segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Horoscopo Cristão


Horóscopo dos cristãos? Reflita...


Treco do Tractatus de São Zenão, bispo de Verona e mártir do 4º século.
Ele apresenta aos neófitos o horóscopo que devem observar após terem renascido pelo batismo.

Portanto, irmãos, eis o vosso horóscopo.
O primeiro a vos acolher não é Áries, mas o Cordeiro que não rejeita todo aquele que n’Ele crê. Ele revestiu a vossa nudez com o alvo candor de sua lã, com grande bondade derramou o seu leite bendito em nossos lábios que se abriam lamuriosos. Semelhantemente Ele, não como um Touro de pescoço soberbo, de cara agressiva, de chifres ameaçadores, mas como Vitelo ótimo, doce, carinhoso e manso, vos exorta a jamais buscar proteção em alguma atividade, mas a recolher – submetendo-vos sem malícia a sua canga e fecundando, submetendo-a a vós, a terra da vossa carne – nos celestes celeiros a rica safra das sementes divinas.
E mediante os Gêmeos que seguem, isto é, mediante os dois Testamentos que vos anunciam a salvação, vos exorta a evitar sobretudo a idolatria, a impureza e a avareza, que é Câncer incurável.
Mas o nosso Leão, como ensina o Gênesis, é o leãozinho cujos santos sacramentos celebramos, o qual, reclinando-se, adormeceu para vencer a morte e ressurgiu para conferir-se a imortalidade como dom de sua feliz Ressurreição.

Segue-lhe na ordem Virgem, prenunciando Libra, para nos fazer conhecer por meio do Filho de Deus, encarnado e nascido da Virgem, que a equidade e a justiça foram trazidos à terra. Quem as observar constantemente e as administrar fielmente pisará, com pés incólumes, não direi o Escorpião, mas, como afirma o Senhor no Evangelho, todas as demais serpentes.
Mas não deverá temer nem mesmo o próprio diabo, que é ferocíssimo Sagitário, armado de flechas incandescentes, constante causa de terror para os corações de todo o gênero humano. Porque assim diz o apóstolo Paulo: Revesti-vos da armadura de Deus para poder resistir às insídias do diabo abraçando o escudo da fé, por meio do qual podeis repelir todos os dardos incandescentes do maligno.


de fato, ele por vezes lança contra os infelizes o Capricórnio, de aspecto deformado, o qual, atacando com seu chifre, sopra de seus lábios pálidos a espuma fervente de suas veias, com apavorante destruição e terríveis efeitos, sobre todos os membros de quem lhe é prisioneiro. Torna alguns loucos, outros furiosos, outros homicidas, outros sacrílegos, outros cegos pela avareza. Seria longo descer aos particulares: ele possui diferentes e inúmeras artes para causar danos, mas todas elas, escorrendo com suas águas salutares, o nosso Aquário como de costume tornou vãs, sem grande dificuldade.
Seguem-no necessariamente em uma única constelação os dois Peixes, isto é, os dois povos, Judeus e Gentios, que recebem a vida da água do batismo, marcados com um único sinal a fim de serem o único povo de Cristo.”

(Zenão de Verona, Trattati, a cura di G. Banterle e R. Ravazzolo, Città Nuova – Società per la conservazione della Basilica di Aquileia, Roma 2008, pp. 151-153.)
Fonte: Messa in latino
Tradução: OBLATVS


"Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor teu Deus te dá, não te porás as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem que se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus abomina tais práticas. As nações que vais despojar ouvem os agoreiros e os adivinhos; a ti, porém, o Senhor, teu Deus não o permite". ( Deuteronomio 18,9-14)

"Não vos dirigirás aos espíritas e adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Se alguém se dirigir aos espíritas para fornicar com eles, voltarei o meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio de seu povo. Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer adivinhações, seja morto. Serão apedrejados e levarão a sua culpa" (Levítico 19,31 e 20,6 e 27).




Catolico pode fazer Ioga?


O Yoga na filosofia e na prática é incompatível com o cristianismo

James Manjackal MSFS

Como cristão católico, nascido no seio de uma família católica tradicional, em Kerala, na Índia, mas tendo vivido entre hindus, e agora, como religioso, sacerdote católico e pregador carismático em 60 países dos cinco continentes, creio que tenho algo a dizer sobre os efeitos perniciosos que o yoga tem na vida e na espiritualidade cristã.
Sei que há um interesse crescente pelo yoga em todo o mundo, inclusive entre os cristãos e que também esse interesse se estende a outras práticas esotéricas e da New Age, como o Reiki, a reencarnação, a acupressão, a acupunctura, a sanação prânica ou pranoterapia, a reflexiologia, etc., métodos sobre os quais o Vaticano previu e avisou no seu documento Jesus Cristo, portador da água da vida.

Para alguns o yoga é um meio de relaxamento e de alívio da tensão, para outros é um exercício que promove a saúde e o bem-estar em forma e, para uma minoria, é um meio para a cura de doenças. Na mente do católico médio, seja leigo ou do clero, há muita confusão pois o yoga, segundo é promovido entre os católicos, não é exclusivamente nem uma disciplina relacionada com a saúde nem uma disciplina espiritual, mas umas vezes é uma coisa, outras vezes é a outra e, frequentemente, uma mistura das duas.
Mas o facto é que o yoga é principalmente uma disciplina espiritual e sei que, inclusive, há sacerdotes e irmãs, em seminários e noviciados, que aconselham o yoga como uma ajuda para a meditação e para a oração.


