por Everth Queiroz Oliveira
Luiz Mott, decano do movimento homossexual brasileiro, entrou em nosso blog e fez um comentário tanto quanto tendencioso no post “Culto ao homossexualismo”, onde eu criticava as palavras de Juliana Paes quando ela falava que não há problema nenhum em se prestar um culto ao homossexualismo, o que é absurdo. Mais absurdo ainda é observar uma pessoa tentando usar a Bíblia para defender a imoralidade. Isso sim é triste, deplorável e lamentável.
Apesar de absurdo, não é de se admirar que, em nosso mundo, existam pessoas empenhadas em defender suas idéias depravadas usando até mesmo da Palavra de Deus, uma vez que o próprio São Paulo profetizou que não faltariam desses homens corruptores de doutrina nos últimos tempos: “Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas” (2 Tm 4,3-4). E São Pedro alertava: “N[as cartas de São Paulo] há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (2 Pd 3,16).
Invoco, antes de buscar refutar as idéias propostas por Mott, a sabedoria do Altíssimo e a humildade da Santíssima Virgem Maria para que possam me acompanhar nessa “cruzada” de fé. Invoco também a intercessão de São Jerônimo, profundo conhecedor das Sagradas Escrituras, que não hesitou em pregar a Palavra contra os difamadores do Reino: “Invoco o Espírito Santo para que Ele possa se expressar através da minha boca” (São Jerônimo, Tratado contra Helvídio, 2) e que eu possa defender a verdade do Reino contra a promiscuidade do homossexualismo.
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O título do seu texto é “O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade”. Pois então, o que todo cristão deve saber acerca desse tema está nas Sagradas Escrituras, não existe necessidade de mais nenhum comentário. E a Bíblia é clara quando fala sobre o homossexualismo, seja no Antigo Testamento, seja na Nova Aliança. No AT, por exemplo, a Lei de Moisés diz: “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação” (Lv 18,22); e ainda: “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a sua culpa” (Lv 20,13). A destruição de Sodoma – é o que apontam as passagens bíblicas e a doutrina da Igreja – se deveu às atitudes pecaminosas do povo dali. No Novo Testamento, São Paulo é mais claro ainda:
“Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno” (Rm 1,26-28).
Desses trechos não seria necessário mais nenhuma prova de que Deus condena severamente o homossexualismo. Mas Luiz Mott insiste. Destacaremos aqui – como ele fez – ponto a ponto suas idéias.
I. Não há o termo “homossexual” na Bíblia
Sem dúvida, não há mesmo. Essa palavra é contemporânea. O que não quer dizer, contudo, que Deus não condenaria essas práticas. Elas não tinham nome, mas os escritores sagrados a designavam de outras maneiras, como podemos ver, por exemplo, na carta de São Paulo aos Romanos (cf. 1,26-28), no trecho que acabamos de citar. São poucas – eu diria: raríssimas – as traduções bíblicas que trazem a palavra “homossexual”, justamente pelo fato de ela, no contexto daquele tempo, não existir. Contudo, numa linguagem mais atual, muitas passagens sagradas guiam a esse termo. Não vamos entrar muito nessa questão.
II. Antiguidade e homossexualidade
Diz Luiz Mott que “a prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia”. Não é de se duvidar que a prática homossexual seja antiga. Afinal, os homens, em todo o tempo, foram pecadores. A questão do pecado original, por exemplo, com ou sem a existência da Bíblia, seria uma realidade. “Todos pecaram – diz São Paulo – e estão privados da glória de Deus” (Rm 3,23). Contudo, – volto a afirmar, isso não quer de nenhum modo dizer que Deus permitia o homossexualismo. Seria anacrônico afirmar isso. As filhas de Lot, por exemplo, tiveram relações com seu pai e nem por isso essa atitude estava certa. Contudo, uma vez que a Lei de Deus ainda não havia sido prescrita aos homens, eles não conheciam a Sua Verdade e, desse modo, pecavam sem conhecimento.
Com a Lei de Moisés prescrita, contudo, não há mais desculpas. O homem peca se quiser. Pelo conhecimento da verdade, se sente livre a fazer o certo ou o errado com base numa moral. E foi isso que Deus fez: estabelecê-la entre os homens para que eles fielmente a pudessem seguir.
III. Condenação da idolatria
“Segundo os mais respeitados exegetas contemporâneos, (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas a Israel, a prática de rituais religiosos homoeróticos, de modo que esta condenação do Levítico (cf. 18,22; 20,12) visava fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si”.
