é Evandro Stábile, também autor de várias decisões em favor do deputado José Geraldo Riva. A filha dele e sua namorada igualmente foram nomeadas por Riva para cargos de confiança na Assembléia Legislativa.Os corruptos, vendedores de sentença e aproveitadores de beca de todo o País têm mesmo razões de sobra pra perder o sono.O poder da maçonaria, no entanto, é muito maior do que o que seria suficiente para construir ícones de ajulejo em prédios públicos de um Estado por definição laico. A maior obra dos juízes-maçons é a séde da Loja Maçônica Grande Oriente do Mato Grosso, erguida a menos de 500 metros do Fórum de Cuiabá -- e simultaneamente a ele.A sede da Grande Oriente do Mato Grosso motivou a abertura de um procedimento investigatório criminal instaurado em 2007, ano na inauguração do prédio. As primeira suspeitas já apontavam a responsabilidade de Marcelo Souza de Barros, juiz-auxiliar da presidência do TJ/MT. O magistrado já respondia a outros processos -- como o de favorecer o escritório de advocacia de um irmão com o desvio de processos de créditos de precatórios.Quando o sigilo bancário do juiz foi quebrado, descobriu-se uma vultosa movimentação de saques e depósitos em dinheiro vivo. Um dos depósitos, de R$ 83 mil, foi feito pela concessionária Via Láctea Veículos, que três meses depois venceria uma licitação para a venda de 30 automóveis para a frota do Tribunal de Justiça.Marcelo Souza Barros foi indicado pela presidência do TJ para presidir a comissão especial que iria gerenciar a construção do novo forum. O edital já previa ítens considerados "absurdos", como a compra de 3 mil toneladas de vigas de aço, mais do do que dobro do necessário, de acordo com parecer do engenheiro-responsável pelo projeto.Contra a construtora contratada para a construção do prédio, a COGEPE, havia dois pedidos de falência. A empresa tinha 278 títulos protestado no mercado. A situação financeira da empresa era tão débil que o TJ teve que fazer antecipação de pagamentos a fornecedores de material de construção para evitar a paralisação da obra. O mais espantoso é que, diante da impossibilidade de manter uma conta-corrente, a COGEPE foi presentada com uma conta comprtilhada, cujo titular era o próprio Tribunal de Justiça, para receber os pagamentos.O custo final do forum ultrapassou R$ 57 milhões -- mais do que o dobro do valor estimado para uma obra do mesmo porte. Curiosamente, a duas quadras de distância a maçonaria erguia o prédio de sua sede silenciosamente.Abertas as contas da Casa Maçônica grande Oriente de Mato Grosso, descobriu-se que a obra portentosa era tocada sem custos. "A maçonaria não tinha caixa suficiente para pagar a construção do prédio", assegurou o desembargador Orlando Perri, que investigou a denúncia. A conclusão óbvia foi a de que o material de construção e os recursos do TJ estavam sendo empregados na obra da maçonaria.O Conselho Nacional de Justiça se reúne hoje para julgar o pedido de aposentadoria compulsória de dez juízes e desembargadores que comandam o Judiciário de Mato Grosso. O grupo é acusado de desviar dinheiro do Departamento de Pagamento de Magistrados para a Loja Maçônica Grande Oriente de Mato Grosso. Os desvios aconteceram em 2004, quando uma cooperativa de crédito criada pela ordem mçônica sofreu intervenção do Banco Central e seus associados, entre os quais 160 maçons.A criação da cooperativa foi decidida em 2004 pelo então grão-mestre José Ferreira Leite, desembargador que à época presidia o Tribunal de Justiça. O primeiro passo foi a associação da loja maçônica com uma cooperativa que já existia, a SICOOB Pantanal. José Ferreira Leite estimulou os companheiros da maçonaria a levar seus investimentos para a instituição e conseguiu um grande número de adesões. Em Novembro daquele ano, no entanto, a SICOOB quebrou e sofreu intervenção do banco Central. Os investidores perderam tudo o que haviam investido.Cobrado pelo colegas, o dublê de desembargador e grão-mestre assumiu, então, o compromisso de capitalizar a cooperativa falida e salvar o dinheiro dos maçons. E o fez com dinheiro do Tribunal de Justiça, desviado para a conta da maçonaria sob a forma tortuosa de "pagamento de créditos devidos ao magistrados" a título de gratificações e correção monetárias.Em tempo recorde, e a despeito de estar enfrentando sérias dificuldades orçamentárias, o TJ de Mato Grosso começou a "pagar" os valores supostamente devidos a um grupo seleto de juízes, entre os quais o próprio José Ferreira Leite. O dinheiro, uma vez liberado, era depositado numa conta da maçonaria.Curiosamente, juízes que não estavam direta ou indiretamente vinculados à maçonaria tentavam receber, sem sucesso, os mesmo créditos. Não conseguindo, eram obrigados a negociar, com deságios de até 40%, declarações de de crédito emitidas pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso.As irregularidade foram apuradas pelo desembargador Orlando Perri, que na época era corregedor do TJ. Um processo administrativo foi aberto e a conclusão foi a recomendação da aplicação da pena máxima aos implicados -- a aposentadoria compulsória com o pagamento de salário proporcional ao tempo de serviço.O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, endossou as conclusões da sindicância e também pediu o afastamento dos 10 magistrados porque o comportamento deles foi "incompatível com a honra, a dignidade e o decoro", como prevê o Estatuto da Magistratura.