É triste que hoje em dia, muitos católicos estejam a perder a confiança nas grandes práticas espirituais e místicas para a oração e disciplina que receberam de grandes santos como Inácio de Loyola, Francisco de Assis, Francisco de Sales, Santa Teresa de Ávila, etc. e, agora, sigam espiritualidades e místicas orientais que provêm do Hinduísmo e do Budismo.
A este respeito, um cristão sincero deveria informar-se sobre a compatibiliade do yoga com a espiritualidade cristã e sobre a conveniência de incorporar as suas técnicas na oração e na meditação cristãs.

Yoga: união com uma divindade impessoal

Que é o yoga? A palavra yoga significa “união”, o objecto do yoga é unir o “eu” transitório (temporal), “JIVA”, com o (eu eterno) infinito “BRAHMAN”, o conceito hindu de Deus. Este Deus não é um Deus pessoal, mas uma substância impessoal espiritual que é um com a natureza e o cosmos.

Brahman é uma substância impessoal e divina que “impregna, envolve e subjaz em tudo” O yoga tem as suas raízes nos Upanishads hindus que são anteriores ao ano 1000 aC., e diz sobre o yoga que “une a luz dentro de ti com a luz de Brahman”.
O absoluto está em cada um”, dizem os Upanishads Chandogya, “TAT TUAM ASI” ou “ISSO ÉS TU”. O Divino dentro de cada um através do SEU representante microcósmico –o eu individual– chamado Jiva.

No Bhagavad Gita, o senhor Krishna descreve o Jiva como “a minha própria parte eterna”, e afirma que “a alegria do yoga chega ao yogui que é um com Brahman”.
No ano 150 aC., o yogui Patanjali explicou as oito vias que guiam as práticas do yoga desde a ignorância à iluminação. As oito vias são como uma escada. Eis:

- Autocontrole (yama) - Prática religiosa (niyama) - Posturas (asana) - Exercícios de respiração (pranayama) - Controle dos sentidos (pratyahara) - Concentração (dharana) - Contemplação profunda (dhyana) - Iluminação (samadhi).

Aqui é interessante observar que as posturas e os exercícios de respiração, que frequentemente são considerados no Ocidente como todo o yoga, são os passos 3 e 4 para a união com Brahman.
O yoga não é só um sistema elaborado de posturas e de exercícios físicos, é uma disciplina espiritual que se propõe levar a alma ao samadhi, à união total com o ser divino. O samadhi é o estado em que o natural e o divino se convertem em um, o homem e Deus chegam a ser um sem nenhuma diferença (cf. Brad Scott, Exercício ou prática religiosa? Yoga: o que o professor nunca
lhe ensinou numa aula de Hatha yoga, in Watchman Expositor, Vol. 18, No. 2, 2001).
Quando te citam a Bíblia em chave panteísta

Este enfoque do yoga é radicalmente contrário ao Cristianismo, onde claramente há uma distinção entre Criador e criatura, entre Deus e homem. No Cristianismo, Deus é o “Outro” e nunca “o mesmo”.

É triste que alguns promotores do yoga, Reiki ou de outras disciplinas ou meditações distorçam algumas citações da Bíblia ao citá-las isoladas para corroborar os seus argumentos tais como: “sois templo de Deus”, “a água viva flui em ti”, “estareis em Mim e Eu estarei em vós”, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”, etc., sem entender o contexto nem o significado destas palavras da Bíblia.

há gente que retrata Jesus, inclusive, como um yogui, como actualmente podemos ver em imagens de Jesus em conventos, capelas e presbitérios –Jesus está representado em posturas de yogui!.

Dizer que Jesus é “um yogui” é negar a sua divindade, santidade e perfeição intrínseca e insinua que Ele tinha uma natureza imperfeita sujeita à ignorância e à ilusão (maya), e que necessitou de ser libertado da sua condição humana mediante a prática e a disciplina do yoga.
O yoga é incompatível com a espiritualidade cristã porque é panteísta (ao dizer “Deus é tudo e tudo é Deus”), e sustenta que existe uma realidade única e tudo o resto é ilusão ou maya. Se só existe uma realidade e tudo o mais é ilusório, não pode haver nenhuma relação nem amor.
O centro da fé cristã é a fé na Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, três pessoas em um só Deus, o modelo perfeito de relação amorosa.

Todo o Cristianismo é sobre relações com Deus e entre os homens. “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o principal e o primeiro mandamento. O segundo é este: Amarás ao próximo como a ti mesmo” (Mt 22, 37-39).
No Hinduísmo, o bem e o mal, tal como a dor e o prazer são ilusórios (maya) e, portanto, irreais. Vivekananda, o ícone mais respeitado do Hinduísmo moderno, dizia: “o bem e o mal são um e o mesmo” (Vivekananda, The Yogas and other Works, publicado por Ramakrishna Vivekananda Centre, NY, 1953).

No Cristianismo, a questão controvertida do pecado como uma ofensa contra a santidade de Deus é inseparável para a nossa fé, porque o pecado é a razão pela qual necessitamos de um Salvador. A Encarnação, a Vida, a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus são para nós meios de salvação, isto é, meios para nos livrarmos do pecado e das suas consequências. Não podemos ignorar esta diferença fundamental na hora de absorver na Espiritualidade Cristã o yoga e outras técnicas de meditação orientais.

