terça-feira, 30 de julho de 2013

Padre Joãozinho: “Nenhum católico poderá votar em Dilma se ela sancionar o PLC 3/2013″


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Herdeiro do legado intelectual e artístico do famoso padre Zezinho, o catarinense João Carlos Almeida, também padre dehoniano (scj), intelectual e artista, assumiu publicamente a luta pelo veto ao PLC 3/2013.
O projeto de lei que aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff transforma o aborto em casos de estupro em mera questão de “profilaxia da gravidez”, uma doença a ser urgentemente tratada por todo hospital da rede SUS, independentemente de ser mantido por entidades religiosas.
Padre Joãozinho, como é popularmente conhecido em todo Brasil, manifestou-se publicamente, por meio de seu twitter, no último domingo (29), de forma taxativa pelo veto ao projeto de lei já aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ele foi além: exigiu que nenhum católico vote na presidente caso ela sancione a mais nova lei do aborto no país.
O texto que segue é uma compilação dos tweets do padre sobre o assunto. O título fui eu quem criei, baseado no conteúdo dos tweets do padre. Todo conteúdo compilado está publicado aqui na íntegra, da mesma forma como disposto nos tweets do padre.
Que mais dehonianos, que mais sacerdotes, que mais católicos e cidadãos brasileiros condenem o PLC 3/2013 e exijam da presidente da república o veto a tal projeto de lei.
***
Dilma, vete o PLC 3/2013
por Padre Joãozinho, scj
Até 1º de agosto Dilma irá sancionar o Projeto de Lei 03/2013 que regulamenta a “profixalia da gravidez”, leia-se: ABORTO!!! Ao sancionar, aprovar o Aborto no Brasil (mesmo em casos de estupro), ela será responsável pela condenação de milhões de inocentes.
É a mesma lógica da pena de morte: para uma pena irrevogável exige-se uma justiça perfeita. A nossa esta muito longe disso. Se Dilma assinar a LEI DO ABORTO (profixalia da gravidez) nenhum católico, em consciência poderá lhe dar seu voto.
Conclamo meus 60.000 seguidores a um gesto concreto pós @jmj_pt lutando com todas as forças contra o ABORTO PROFILÁTICO. O que precisamos mesmo é de reforma política… não seria melhor uma profilaxia no cenário político do Brasil?
Mas tem um “se”… @dilmabr pode vetar parcialmente o Projeto de Lei 03/2013 excluindo a “profilaxia da gravidez” no SUS. Acho muito estranho que este projeto tenha passado pelo Congresso contra toda a sensibilidade e nossa população.
Existe nesta questão uma corrupção semântica. Profilaxia, no contexto legal não inclui o aborto. Mas na prática é disso que se está falando. Tanto é verdade que até políticos contrários ao aborto votaram a favor do projeto de lei. Só depois se deram conta da pegadinha…
Por isso agora pedem o veto parcial. A regulamentação da lei obrigará o SUS a praticar o aborto em caso de estupro como forma de profilaxia. Trata-se do Projeto de Lei 3/2013 no Artigo 3º, inciso IV: Profilaxia da Gravidez. Aqui está o X da questão. O que significa PROFILAXIA?
Ninguém entendeu que a tal “profilaxia” poderia incluir o aborto. Depois de sancionada a lei deverá ser regulamentada e então entrara o debate hermenêutico sobre a extensão do conceito de profilaxia.
Parece que a questão do PL 3/2013 está pegando fogo mesmo. Estamos no debate do significado das palavras: profilaxia é uma delas. Profilaxia não pode significar aborto pois um feto, mesmo resultado de um estupro, não é um vírus. Gente não é vírus.
Usar um crime hediondo como o estupro para banalizar o aborto em caso de “gravidez indesejada” é no mínimo perverso. O artigo 5 da nossa constituição fala da “inviolabilidade do direito à vida”.
Os antigos gregos acreditavam que a vida começava e terminava com a respiração. Nascituros não tinham direitos. Hoje isso não se sustenta.
O Papa não liberou o homossexualismo! Isto é invenção da imprensa. Entenda o porquê…
Padrão
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Eu sabia que isso ia acontecer, só não esperava que fosse tão rápido. Mais cedo ou mais tarde a imprensa acabaria fazendo o que faz de melhor (ou de mais nojento): Distorcer as palavras do Santo Padre. O Pontífice tinha razão quando disse ainda na sua saída de Roma para o Brasil, que estar ao lado dos jornalistas era como estar cercado de “lobos ferozes”.
Mesmo o Papa tendo falado de compromisso e responsabilidade, mesmo discursando contra a “cultura do provisório, do relativo”, defendendo o valor da família e do matrimônio, os jornalistas ativistas (ou ativistas jornalistas) insistem em tentar criar uma imagem de um Papa progressista, nem que para isso eles tenham que “manipular” a informação.
Nós católicos precisamos ter muito cuidado com a leitura que a mídia faz das declarações dos Papas, Cardeais, Bispos e Padres. Quando escrevem ou falam fé e a Igreja, a grande maioria dos jornalistas e teólogos (os formadores de opinião), querem forçar a barra, no intuito de militar contra a Igreja de Cristo e a favor de um “progressismo” que não ajuda em nada a Igreja – ao contrário, que ferem os grandes valores do cristianismo.
Ainda no avião enquanto regressava a Roma o Papa Francisco concedeu uma entrevista aos jornalistas da sua comitiva no avião. O Pontífice abordou temas espinhosos; entre eles, a questão da homossexualidade.
Aqui um grande parênteses: Não falou nada de novo em matéria moral. Leia o que ele disse:
“Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade.”
Bastou esta frase para que vários portais de notícias festejassem o que na opinião deles seria o consentimento da igreja para o ato homossexual. Nada mais falso. Antes da frase acima ele falou algo que a imprensa fez questão de não citar:
“Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a orientação homossexual não é pecado, mas os atos, sim.”
Para não deixar nenhuma dúvida, vamos ler o trecho do Catecismo ao qual o próprio Papa remete. Assim não deixemos que haja dúvidas sobre um provável desacordo entre as palavras do Papa e o ensinamento moral da Igreja. Leiamos o parágrafo 2358:
“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.” (CIC§2358)
Moral da história: a Igreja continua condenando o pecado, não o pecador. E, justamente porque o ama, chama-o à conversão, à castidade. Por causa de sua condição, eles não devem ser injustamente discriminados, mas tratados com respeito e dignidade. Este é o ensinamento da Igreja e esta é a referência do Papa.
Agora a grande prova da maldade da imprensa em deturpar as palavras do Papa, foi a omissão de um trecho da entrevista. Quado perguntado sobre porque não falou aos jovens sobre questões polêmicas como o aborto ou o “casamento” gay, o Santo Padre disse:
A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar a falar sobre isso. Não era necessário voltar a falar sobre isso, como também não era necessário falar sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a igreja tem uma doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da igreja”.
Não satisfeito, o repórter perguntou:
E a (posição) do papa?
O resultado foi uma resposta do Papa Francisco, digna do Papa Francisco (que mais pareceu um golpe de direita no queixo):
(A posição do Papa) É a da Igreja, eu sou filho da Igreja”.
A questão é: Porque nenhum meio de comunicação noticiou este fato?
Talvez encontremos a resposta quando perguntamos: A quem interessa o “lobby gay”? A quem interessa o “lobby abortista”? Termino esta matéria indicando o excelente texto doWagner Moura do blog “O Possível e o extraordinário”.

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