Esses “respeitados” exegetas contemporâneos se esquecem que “nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal” (2 Pd 1,20). Para incitar ao homossexualismo, deturpam de modo descarado as Sagradas Escrituras, como se elas fossem propriedade de criaturas imperfeitas que agem sem a garantia do Espírito Santo.
Analisemos, primeiro, o que dizem as condenações do Levítico ao homossexualismo:
18,22: “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação”. O que é uma abominação? Deitar-se com um homem, como se fosse mulher. Deus não está proibindo o homem de deitar com outro homem. Está proibindo que eles se deitem para fazer atos sexuais. Ora, Ele diz “como se fosse mulher”. Se conclui, portanto, que se um homem se deita com outro como se fosse homem então não há problema algum, pois ambos apenas deitarão e não realizarão nenhuma atitude além disso. Identificamos, com esse versículo, não só o fato do ato homossexual ser uma abominação; observamos que Deus vê com naturalidade as relações heterossexuais e não as contrárias a isso. Quando diz “como se fosse mulher”, destaca que relação natural do homem é com a mulher e não com outro homem. Ter relações sexuais com outro homem é abominável.
O versículo 12 do capítulo 20 do Levítico confirma a mesma coisa: o ato homossexual é abominável. Mas Luiz Mott diz que a condenação do Levítico “visava fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si”. Se isso fosse de fato verdade Deus não chamaria o ato sexual entre o homem e outro homem de abominação e nem diria que, fazendo isso, eles estariam se contaminando: “Não vos contamineis com nenhuma dessas coisas, porque é assim que se contaminaram as nações que vou expulsar diante de vós” (Lv 18,24). Veja: é verdade que Deus buscava afastar a ameaça do povo de Israel, mas é verdade também que foram com essas práticas (cf. versículo 22 do mesmo capítulo) que os povos vizinhos a Israel se contaminaram. A homossexualidade é, portanto, uma abominação e uma contaminação, segundo o que afirma a bíblia.
Pergunta ainda Mott:
“Por que católicos e protestantes conservam somente a condenação da homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?”
Enquanto algumas prescrições da Antiga Lei foram aperfeiçoadas por Jesus Cristo, outras, no entanto, permaneceram conservadas. Ora, e como comprovar isso? A carta de São Paulo aos Romanos é prova: “Os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza” (Rm 1,27). Enquanto, por exemplo, a guarda do sábado, com Jesus Cristo, foi aperfeiçoada – para o domingo – a homossexualidade continuou sendo condenada severamente pelo mesmo Senhor.
IV. Davi e Jônatas: o amor homossexual
Essa afirmação tendenciosa de que o amor entre Davi e Jônatas era homossexual não é comprovada pela Bíblia. Pelo contrário: se Davi foi de fato observador assíduo dos mandamentos do Senhor (cf. Eclo 49,5), não poderia transgredir contra as ordens levíticas que puniam com pena de morte os praticantes do homossexualismo. Mas Mott chama a relação existente entre Jônatas e Davi de indiscutivelmente homossexual. Ora essa, baseado em que ele poderia me afirmar isso?
“Eis a declaração do santo rei salmista para seu bem-amado: ‘Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!’ (2 Sm 1,26).”
A tradução que João Ferreira de Almeida faz desse versículo não usa a palavra “deliciosamente”: “Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres” (2 Sm 1,26). E a Bíblia católica não usa nem uma nem outra: “Jônatas, meu irmão, por tua causa meu coração me comprime! Tu me eras tão querido! Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres” (2 Sm 1,26). Nenhuma tradução usa essas palavras usadas por você. É asqueroso usar a palavra deliciosamente para favorecer seus interesses. Isso é vergonhoso e vagabundo. Quando Samuel fala da sua amizade (vide Bíblia Católica) com Jônatas, ele diz que é mais preciosa que o amor das mulheres, mas não substitui o amor das mulheres pela amizade de Jônatas. Esse aspecto é importantíssimo de se observar.
Não é são nem mesmo inteligente chamar Davi de gay baseado numa tradução que você próprio fez da Bíblia – para a sua própria ruína, sublinho -; também não é sábio falar da relação entre Rute e Noemi como se fosse homossexual… Enfim, não é são observar a Bíblia sobre o seu ponto de vista.