No melhor dos casos o yoga é uma prática pagã e, no pior, uma prática oculta.
Esta é a religião do anti-Cristo (o homem que se faz Deus) e pela primeira vez na história está a ser praticada freneticamente no mundo ocidental e na América.

É ridículo que mestres de yoga tragam, inclusive, uma cruz ou algum símbolo cristão, enganem a gente, dizendo que o yoga não tem nada a ver com o Hinduísmo e dizem que é só uma questão de aceitar outras culturas. Outros tentaram mascarar o yoga com apelativos cristãos, denominando-o “yoga cristão”.

Esta não é uma questão de aceitar a cultura de outro povo, é uma questão de aceitar outra religião que é irrelevante para a nossa religião e de aceitar outros conceitos religiosos.
Espalhado no Ocidente
É uma pena que o yoga se tenha espalhado tão freneticamente a partir dos Jardins de Infância até todo o tipo de instituições de medicina, psicologia, etc., chamando-se a si mesmo ciência, quando não o é em absoluto; e está a vender-se sob a etiqueta de “terapia de relaxamento”, “auto-hipnose”, “visualização criativa”, “centering”, etc.
O Hata Yoga, que está amplamente difundido na Europa e na América como método de relaxamento e como exercício não esgotante, é um dos seis sistemas reconhecidos do Hinduísmo ortodoxo, que na sua origem é religioso e místico, e é a forma mais perigosa de yoga (cf. Dave Hunt, The seduction of Christianity, pág. 110).

Recorde-se as palavras de S. Paulo: “Não vos maravilheis, pois também Satanás se disfarça de anjo da luz” (II Cor 11, 14). É certo que muita gente se curou por meio do yoga e de outras formas orientais de meditação e oração. Aqui é onde os cristãos deveriam perguntar-se a si mesmos se necessitam de uma sanação e de benefícios materiais ou do seu Deus, Jesus Cristo no qual crêem, e o Qual é a fonte de todas as sanações e da boa saúde.
O desejo de chegar a ser Deus é o primeiro e o segundo pecado na história da criação, segundo está registado cronologicamente na Bíblia: “Dizias em teu coração: Escalarei o céu, levantarei o meu trono acima das estrelas de Deus; sentar-me-ei no monte da assembleia, no último do norte. Subirei às alturas das nuvens, serei igual ao Altíssimo” (Is 14, 13-14). A serpente disse à mulher: “Não, não morrereis! Bem pelo contrário, Deus sabe que no momento em que comerdes se abrirão os vossos olhos e sereis como deuses conhecedores do bem e do mal” (Gén 3, 4-5).

A filosofia e a prática do yoga estão baseadas na crença de que o homem e Deus são um. Ensina-se a pôr a ênfase em si mesmo, em lugar de [a colocar] no Único e verdadeiro Deus. Anima-se os que participam a buscar as respostas para os problemas e questões da vida na sua mente e na sua consciência, em vez de buscar soluções na Palavra de Deus através do Espírito Santo, como acontece no Cristianismo. Deixa-se a pessoa, sem lugar para dúvidas, exposta ao engano do inimigo de Deus que busca vítimas a quem possa arrancar de Deus e da Igreja (cf. I Pe 5, 8).
Da mística oriental à Europa envergonhada de si mesma

Nos últimos oito anos, preguei a Palavra de Deus principalmente nos países europeus que em tempos foram o berço do cristianismo e donde saíram evangelizadores e missionários, mártires e santos.
Podemos chamar a Europa de cristã, agora? Não é certo que a Europa tem apagado da sua vida todos os valores e conceitos cristãos? Porque se envergonha a Europa de reconhecer as suas raízes cristãs? Onde estão os valores morais e a ética que desde há séculos se praticavam na Europa e que foram levados a outras civilizações e culturas através da proclamação valente do Evangelho de Cristo? Pelos seus frutos conhecereis a árvore!

Eu creio que estas dúvidas e confusões, a apostasia e a infidelidade, a frieza religiosa e a indiferença chegaram à Europa a partir do momento em que foram introduzidos no Ocidente a mística e as meditações orientais, as práticas esotéricas e as da New Age.
Da ioga ao demoniaco


Nos meus retiros carismáticos, a maioria dos participantes vêm com diferentes problemas morais, espirituais, físicos ou psíquicos para serem libertados e sanados e para receberem uma vida nova mediante a força do Espírito Santo.

Com toda a sinceridade do meu coração, posso dizer que entre 80 a 90% dos participantes estiveram no yoga, no Reiki, na reencarnação, etc., que são práticas religiosas orientais. Ali perderam a fé em Jesus Cristo e na Igreja. Na Croácia, Bósnia, Alemanha, Áustria e Itália tive casos claros em que os indivíduos possuídos pelo poder da obscuridade gritavam “Eu sou Reiki”, “Eu sou o sr. Yoga”. Eles mesmos se identificavam com estes conceitos como se fossem pessoas, enquanto eu dirigia uma oração de sanação por eles. Posteriormente, tive que fazer uma oração de libertação sobre eles para os libertar da possessão do maligno.
Há pessoas que dizem: “não há nada de mal na prática destes exercícios, basta em não crer na filosofia que há por detrás”. No entanto, os promotores do yoga, Reiki, etc., afirmam claramente que a filosofia e a prática são inseparáveis.