quarta-feira, 3 de março de 2010

DESVENDADO UM DOS SEGREDOS DA MAÇONARIA EM MATO GROSSO!



Veja abaixo, na íntegra a reportagem publica pelo site G1:

CNJ manda aposentar dez juízes suspeitos de desvio de dinheiro em MT

Magistrados teriam usado verba pública para pagar dívida.
Tribunal de Justiça diz que vai se posicionar oficialmente nesta tarde.

Diego Abreu Do site G1, em Brasília

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (23), por unanimidade, aposentar compulsoriamente dez magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, suspeitos de desvio de dinheiro público. Entre os atingidos pela medida estão o presidente da corte, desembargador Mariano Travassos, e o ex-presidente José Ferreira Leite, que seria o comandante do esquema de desvio de verba.

De acordo com a denúncia, um grupo de três desembargadores e sete juízes participaram do esquema em que mais de R$ 1 milhão teriam sido desviados para beneficiar a Loja Maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, da qual o desembargador Ferreira Leite era o grão-mestre. O dinheiro seria usado, segundo a denúncia, para cobrir os prejuízos que a entidade teve com a quebra de uma cooperativa criada pelos maçons. A verba era repassada à cooperativa por meio de empréstimo.

Além de determinar a aposentadoria dos três desembargadores e sete juízes, o CNJ aprovou a abertura de um novo processo para investigar o desvio do dinheiro a fim de garantir a devolução da quantia aos cofres públicos.

Segundo a denúncia, o esquema funcionava a partir do pagamento de valores atrasados aos magistrados – parte do crédito já estava prescrita, conforme detalhou o relator do caso no CNJ, Ives Gandra Filho. Em seu voto, ele sugeriu a aposentadoria compulsória dos dez acusados, devido ao direcionamento indevido dos recursos.

Os dez magistrados são suspeitos de desvio de recursos públicos, tráfico de influência, quebra de decoro e de falta de ética. A pena máxima prevista na Lei Orgânica da Magistratura para processos administrativos é a de aposentadoria compulsória. Assim, os magistrados de Mato Grosso terão o direito de continuar recebendo seus salários.

A decisão tomada pelo CNJ nesta terça-feira atinge os desembargadores José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e Mariano Travassos, além dos juízes Marcelo Souza de Barros, Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, Antonio Horácio da Silva Neto, Irene Lima Fernandes, Juanita Cruz da Silva Duarte, Graciema Ribeiro de Caravellas e Maria Cristina de Oliveira Simões.