V. É bom dois homens dormirem juntos…
Mott agora cita a passagem do Eclesiastes (4,11) para defender dois homens dormindo juntos. Ora, qual o problema em dois homens dormirem juntos? Nenhum! Vai depender da finalidade. O Levítico não condena que dois homens durmam juntos. Ele condena que dois homens durmam juntos para terem relações sexuais: “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher” (18,22). Portanto, analisando o contexto bíblico, observamos que Eclesiastes não quer falar do ato homossexual, mas do simples ato de dormir. Além disso, em Eclesiastes 4, o autor sagrado está falando do quão ruim é ser sozinho. E isso não tem nada a ver com sexo ou relações sexuais. Diz ele, no versículo 10: “Ai do homem solitário: se ele cair não há ninguém para o levantar”. É nesse sentido que o Eclesiastes fala do “homem dormindo com outro homem”. Não se pode tirar um versículo isolado da Sagrada Escritura para defender algo que a Bíblia condena severamente.
VI. O pecado de Sodoma e Gomorra não era a sodomia
A outra deturpação bíblica que Mott busca fazer da Sagrada Escritura fundamenta-se acerca dos pecados de Sodoma e Gomorra. Afirma ele erroneamente que “não há evidência histórica ou arqueológica que confirme (…) que tais cidades teriam sido destruídas por uma catástrofe”. Mas o testemunho bíblico é claro: “O Senhor fez então cair sobre Sodoma e Gomorra uma chuva de enxofre e de fogo, vinda do Senhor, do céu. E destruiu essas cidades e toda a planície, assim como todos os habitantes das cidades e a vegetação do solo” (Gn 19,24-25). Portanto a evidência histórica existe sim. Ora o que a Bíblia senão um livro histórico? Não relata ela a história do povo de Israel e, especificamente nesse caso, dos patriarcas que viveram antes da lei de Moisés?
Mas Luiz Mott garante que, em Gênesis 19,1-11, “quando os habitantes de Sodoma declararam desejar ‘conhecer’ os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo ‘conhecer’ como sinônimo de ‘ato sexual’”. Maliciosamente? Será que foi assim mesmo? Vejamos:
“E chamaram Lot: ‘Onde estão, disseram-lhe, os homens que entraram esta noite em tua casa? Conduze-os a nós para que os conheçamos.’ Saiu Lot a ter com eles no limiar da casa, fechou a porta atrás de si e disse-lhes: ‘Suplico-vos, meus irmãos, não cometais este crime. Ouvi: tenho duas filhas que são ainda virgens, eu vo-las trarei, e fazei delas o que quiserdes. Mas não façais nada a estes homens, porque se acolheram à sombra do meu teto’.” (Gn 19,5-8)
Os homens da cidade querem “conhecer” os visitantes que estão na casa de Lot. Para entendermos o sentido da palavra ‘conhecer’, devemos pô-la num contexto. E o contexto da ocasião é claro em mostrar que os homens da cidade queriam “cometer um crime” contra os que estavam hospedados na casa de Lot. Ora, mas que crime seria esse? Ora, só pela palavra ‘conhecer’, já identificamos que é um ato sexual. Existem outros trechos na Bíblia que têm também este sentido. Por exemplo, Maria, quando soube que daria à luz Jesus, exclamou: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” (Lc 1,34).
Ah, mas dirão os defensores da homoafetividade: não podemos afirmar que o sentido daquela palavra representa um homossexual. Ora, e como explicar então o fato de Lot oferecer suas duas filhas virgens a eles? Por que ele faria isso? Não deveria ser um ato muito grave para que Lot oferecesse suas próprias filhas aos rebeldes de Sodoma? Enfim, dizer que os pecados de Sodoma e Gomorra não foram a sodomia é, sobretudo, anti-bíblico.
VII. O verdadeiro pecado de Sodoma: injustiça e falta de amor
A Bíblia aponta como pecados de Sodoma “opulência, glutoneria, indolência, ociosidade” (Ez 16,49). Mas, como Mott mesmo reconhece, os livros do Novo Testamento – Judas e São Pedro – falam dos pecados de Sodoma de uma maneira mais direta: “Da mesma forma Sodoma, Gomorra e as cidades circunvizinhas, que praticaram as mesmas impurezas e se entregaram a vícios contra a natureza, jazem lá como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Judas 1,7). Os vícios contra a natureza, dos quais fala Judas, são os mesmos que São Paulo falou na sua carta aos Romanos: “… mudaram as relações naturais em relações contra a natureza” (Rm 1,26). Enfim, é praticamente inegável que os pecados de Sodoma não eram somente relacionados a sentimentos mais abstratos como amor e justiça; esses estavam diretamente relacionados à impureza, ao vício e à própria corrupção e condenação ao inferno.