Por isso, um cristão não pode em nenhum caso aceitar a filosofia e a prática do yoga, já que o Cristianismo e o yoga são dois pontos de vista que se excluem mutuamente. O Cristianismo vê o pecado como o principal problema do homem, considera-o como um fracasso na hora de se ajustar tanto aos critérios como ao carácter de um Deus moralmente perfeito. O homem está distanciado de Deus e necessita da reconciliação.
A solução é Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Pela morte de Jesus na cruz, Deus reconciliou consigo o mundo. Agora chama os homens a receber em liberdade todos os frutos da sua salvação só através da fé em Cristo.
Ao contrário do yoga, o Cristianismo vê a redenção como uma oferta gratuita que só pode ser recebida e nunca ganha ou alcançada através do próprio esforço ou com obras.
O que é necessário hoje na Europa e em muitos sítios é a proclamação enérgica da mensagem de Cristo que vem da Bíblia e que é interpretada pela Igreja, para evitar dúvidas e confusões que se difundem no Ocidente entre muitos cristãos, e levá-los ao Caminho, Verdade e Vida: Jesus Cristo.
Só a verdade pode tornar-nos livres.

A yoga nasceu na Índia, num contexto panteísta O panteísmo é a teoria que ensina que tudo (pan, em grego) é Deus (Théos, em grego) O panteísmo afirma que dentro do ser humano existe uma centelha da divindade, encarcerada no corpo humano e tendente a se libertar da matéria. Para conseguir a libertação do corpo o homem deve, segundo a filosofia hinduísta, praticar, um conjunto de exercícios físicos e respiratórios; deve também observar um regime alimentar que lhe proporcione o domínio sobre a matéria e a possibilidade de se desprender do corpo ou desencarnar definitivamente. Por isso ela é imcompatível com a fé cristã, porque Deus é o Criador e o homem é a criatura.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Curriculo de Dilma Roussef, a Abortista???


Veja aqui a imagem do Currículo de guerrilha da atual ministra do governo Lula, Dilma Roussef.

- Em 1967, era militante da Política Operária (POLOP), em Minas Gerais, junto com seu marido, Claudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Saiu da POLOP e,também com seu marido, ingressou no Comando de Libertação Nacional (COLINA), tendo sido eleita, em Abr 69, quando atuava na então Guanabara, membro do seu Comando Nacional.- Acompanhou a fusão entre o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária, que deu origem à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P). Em Set 69, participou como convidada - só com direito à voz - do I Congresso da VAR-P, realizado numa casa em Teresópolis. Nessa ocasião, Darcy Rodrigues, um ex-sargento do Exército oriundo da VPR, tentou agredi-la , sob a ameaça de Dilma não mais poder participar das ações armadas. Na ocasião, recebeu a proteção de Carlos Franklin Paixão de Araújo e com ele foi viver e militar no Rio Grande do Sul e, logo depois, em São Paulo, onde foi presa em 16 Jan 70.Dilma Roussef, a "camarada de armas" de José Dirceu, como ele mesmo lhe chamava, unindo numa só expressão o tratamento soviético e o ideal comuno-guerrilheiro.A Ministra Dilma "Estela" Roussef, em seus tempos de juventude, foi guerrilheira e participou ativamente das fileiras de dois grupos terroristas no país: o COLINA, Comando da Libertação Nacional, organização terrorista e subversiva; e o VAR-Palmares, a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, uma verdadeira FARC brasileira, a qual, como o próprio nome diz, tencionava realizar a Revolução Comunista por meio das armas e da violência. No VAR-Palmares, a Ministra usava o codinome de "Estela". E, tomando como base as atitudes da Ministra, nada nos faz supor que tenha esquecido suas idéias revolucionárias.
Carlos Minc
O jovem Carlos Minc Baumfeld, camarada de armas da ministra Dilma Roussef, atuou no Comando de Libertação Nacional – COLINA-, onde participou, juntamente com outros militantes, do assalto ao Banco Andrade Arnaud, na rua Visconde da Gávea, 92, no Rio de Janeiro, de onde foram roubados cerca de R$ 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra. Posteriormente, com a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária - VPR-, o novo grupo passou a chamar-se Vanguarda Armada-Palmares – VAR-Palmares.A VAR-Palmares foi uma das responsáveis, entre outros crimes, pelos assassinatos do marinheiro inglês David A. Cuthberg e do delegado de Polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.
Fonte: Grupo Ternuma



Candidata oficialista a presidência do Brasil se proclama favorável ao aborto


BRASILIA, 02 Abr. 09 / 07:06 pm (ACI).- Dilma Rousseff, selecionada pelo Presidente Lula Da Silva como a candidata do governante Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2010, declarou-se favorável à legalização do aborto no Brasil.
Em uma entrevista concedida à edição brasileira da revista feminina Marie Claire que será publicada este final de semana, Rousseff, que como Chefe da Casa Civil tem categoria de ministro no atual governo, defendeu a legalização do aborto, indicando onde poderia encaminhar seu governo se ganhar as eleições gerais.
“Abortar não é fácil para nenhuma mulher. Duvido que alguém se sinta cômoda fazendo um aborto. Entretanto, essa não pode ser a razão para que não seja legal”, disse a ministra, que de jovem militou na guerrilha urbana comunista.
O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morrem porque tentam abortar em condições precárias”, adicionou Rousseff, recorrendo ao argumento das falsas cifras de mortes por aborto que são utilizadas pelas feministas locais, e que foram desmentidas pelas autoridades de saúde do país.
Na entrevista, a candidata do PT assinalou que acredita em Deus. “Fui batizada na Igreja Católica, mas não sou praticante. Mas, olhe, se o avião se balançar, a gente reza um pouquinho”, adicionou brincando.
Desde que foi assinalada por Lula como candidata presidencial do PT para 2010 Rousseff está tentando ganhar presença diante do eleitorado. Entretanto, conforme a pesquisa de opinião, a ministra está significativamente atrás do principal pre candidato da oposição, o atual governador de São Paulo, José Serra. 90 por cento da população do Brasil assinala estar oposta ao aborto.