Em nota divulgada nesta tarde, o TJ-MT informa que o presidente do tribunal lamentou o posicionamento adotado pelo CNJ e, ainda, que Mariano Travassos vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). "A avaliação do presidente é que o julgamento fugiu aos limites jurídicos para assumir condenável contorno político, vitimando o direito, a justiça e atingindo de forma irreparável a instituição judiciária de Mato Grosso", diz o texto publicado no site do tribunal.

O desembargador se diz inocente, cita que não faz parte da maçonaria e "que à época dos fatos ocupava o cargo de corregedor-geral da Justiça e, como tal, não lhe competia a função de autorizar, determinar ou fiscalizar quaisquer pagamentos por não ser ordenador de despesas".

Os demais magistrados atingidos pela decisão do CNJ não se manifestaram por meio da página oficial do TJ-MT. Em outra nota, o tribunal destaca que Mariano Travassos aguarda a notificação oficial para tomar as providências caabíveis. O texto diz que ele teria orientado os assessores da Presidência e juízes auxiliares para que, quando declarada a vacância dos cargos, sejam adotadas providências como a realização de concurso.

OAB

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elogiou a atuação do CNJ no caso. Para o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, o posicionamento do Conselho "tem angariado o respeito da sociedade brasileira".

No entanto, Ophir avaliou como "insuficiente" a punição aplicada aos magistrados de Mato Grosso. "A aplicação da aposentadoria seria uma espécie de benefício, ao invés de uma punição", afirmou o presidente da Ordem. Ele sugeriu uma reflexão do CNJ sobre a legislação que regula o trabalho dos juízes.

Segundo Ophir Cavalcante, o TJ-MT "passou a funcionar como uma filial da loja da maçonaria, o que é muito grave e mostra indícios de corrupção e de transgressão à lei".

segunda-feira, 1 de março de 2010

MALHAÇÃO: PERSONAGEM GAY!!! O QUE PENSAR ?


Na quarta-feira (24/02) a série “Malhação ID” exibiu capítulo onde o personagem Alê (William Barbier), após uma noite frustrada com a sua namorada, Maria Claudia (Isabela Dionísio), resolve assumir a sua homossexualidade para ela.

À Maria Claudia ele disse que “estava na hora de parar de mentir para si mesmo” e que “não curte garotas”.

Assim, de forma muito clara o seriado adolescente abordou um tema bem delicado, principalmente ao seu público alvo: jovens com idade entre 12 e 18 anos.

Não é a primeira vez que “Malhação” trata doassunto.

Nos anos 90 o personagem vivido pelo ator Thierry Ferreira também se assumiu para a namorada. A diferença é que, o personagem de Thierry logo saiu da trama. Já Alê, da temporada atual da série, é personagem fixo da trama, o que lhe deve render outras histórias em relação a sua sexualidade.

Também não há como se esquecer do personagem vivido por Bruno Cagliasso, o Junior da novela “América”. Na trama ele era filho de uma fazendeira matriarcal que sonhava vê-lo entrar na igreja para se casar com uma mulher. Mas, no decorrer da história ele se assume para a mãe e acaba apaixonado por um dos peões da fazenda.


Fonte: CAPA

***

Você assiste Malhação?

Surge a questão:


Devo assitir tudo que passa na televisão, já que posso – assistindo – criticar e filtrar, ficando com o que é bom.


Ou

Devo- sabendo já o tipo de programação de determinados programas, como malhação, não aceitar nem estimular pela audiência essa programação, me recusando assistir e buscar alternativas mais saudáveis para meu lazer televisivo?

O que você pensa a respeito?

A questão básica é se a televisão é chamada em sua responsabilidade social – como concessão do Estado que ela é – a refletir a realidade para mudá-la ou se ela apenas reforça mediocremente essa realidade.