Falar que o verdadeiro pecado de Sodoma era a injustiça e a falta de amor não é errado. Mas é sim errado desvincular essas duas faltas da questão do homossexualismo. São Paulo mesmo proclamava que havia uma profunda ligação entre essa depravação sexual e os demais pecados, como idolatria, impiedade, perversidade, malícia, cobiça, maldade e inveja (cf. Rm 1,29). Dizia isso porque, o termo do pecado, independente da sua natureza, “é a morte” (Rm 6,23). Se é, portanto, verdade que Sodoma pecou por injustiça e falta de amor é também verdade que pecou por impureza e vício. A última encíclica do Papa Bento XVI chama-se justamente Caritas in Veritate. Ora o que é isso? Ela é a ligação estreita que deve existir entre o amor e a verdade, entre a caridade e a moral. Sem a moral, a caridade se torna maliciosa e impura.
VIII. Má tradução das epístolas de São Paulo
Ou má interpretação das mesmas, uma vez que essa é clara ao condenar o homossexualismo. Mott alega que algumas passagens das cartas de São Paulo foram mal traduzidas. Seriam elas Rm 1,2 (que nem fala sobre o tema); 1 Cor 6,9 (que usa o termo “efeminados” para caracterizar alguns homens que não possuirão o Reino de Deus); Cl 3,5 e 1 Tm 1,10. Dizem elas que os efeminados não possuirão o Reino. E não possuirão mesmo! Ora, diz claramente São Judas que os pecadores de Sodoma e Gomorra, que pecavam contra a própria natureza, “jazem lá como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Judas 1,7). Então, essa é uma realidade, independente do erro ou não da tradução das epístolas paulinas.
Diz ele: “Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente”. Não é a toa que a Igreja definiu que “o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo” (DV 10). Para favorecer a verdade que convém ao que interpreta, vale tudo, até mesmo encontrar coisas onde elas não definitivamente não existem. Lamentável mesmo.
IX. Jesus nunca condenou os amantes do mesmo sexo
“Se o “homossexualismo” fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem, e Javé nos dez mandamentos”, diz Mott. Não havia necessidade. Ora, Jesus mesmo disse que “veio para levá-los [a lei e os Profetas] à perfeição” (Mt 5,17) e não para aboli-los. Sendo assim, cumpria a exortação levítica (cf. 18,22; 20,12) à risca. Além disso, será que Jesus Cristo não condenou mesmo o homossexualismo? Quem sabe disso? Não diz o evangelista João que “Jesus fez ainda muitas outras coisas” e que “se fossem escritas uma por uma, nem o mundo inteiro poderia conter os livros que deveriam escrever” (Jo 21,25)? Não sabemos se Jesus condenou ou não a homossexualidade, mas, se não condenou publicamente, não quer dizer que ele a aprovava. Se são os apóstolos os guardas fiéis das palavras de Cristo, sabemos que Ele condenou a iniqüidade, a impureza e também as relações depravadas contra a natureza das quais fala São Paulo no capítulo 1 da carta aos romanos.
Agora Mott blasfema: “Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João, “o discípulo amado”, nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões”. Dessa maravilhosa tese de Mott, observamos que ele não consegue ver um amor entre dois homens que não seja carnal. Se um homem ama a outro, então ele é transviado, homossexual? Não!! Ora, não mandou Jesus Cristo que nos amássemos uns aos outros? Fazendo isso, por acaso, estamos transando com os outros? É duro perceber que não é possível, na cabeça de alguns, relacionar o amor com a pureza e a amizade. Lamentável.
Depois, relacionar a cura do servo do centurião e o rito de lava-pés com o homossexualismo só pode ser brincadeira… Triste, deplorável, condenável.
X. Os fundamentalistas deturpam as Sagradas Escrituras
Impressionante observar que não são somente eles que as deturpam. Os iníquos também o fazem. E com todo gosto, embora sua conduta não o permita, proclamam com voracidade: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). Ora, e o que é a verdade? São por acaso as falácias de Mott? Creio que não… E digo mais: se estamos lendo a Bíblia para encontrar nela uma verdade conveniente então estamos lendo o livro errado porque não é possível conciliar a vontade de Deus aos desejos perversos desse mundo promiscuo e vagabundo.
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Lembremo-nos de São Tiago: “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominação por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4,4). E não deixemos que façam com as Escrituras o que desejam. Se não daqui uns dias vão querer afirmar que Deus não existe, baseando-se na Bíblia.
Graça e paz.
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