Irmãos essa Mulher além de ser tido Terrorista, é abortista, e nós catolicos precisamos estar de prontidão para não votar em pessoas que defendem a cultura da morte.
QUEM É A FAVOR DO ABORTO É PORQUE JÁ NASCEU, SE TIVESSE NA BARRIGA DA MÃE SERIA CONTRA...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Renovação Carismática, o que é?

A Renovação Carismática Católica completou 42 anos. Ela começou nos Estados Unidos e se espalhou rapidamente por todo o mundo católico como um novo Pentecostes trazendo uma bela renovação para a Igreja. Tudo começou quando em 18 de fevereiro de 1967, trinta estudantes e professores da universidade de Duquesne (Pensilvânia, Estados Unidos), fizeram um retiro espiritual para aprofundar na força do Espírito dentro da Igreja primitiva, lendo e meditando os Atos dos Apóstolos.
Já em 1973 o Papa Paulo VI recebia no Vaticano, com o falecido cardeal Leo Joseph Suenens, os lideres da RCC no mundo. Paulo VI os acolheu com alegria.
Podemos dizer que o Papa João XXIII foi precursor da RCC. Ao abrir o Concilio Vaticano II, em 1963 ele rezou: “Repita-se no povo cristão o espetáculo dos Apóstolos reunidos em Jerusalém, depois da ascensão de Jesus ao céu, quando a Igreja nascente se encontrou reunida em comunhão de pensamento e de oração com Pedro e em torno de Pedro, pastor dos cordeiros e das ovelhas. Digne-se o Divino Espírito escutar da forma mais consoladora a oração que sobe a Ele de todas as partes da terra. Que Ele renove em nosso tempo os prodígios como de um novo Pentecostes, e conceda que a Santa Igreja, permanecendo unânime na oração, com Maria, a Mãe de Jesus, e sob a direção de Pedro, dilate o Reino do Divino Salvador, Reino de Verdade e Justiça, Reino de amor e de paz”.
No pontificado de João Paulo II a RCC foi reconhecida pelo “Conselho Pontifício para os Leigos”, e hoje envolve mais de 120 milhões de católicos em todo o mundo. Ela tem um organismo internacional; existe o escritório dos «Serviços Internacionais da Renovação Carismática Católica» (ICRSS, por suas siglas em inglês), com sede no Vaticano.
O Papa João Paulo II sempre acolheu amorosamente a RCC; e muitas vezes recebeu os seus líderes em audiência. É importante recordar as suas palavras por causa de suas preciosas orientações.
Em 1992 João Paulo II disse aos líderes da RCC:“Na alegria e na paz do Espírito Santo, dou as boas vindas ao Conselho Internacional da Renovação Carismática Católica. No momento em que comemorais o 25° aniversário de fundação da Renovação Carismática Católica, uno-me de bom grado a vós, na ação de graças a Deus pelos inúmeros frutos que ela deu à vida da Igreja. A Renovação surgiu nos anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II, e foi um dom particular do Espírito Santo à Igreja. Foi sinal do desejo que muitos católicos tinham de viver, de maneira mais plena, a sua própria dignidade e vocação batismal, como filhos e filhas adotivas do Pai, de conhecer a força redentora de Cristo, nosso Salvador, numa experiência mais intensa de oração pessoal e coletiva, e de seguir o ensinamento das Escrituras mediante a sua leitura, à luz do mesmo Espírito que inspirou o seu autor. Certamente um dos resultados mais importantes desse despertar espiritual foi a aumentada sede de santidade, visível nas vidas das pessoas individualmente e na Igreja inteira… Neste momento da história da Igreja, a Renovação Carismática pode desempenhar um papel significativo na promoção da defesa, extremamente necessária, da vida cristã, nas sociedades em que o secularismo e o materialismo enfraqueceram a capacidade que as pessoas têm de responder ao Espírito e de discernir o chamamento amoroso de Deus. O vosso contributo para a re-evangelização da sociedade será efetuado, em primeiro lugar, mediante o testemunho pessoal do Espírito que habita em nós e mediante a demonstração da Sua presença, com obras de santidade e de solidariedade… Independentemente da forma que a Renovação Carismática assumir - nas orações de grupo, nas comunidades conventuais de vida e de serviço - o sinal da sua fecundidade espiritual será sempre o fortalecimento da comunhão com a Igreja universal e com as Igrejas locais… Ao mesmo tempo o aprofundamento da vossa identidade católica, haurindo da riqueza espiritual da Tradição católica, é uma parte insubstituível do vosso contributo ao diálogo ecumênico autêntico que, alimentado pela graça do Espírito Santo, deve levar à perfeição da “comunhão na unidade, na confissão de uma só fé, na comum celebração do culto divino e na fraterna concórdia da família de Deus”(Unitatis redintegratio, 2).(L’Osservatore Romano, n. 15, 12/4/1992, 4 (184))
Aos participantes do IX Congresso Internacional da Renovação Carismática em outubro 1998, o Papa disse:“Vocês pertencem a um movimento eclesial. A palavra eclesial implica numa tarefa precisa de formação cristã, envolvendo uma profunda convergência de fé e vida. A fé entusiástica que dá vida às suas comunidades deve ser acompanhada por uma formação cristã que seja abrangente e fiel ao ensinamento da Igreja.”(L’Osservatore Romano, nov 1998.)

