segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

você, a castidade e o mundo pornográfico

Conteúdo enviado pelo internauta Keliane MM

Foto enviada pela internauta keliane

Como é difícil viver a castidade nos dias atuais, ainda mais quando as diferentes mídias, como a TV e a Internet, se tornam tão acessíveis. Mas não só essas mídias exploram o sexual, ou por que não dizer o pornográfico em nós. Perceba que as roupas que a moda dita, os cartazes de publicidade com suas ambiguidades e tantas outras coisas sempre nos remetem ao sensual, aos prazeres carnais, afinal é do ser humano o desejo de ver e ser visto pelo olhar amoroso do outro. Mas e aí, como viver a castidade e ser santo, quando tudo a nossa volta não coopera para isso e ainda nos mostra como se fosse uma coisa normal?

O próprio Santo Agostinho disse: “Daí-me a castidade, mas não ainda, pois temia que me atendesse muito depressa e que me curasse logo a doença, que eu mais queria saciar do que extinguir.” (Confissões Cap. VII)

“Não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo”

Precisamos lembrar que o nosso principal “órgão sexual” é o cérebro, e é aí que o inimigo usa suas artimanhas para nos iludir com uma promessa de felicidade e de amor. Sabemos que “tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convêm” (I Cor. 6:2) e ainda que “fomos chamados à liberdade, porém não podemos usá-la como pretexto para prazeres carnais” (Gál. 5:13).

Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Ele “não nos chamou para a imundice, mas para a santificação” (I Tes. 4:7), portanto, não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo, no que é passageiro, mas buscai o que é eterno.

Somos “Templo Sagrado de Deus” (I Cor. 3:16) e por mais que seja difícil não nos contaminar com o “belo”, peçamos a sabedoria, o discernimento e a vontade de dizer não a esse “amor de mentira” e sim ao amor incondicional de Deus.

Keliane MM

O valor da espera

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Por Martha Morales

http://www.almas.com.mx/br

A castidade é totalmente essencial para a felicidade de um jovem. Não se deixe enganar e pensar que a maioria dos jovens tem relações sexuais. Não, não têm! Existe muito o que saber e pensar antes de se chegar a uma relação sexual.

As experiências sexuais entre adolescentes são um risco para seu corpo, para suas emoções e para seu futuro. É maravilhoso ver que cresce, nos Estados Unidos, cada vez mais a abstinência sexual entre o público juvenil (Veja a pesquisa).

É certo que existem jovens que decidem ter relações sexuais; mas são eles que terão de viver com as consequências de sua decisão. Existem muitas formas de expressar seu carinho sem ter relações íntimas. Trate de evitar as situações que intensifiquem as emoções sexuais; será mais difícil “frear” neste caso.

Carlos Beltramo diz que os beijos e as carícias movem os hormônios. Às vezes, você como jovem pode afirmar: “Os hormônios são incontroláveis”. E perguntamos: “Onde você esteve ontem à noite?”. Resposta: “Em um parque até as três da madrugada… Cheguei lá às 20 horas com minha namorada”. Portanto, quem escolheu? Quem entrou nessa situação? É normal que haja impulsividade se favorecemos as oportunidades: um selinho, outro selinho, um beijo… E depois: “Estamos cansados! Vamos para o sofá?”. Faça esta pergunta a você mesmo: “Por que fui para o apartamento com ela?” É como fogo sobre palha!

Existem jovens que pensam: “Se ela não aceitar, não me ama”. Sendo um sentimento, o enamoramento pode ser destruído facilmente pelas experiências negativas. O verdadeiro amor cresce, mesmo em meio a experiências difíceis.

Para viver a pureza (castidade), mantenha-se ocupado (a) com esportes e com as atividades de grupo.

Alguns jovens veem a sexualidade como uma atividade de ócio prazerosa, por isso existe menos densidade no enamoramento, menos pretensão de eternidade. A experiência do enamoramento é a mais plena das experiências, não é eletiva, é surpreendente. Eu me surpreendo enamorado.