Não se muda a realidade sem conhecê-la,é verdade, porém julgar conhecê-la tendo como referência apenas aquilo que de pior o homem é capaz de produzir como a violência, a imoralidade, o relativismo moral,etc é supor que a realidade seja apenas essa, nivelando a sociedade por baixo, e perdendo assim a oportunidade para mostrar o que pode ser feito de positivo e construtivo a partir daquilo que é verdade (não absoluta), não se nega , mas é errado.

Os programas que mostram as entranhas daquilo que nós homens somos capazes de produzir de mais nefasto é reconhecido por todos como “baixaria” e destrói mais do que constrói.

No caso especifico do post, penso que não se tem como não se abordar esse tema, infelizmente, porém se sabe que em programas como esse só se mostra o lado afirmativo e normativo, dando a entender que é natural e normal, porque é comum na sociedade atual esse profundo engano de negar a verdade da lei natural criada por Deus

Comum quer dizer frequente e não significa necessariamente correto, já que existem muitas coisas em nossa sociedade comuns, porém erradas, como mentir, não se respeitar filas, se atrasar nos compromissos (de tal forma que esse atraso parece no Brasil intrinseco à nossa cultura.Com exceções,claro.
O fato de existir excessões apenas confirma que o comum é o atrasar-se)

No entanto, relação homem com homem não é natural nem reflete a norma da sociedade humana, construida desde sempre, na união do homem e da mulher e no fruto natural dessa união que são os filhos.

Novela VIVER A VIDA!!! NO INFERNO


O que os olhos não veem.

Por Washington Araújo

Não há nada melhor que viver a vida neste meu Brasil brasileiro onde o coqueiro dá coco. Ao menos na teoria, viver a vida é bom.
Ora, ninguém pode afirmar que o bom é viver a morte, e se existe vida há que se viver. Nada mais óbvio.
Marca do novelista global Manoel Carlos, a obra em andamento conta também com histórias reais de superação e tudo contado na eternidade dos 60 segundos logo após o último bloco do capítulo diário de Viver a vida, a novela.
Em breve a novela seguirá para seu fim e até o momento quase nada tem sido escrito por especialistas da mídia sobre as aberrações que o folhetim apresenta. Mau-caratismo, traição, adultério, ciúme, inveja, alcoolismo e uso de drogas se apresentam no horário nobre toda santa noite como aperitivo antes do que já não era bom, o famigerado Big Brother Brasil.

As “vinhetas de superação” trazendo ao horário nobre gente sofrida, abandonada, envolvida nas drogas ou no crime, pessoas portadoras de necessidades especiais e vítimas de todo tipo de violência, testemunham como foi bom ter dado a volta por cima.

Porque nesse horário somente essas pessoas sabem como é viver a vida, enfrentar os desafios, superar as debilidades. Na novela tudo é caricato, tosco e apelativo. Personagens quando choram parecem estar gargalhando por dentro, e quando falam de amor optam pelo desamor, focam as desilusões e nossas pequenas tragédias humanas.

A realidade no folhetim é absolutamente virtual. Basta ver a favela de Viver a vida. Tem até jantar à luz de velas. Balas perdidas? Existe isso? Onde? Quem? O hospital do Dr. Moretti é imenso pátio de diversões onde os médicos estão sempre na lanchonete, colocando em dia seus problemas amorosos e nunca incomodados por pacientes alquebrados, gente entre a vida e a morte como é tão comum e mesmo rotineiro em hospitais.

A pousada de Búzios tem clima de Copacabana Palace. Tudo na pousada é muito limpo, decoração de primeira, natureza exuberante, ninguém parece trabalhar mas tudo está sempre nos trinques e hospedes que é bom, se existem, não dão as caras.

Faltou a Manoel Carlos a vivência de um feriadão em pousada de Salvador, Porto Seguro, Natal ou Florianópolis.

Trabalho infantil

Viver a vida é um vale de lágrimas do início ao fim. As pessoas choram sem parcimônia. E com gosto. Há aquela que chora porque não consegue parar de beber. Há aquela outra que chora porque está tetraplégica. Outra chora porque não consegue consumar o adultério. Há quem chore porque é abandonada pelo noivo há poucas horas do casamento. Outra chora porque o marido não aceita conviver em harmonia com os enteados, filhos do primeiro casamento.