Quando da Conferência Internacional da Renovação na Itália em outubro de 1998, ele lhes disse:“A Renovação Carismática Católica tem ajudado muitos cristãos a redescobrirem a presença e o poder do Espírito Santo em suas vidas, na vida da Igreja e do mundo; e esta redescoberta tem levantado neles uma fé em Cristo cheia de alegria, um grande amor pela Igreja e uma generosa dedicação a sua missão evangelizadora. No ano de 1998 em que dedicamos ao Espírito Santo, eu me uni a vocês no louvor à Deus pelos preciosos frutos que Ele quis trazer à maturidade em suas comunidades e através delas, às Igrejas particulares. Como líderes da Renovação Carismática Católica, uma de suas primeiras tarefas é a de preservar a identidade das comunidades carismáticas espalhadas pelo mundo inteiro, incentivando-as sempre a manter uma ligação estreita e hierárquica com os bispos e com o Papa.”
Os cardeais da Cúria Romana sempre participaram dos eventos da RCC. No XXVII Congresso Nacional italiano, em Rímini, em 30 de abril de 2004 (ZENIT.org) estiveram presentes o cardeal Giovanni Battista Re, então Prefeito da Congregação para os Bispos, o cardeal Francis Arinze, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e o padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia. Isto mostra o real apoio da Santa Sé a RCC. Ninguém pode negar isto.
A Renovação Carismática não é um movimento uniforme; mas, como dizia o cardeal Suenens e diz o padre Raniero Cantalamessa, “é uma corrente de graça para toda a Igreja católica.” Ela não é um simples movimento a mais da Igreja; é a própria Igreja em movimento pelo poder do Espírito Santo. Todos os cristãos de todos os movimentos precisam ser renovados no Espírito Santo; e esta é a missão da RCC.
Vale a pena ler o testemunho pessoal do Pe. Raniero Cantalamessa, que desde 1978 é o Pregador da Casa Pontifícia, em entrevista concedida à agencia Zenit
em Castel Gandolfo, em 25set 2003: “O batismo no Espírito não é uma invenção humana, é uma invenção divina. É uma renovação do batismo e de toda a vida cristã, de todos os sacramentos. Para mim – ele disse - foi também uma renovação de minha profissão religiosa, de minha confirmação, de minha ordenação sacerdotal. Todo o organismo espiritual se reaviva como quando o vento sopra sobre uma chama. Por que o Senhor decidiu atuar neste tempo desta maneira tão forte? Não sabemos. É a graça de um novo Pentecostes… É uma vinda do Espírito Santo que se traduz em arrependimento dos pecados, que faz ver a vida de uma maneira nova, que revela Jesus como o Senhor vivo - não como um personagem do passado - e a Bíblia se converte em uma palavra viva. A verdade é que não se pode explicar. Para mim tudo o que passou desde 1977 é um fruto de meu batismo no Espírito. Era professor na Universidade. Dedicava-me à pesquisa científica na história das origens cristãs. E quando aceitei não sem resistência esta experiência, depois tive o chamado de deixar tudo e colocar-me à disposição da pregação, e também a nomeação como pregador da Casa Pontifícia chegou depois de que tinha experimentado esta «ressurreição». Vejo isso como uma grande graça. Depois de minha vocação religiosa, a Renovação Carismática foi a graça mais assinalada de minha vida… Quero dizer aos fiéis, aos bispos, aos sacerdotes, que não tenham medo. Desconheço por que há medo. Talvez em alguma medida porque esta experiência começou entre outras confissões cristãs, como pentecostais e protestantes. Contudo, o Papa não tem medo. Falou dos movimentos eclesiais, inclusive da Renovação Carismática, como de sinais de uma nova primavera da Igreja, e muito com freqüência faz referência na importância disso. E Paulo VI afirmou que era uma oportunidade para a Igreja. Não há que ter medo.”
Todas essas palavras do Papa João Paulo II e do Pregador do Papa, mostram a grande importância da RCC para a Igreja.
O Papa Bento XVI também ama a RCC; ainda como cardeal e Prefeito da Congregação da Fé, em entrevista ao jornalista italiano Vitório Messori disse: “Certamente [a Renovação no Espírito] trata-se de uma esperança, de um positivo sinal dos tempos, de um dom de Deus para a nossa época. È a redescoberta da alegria e da riqueza da oração contra a teoria e práxis sempre mais enrijecidas e ressecadas no tradicionalismo secularizado. Eu mesmo constatei pessoalmente a sua eficácia: em Munique, algumas boas vocações ao sacerdócio vieram-me do movimento. Como em todas as realidades entregues ao homem, dizia eu, também esta é exposta a equívocos, a mal-entendidos e a exageros. O perigo, porém, seria ver apenas os riscos, e não o dom que nos é oferecido pelo Espírito. A necessária cautela não muda, portanto, o juízo positivo do conjunto.” (V. Messori, J. Ratzinger, A Fé em Crise? O Cardeal Ratzinger se interroga. E.P.U, São Paulo, 1985, pg. 117-118)O atual Presidente do Pontifício Conselho dos Leigos, o Arcebispo e cardeal Stanilaw Rylko, que foi secretário de João Paulo II aprecia profundamente a RCC como já disse várias vezes.
Há 34 anos eu estou na RCC; participei de dezenas de Experiências no Espírito Santo; viajei e viajo pelo Brasil todo e por alguns paises pregando retiros às pessoas e grupos ligados à RCC; e sou testemunha ocular do bem que faz a Igreja. Os ginásios de esporte, os auditórios e os campos de futebol se enchem de milhares de pessoas que rezam com fervor, cantam alegremente e louvam a Deus do fundo da alma. Surgem por todo o mundo Comunidades de leigos, consagrados ao serviço de Deus e da Igreja; elas são a nova força da Igreja; satisfazem o que pediu o Papa João Paulo II, “uma nova evangelização”, com novo ardor, novos métodos e nova expressão; é tudo o que acontece hoje na RCC. Seus frutos são enormes: conversões em massa, famílias restauradas em Deus, jovens que abandonam o crime, a droga, a bebida e todas as formas de vícios, e tantos que se consagram a Deus.