Se você e sua namorada ou namorado não puderem chegar a um acordo sobre esse tema, então talvez fosse melhor procurar outra pessoa que pense igual a você. Dizer “não” pode ser a melhor maneira de dizer “eu te amo de verdade”. A castidade não significa rejeição nem menosprezo ao amor. Significa defender o amor do egoísmo.

Repito: a castidade é totalmente essencial à felicidade do jovem. A masturbação e a pornografia fazem com que o homem procure o prazer ao ritmo de seu sexo. Gera prazer, sim, mas não treina para ser feliz. Não treina para amar.

As pessoas precisam crescer no aspecto da paciência. Esse é um déficit muito comum na sociedade moderna, que incentiva a gratificação instantânea desde a infância. Para reforçar a virtude da paciência, a pessoa não deve ser impaciente, porque sendo assim enfraquece a virtude e fortalece o defeito. Vale a pena desenvolver os bons costumes e esperar!

Eterno ou erótico: o que o sacia?

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É certo que no homem há o desejo pelo prazer, o desejo de possuir coisas e pessoas, a vontade de experimentar novos sentimentos e sensações a todo momento. Muitas vezes, essas situações revelam o nosso vazio e nos angustiam logo que experimentadas.

Isso ocorre com todos nós e, na modernidade, este desejo de possuir tudo e todos é potencializado pelas novas tecnologias que nos abrem uma gama incontável de possibilidades. Somos bombardeados por meio de palavras, imagens e sons que nos envolvem rapidamente. O mais grave é que alguns conteúdos nos transformam em objetos, e quando menos esperamos, estamos fisgados pelos chamados conteúdos eróticos.

Dessa forma, a busca do prazer transforma-se em uma verdadeira enrascada, principalmente quando acessamos os conteúdos chamados “Adultos”, que começam com um ensaio fotográfico mais sensual, e o mesmo site o leva para outro mais quente, e logo há alguém refém de vídeos e fotos chamados pornográficos.

Esses conteúdos são uma mentira, a qual nos envolve de tal forma que acabamos por ter a nossa vida dirigida em razão do prazer, da satisfação, do gozo, e quando paramos para pensar nos sentimos distantes de Deus, na angústia e na solidão.

Este desejo de ser “feliz”, buscando o que está fora de nós, pode ser um grande instrumento para a experiência do homem com o Senhor, da mesma forma que pode ser a causa de nossa escravidão ao erro. Assim foi com Santo Agostinho, que testemunhou na obra “Confissões” o quanto buscava no erótico a razão da sua vida, a ponto de afirmar: “Eis que eu Te procurava fora, e Tu estavas dentro de mim”.

Platão, um dos mais importantes filósofos da Grécia antiga, em sua obra nominada “Banquete”, narra o nascimento do mito Eros, segundo ele este é pobre, sujo, hirsuto, descalço, sem teto, e está sempre à espreita do belo dos corpos e da alma, com sagazes ardis. Ele não é belo como geralmente se crê, mas é extremamente astuto.

O Papa Bento XVI, em sua Encíclica Deus caritas est, ensina que o eros necessita de disciplina, de purificação para dar ao homem não o prazer de um instante, mas uma encontro verdadeiro com o eterno. Segundo o Santo Padre o modo de exaltar o corpo, a que assistimos hoje, é enganador. O eros degradado a puro sexo torna-se mercadoria, uma coisa, que se pode comprar e vender; assim, o próprio homem torna-se mercadoria.

Existe desta forma, uma significativa relação entre a busca pela insaciabilidade com a santidade. Na outra vertente há o estrago que o desequilíbrio causa no homem quando ele reduz a sua vida ao erotismo.

Portanto, a busca por algo absoluto pode ser feito a partir da escolha certa, rompendo com o erotismo e e se abrindo à eternidade!

Quando decidimos não ser escravizados pelos apelos eróticos e todas as suas vertentes, podemos saciar a sede do nosso coração, fixando no amor incondicional a Deus e ao próximo, e tomar posse das palavras de São Pedro:

Senhor, a quem iríamos nós? Tu tu tens as palavras da vida eterna! (Jo, 6, 68).

Ricardo Gaiotti
Advogado, missionário da Canção Nova
ricardo@geracaophn.com

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