Tem quem chore porque a irmã tetraplégica recebe mais atenção da mãe e das irmãs. Há quem chore porque os filhos gêmeos estão apaixonados pela mesma pessoa. Tem quem chore por acreditar que uma pessoa tetraplégica não pode fazer ninguém feliz.

É o folhetim dos vilões-fashion, gente descolada, rica e que prefere viver a vida na base de quanto mais fútil for a vida, melhor.

Até aqui nada de muito novo. O que não entendo é as autoridades responsáveis pela proteção da infância e da adolescência deixarem uma graciosa menina de apenas 8 anos de idade interpretar uma vilã.

É o que acontece com a Rafaela interpretada pela espertíssima Klara Castanho. Vemos todas as noites sua infância sendo roubada. Assistimos impassíveis ao seqüestro de uma inocência que deveria ser preservada, inicialmente por seus pais, depois por essa veículo de comunicação que é uma concessão pública chamada televisão e depois pelo pessoal do judiciário, das tais varas da Criança e do Adolescente.

Rafaela se pinta com as cores da vida adulta, se veste insinuante como é comum aos jovens, é a cara do consumo-mirim sempre instigando sua mãe a comprar isso e aquilo mesmo que não tenha rendimento para tal.

O pior nem é isso. O pior é o retrato de criança manipuladora e sensual, chantagista e dona de opinião sobre assuntos bem complexos para mente em formação como é o caso de aborto, mãe esperando segundo filho, vida de mãe solteira e testemunha de tórrida cena de adultério.

Será que ninguém observa nada disso? Será que ninguém vai trazer à mesa a discussão sobre trabalho infantil em programas para público adulto como é uma novela das oito? Será que toda e qualquer manifestação artística é passível de ser exercida por crianças e adolescentes? Pelo andar da carruagem não me causará espanto se em capítulo futuro a pequena Rafaela se transformar em psicopata-mirim.

Mercado e audiência

É que ninguém está nem aí para colocar em prática dispositivos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13/7/1990), calhamaço que conta com impressionantes 267 artigos.

Destes faço questão de enunciar apenas seu Artigo 3º:

“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”

A caracterização dada à personagem Rafaela faculta à atriz-mirim Klara Castanho seu desenvolvimento “mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”? A meu ver, se dá exatamente o contrário. Rafaela é tratada como coisa a ser transportada na vida cheia de peripécias de sua mãe Dora; interpõe-se com protagonismo principal na relação de sua mãe com quem poderia ser seu bisavô, o romântico Maradona, dono da pousada; os diálogos de Dora com Rafaela se sustentam em mentiras escancaradas e em meias verdades; os olhares de “brinquedo assassino” de Rafaela ao iniciar sua precoce carreira de chantagista mirim com a principal protagonista do folhetim, Helena, não deixam dúvidas que coisa muito mais escabrosa vem pela frente.

Enquanto a trama se desenrola, Rafaela passa a freqüentar com maior insistência o imaginário de milhões de crianças da mesma idade vindo a se tornar um modelo infantil a ser seguido com toda sua carga de manipulação e astúcia poucas vezes vista em personagens adultas.

E não encontramos contraponto.

Isso acontece porque levantar qualquer bandeira que vise proteger a integridade moral e a dignidade de uma criança explorada por um folhetim global é quase cometer crime de lesa-pátria. E não faltarão pessoas a torcerem o nariz para esse meu texto sob o pretexto de que seria incitação à censura. Nada mais ridículo que isso.

O ponto é que enquanto o deus-Audiência estiver em seu trono nada poderá mudar. Nem que preceitos constitucionais sejam violados e que sejam arquivadas no baú das coisas imprestáveis imagens de crianças inocentes, bondosas, cheias de compaixão, educadas, inteligentes, respeitadoras dos mais velhos… e tantos outros predicados do tempo em que andar a pé era novidade