Pode haver sim erros e até alguns abusos na RCC por parte de pessoas despreparadas e que não têm uma boa formação religiosa; mas cabe aos sacerdotes corrigir os erros e formar o povo, sem destruir o que é bom

A Alma é Imortal?

A ALMA É IMORTAL?

INTRODUÇÃO

A Igreja ensina que cada alma espiritual é criada diretamente por Deus - esta não é "produzida" pelos pais - e que é imortal: não perece quando, na morte, se separa do corpo e se unirá novamente ao corpo quando ocorrer a ressurreição final.

Apesar da doutrina da imortalidade da alma estar claramente revelada nas Escrituras, existem seitas e denominações protestantes (testemunhas de Jeová, adventistas etc.) que, apegando-se a uma interpretação particular da Bíblia, não cansam de rejeitá-la obstinadamente. Eis aqui um resumo dos seus argumentos.

QUAIS SÃO OS ARGUMENTOS DAS SEITAS QUE NEGAM A IMORTALIDADE DA ALMA?

Um resumo dos argumentos empregados pelos testemunhas de Jeová para negar a imortalidade da alma extraí de sua revista "Despertai", de 22 de outubro de 1982:
"Os testemunhas de Jeová (...) crêem que a alma humana é mortal, que os mortos não sentem nada em absoluto. Por que crêem nisto? (...) os escritores das Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) jamais - nem uma só vez - acrescentaram às palavras 'néphesh' (o termo hebraico para 'alma') ou 'rúahh' (o termo hebraico para 'espírito') a qualificação de 'imortal'. Ao contrário, ensinaram que alma humana morre: 'A alma que pecar, essa é a que morrerá' (Ezequiel 18:4.20, Versão Moderna; ver também Salmo 22:29; 78:50). Dizem que os mortos estão inconscientes: 'Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles (...) Qualquer coisa que esteja ao teu alcance fazer, fazei-a conforme as tuas forças, porque não existirá obra, razão, ciência ou sabedoria no Sheol [o sepulcro comum da humanidade] para onde irás' (Eclesiastes 9:5.10, Bíblia de Jerusalém).

As Escrituras Gregas (Novo Testamento) oferecem o mesmo ponto de vista sobre a alma e a morte. Jesus disse que Deus 'pode destruir tanto a alma quanto o corpo', de forma que, se a alma pode ser destruída, não pode ser imortal (Mateus 10:28). Falando de Jesus, o apóstolo Pedro declarou: 'Qualquer alma que não escute esse profeta será totalmente destruída' (Atos 3:23). Jesus também mostrou que os mortos encontram-se inconscientes, pois comparou a morte a 'um sono que concede descanso' (João 11:11-14). Isto está em harmonia com o que qualquer pessoa pode facilmente discernir ao participar de um funeral, onde pode ver o corpo do falecido.

Segundo o relato da Criação registrado em Gênesis 2:7, Adão foi formado do pó da terra e 'o homem veio a ser alma vivente'. Portanto, a Bíblia usa a expressão 'sua alma' para se referir à 'própria pessoa'" (Despertai, 1982 - G82, 22/10, pp.25-27).
Partindo deste breve resumo, podemos separar seus argumentos para estudá-los um por um:

ARGUMENTO Nº 1: OS MORTOS NÃO TÊM CONSCIÊNCIA DE NADA
"Porque os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem e já não há salário para eles, pois foi perdida a sua memória. Tanto o seu amor quanto o seu ódio, como os seus zelos, há tempos pereceu e nunca tomarão parte em qualquer coisa que ocorra sob o sol" (Eclesiastes 9,5-6).

Os testemunhas de Jeová interpretam literalmente e fora do contexto este texto bíblico para afirmar que a pessoa, quando morre, não possui consciência de nada; logo, não haveria uma alma imortal que sobrevivesse. Para eles, quando uma pessoa morre, deixa de existir e apenas "fica na memória de Jeová". Contudo, para entender por que os testemunhas de Jeová chegaram a esta conclusão, devemos compreender a sua forma de enxergar as Escrituras.

