sexta-feira, 9 de agosto de 2013
* Diferente do Brasil, 120.000 adultos se tornam católicos nos Estados Unidos a cada ano.
Fonte: religionenlibertad.com
Uns 120.000 adultos se tornam católicos nos Estados Unidos a cada ano: dois terços já eram batizados.
Texas, Flórida, Califórnia, Nova York ou Washington são algumas das zonas com mais convertidos ao catolicismo. Em geral, as zonas do sul tendem a crescer ao combinar uma igreja dinâmica com distintos tipos de emigração.
A arquidiocese texana de Galveston-Houston (5,6 milhões de habitantes; 1,1 milhão de católicos, 20%) batizou ou recebeu como novos católicos a quase 2.400 adultos na recente Vigília ou no Dia da Páscoa.
Sua vizinha, a arquidiocese de Santo Antônio (2,3 milhões de habitantes; 700.000 católicos; 30% da população) batizou ou recebeu a 1.165 adultos.
A cosmopolita arquidiocese de Nova York (5,7 milhões de habitantes; 2,6 milhões de católicos; 45%) batizou ou recebeu a 1.470 adultos.
Se somarmos estas três dioceses, com uma população combinada quatro vezes menor que a de França, vemos que batizam ou recebem a tantos convertidos adultos como todo o país gaulês (uns 5.000, entre batizados e retornados à fé através da confirmação adulta). Três dioceses equivalem a um país quatro vezes maior.
É um exemplo de dinamismo religioso da sociedade norte-americana, num país onde 44% da população adulta professa uma convicção religiosa distinta a que viveu em sua infância.
Quase 120.000 ao ano
Não há dados completos de 2012 mas sim de 2011, difundidos pela Conferência Episcopal norte-americana: 43.335 adultos se batizaram como católicos. Também, 72.859 pessoas já batizadas como protestantes ingressaram em plena comunhão com a Igreja Católica. No total, 116.000 novos católicos adultos. Este ano provavelmente haja aumentado um pouco, vendo os dados de várias dioceses.
Crescimento no sul
O sul dos Estados Unidos vive um pequeno “boom” de catolicismo, que se pode explicar não só por seu zelo missionário ou evangelizador (que existe) mas por razões demográficas e migratórias. A população do norte tende a emigrar ao sul, mais ensolarado, e encontrar comunidades católicas razoavelmente atrativas para alguém “recém chegado” (colégios, estrutura social, associações). Também encontran cônjuges católicos, e ao casar-se adotam sua fé. Assim, nesta Páscoa se vêem resultados sulistas como estes:
- Houston: 2.391 novos católicos adultos
- San Diego: 1.278
- San Antonio: 1.165
- Fort Worth : 1.121
- St. Petersburg: 963
- St. Louis: 846
- Palm Beach: 607
Em outras regiões há também pontos de crescimento: Nova York (1.470), sua vizinha Rockville Centre (689), a também vizinha Buffalo (237); Washington, a capital, que vem a vários anos fazendo campanhas televisivas e paroquiais de evangelização, vê seu segundo melhor resultado da década: 1.166 novos católicos adultos.
Histórias muito diversas
As histórias dos novos convertidos são diversas. Há imigrantes de países comunistas, ou filhos desses imigrantes, hoje já adultos, que dão o passo. Há os que descobriram a fé em colégios ou em comunidades ou através de um parente. O mais comum é que adotem a fé que aprenderam a amar através de seu cônjuge ou noivo/a. Há os que fogem das igrejas protestantes liberais, buscando uma igreja “séria”, “exigente”, “que não mude sua doutrina”.
Naturalmente, nem todos os novos convertidos serão fiéis fervorosos.
Como explicávamos em ReL, os 70 milhões de católicos norte-americanos se agrupam em 5 tipos distintos, cada um dos 14 milhões: uma quinta parte são fiéis e fervorosos; outra parte crê, mas é acomodada e pratica pouco; outra parte crê e pratica, mas duvida ou se desentende em temas éticos; outro grupo só é católico em um sentido étnico e por último há uma fração que não é católica em nenhum sentido, exceto por ter alguma avó italiana ou polonesa.
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