Sua principal dificuldade encontra-se talvez em não compreender que a revelação divina foi progressiva. Não deveríamos ficar surpresos por não encontrar nenhuma referência à ressurreição em todo o Pentateuco (as primeiras menções à ressurreição encontramos em Isaías 26,19 e Daniel 12; inclusive, nos tempos de Jesus, os saduceus a rejeitavam) e muito menos em reconhecer que o motivo disso é que ela não havia sido revelada até então. A própria revelação do Messias como Deus e Filho de Deus não é igualmente clara no Antigo tal como temos no Novo Testamento. Muitos exemplos poderiam ser citados, mas certamente qualquer leitor cuidadoso poderá observar sem muita dificuldade este desenvolvimento da revelação à medida que avança a leitura das páginas da Bíblia, o que implica que houve momentos da História onde o conhecimento de certas verdades era parcial e limitado, aumentando à medida que avançava a transmissão da revelação ao Povo de Deus.

O mesmo ocorre quanto a compreensão do Povo de Deus acerca de seu conhecimento sobre o além e, sobretudo, acerca da recompensa ou sanção aplicada a cada um. Assim, para o autor do Eclesiastes, bem como para os autores dos livros sagrados anteriores, não existe um conhecimento claro de recompensa ou castigo, a não ser quanto aos bens ou males da vida presente. Parece sim vislumbrar que Deus julgará as ações do justo e do ímpio (Eclesiástico 3,17; 11,9; 12,14) embora sem conhecer a natureza da recompensa.

É simples, assim, compreender que não é que o Autor ponha em dúvida a imortalidade da alma e a retribuição futura, mas que as ignora e, por isso, compara a condição dos vivos com a dos mortos conforme suas concepções acerca do Sheol (lugar onde antes da ressurreição de Cristo descansavam as almas e no qual já não faziam parte do mundo dos vivos).

Pode-se encontrar ao longo de todo o Livro textos que confirmam isso: "Quem sabe se o alento de vida dos humanos ascende ao alto e se o alento de vida da fera desce à terra?" (Eclesiastes 3,21). O próprio Autor reconhece aqui não saber o que acontece com o alento de vida dos seres humanos e se se diferencia do [alento de vida] dos animais.

Em outra parte escreve: "Porque o homem e a fera possuem a mesma sorte: um morre como o outro e ambos possuem o mesmo alento de vida. O homem em nada leva vantagem sobre a fera..." (Eclesiastes 3,19), textos que permitem entender que o Autor fala apenas sobre o que sabe e o que tinha sido revelado até então. No entanto, os testemunhas de Jeová sustentam toda a sua doutrina em textos do Antigo Testamento - quando a Revelação estava ainda em pleno progresso - e se vêem obrigados a distorcer todos os textos claros do Novo Testamento que contradizem a sua teologia.

O mais contraditório de sua teologia é que, ao interpretar Eclesiastes 9,5-6 como o fazem, deveriam concluir que tampouco existe recompensa futura, já que o texto afirma que para os mortos "já não há salário para eles", embora saibamos que "o Filho do Homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então pagará a cada um segundo a sua conduta" (Mateus 16,27).

ARGUMENTO Nº 2: A ALMA QUE PECAR MORRERÁ
"Minhas são todas as almas; tanto a do pai quanto a do filho, minhas são, e a alma que peca, essa perecerá" (Ezequiel 18,4).

De alguma maneira, os testemunhas de Jeová optaram por interpretar que este texto se refere à aniquilação ou destruição da alma. Talvez a principal dificuldade aqui seja a sua falta de compreensão acerca do significado da palavra "morte" na Bíblia, a qual, em certos casos, faz referência à separação da alma do corpo (=morte física), mas em outros casos se refere à separação do homem de Deus em razão do pecado (=morte espiritual).

Entre alguns textos onde a morte faz referência à morte física, em que se separam alma e corpo:
- "E ao exalar a alma, pois estava doente, o chamou Ben-'oní; porém, seu pai o chamou Benjamin" (Gênesis 35,18).

- "Pois para mim a vida é Cristo e a morte um lucro. Porém, se o viver na carne significa para mim trabalho fecundo, não sei o que escolher... Sinto-me premiado dos dois lados: por um lado, desejo partir e estar com Cristo, o que, certamente, é muito melhor; mas, por outro lado, ficar na carne é mais necessário para vós" (Filipenses 1,21-24).

No texto anterior, São Paulo está consciente de que ao morrer deixará o seu corpo para estar com Cristo; prefere, no entanto, permanecer na carne em razão da evangelização. O seguinte texto é ainda mais explícito:
"Assim, pois, sempre cheios de bom ânimo, sabendo que, enquanto habitamos no corpo, vivemos afastados do Senhor, já que caminhamos na fé e não na visão (...) Estamos, pois, cheios de bom ânimo e preferimos deixar este corpo para viver com o Senhor. Por isso, quer em nosso corpo, quer fora dele, nos esforçamos por agradar-Lhe" (2Coríntios 5,6-9).

Basta apenas este texto para desarmar toda a teologia dos testemunhas de Jeová e adventistas, já que fala explicitamente da possibilidade de se viver no corpo e fora dele, e que em ambos os estados nos esforçamos em agradar a Deus.

Entre alguns textos onde a morte faz referência à separação do homem de Deus em razão do pecado, temos:
- "E a vós que estáveis mortos em vossos delitos e pecados" (Efésios 2,1).

- "Estando mortos em razão de nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo - pela graça fostes salvos" (Efésios 2,5).

- "Pois tudo o que fica manifesto é luz; por isso se diz: 'Desperta tu que dormes e te levanta dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Efésios 5,14).

- "E a vós, que estáveis mortos em vossos delitos e em vossa carne incircuncisa, vos vivificou juntamente com Ele e nos perdoou a todos os nossos delitos" (Colossenses 2,13).

É por isso que não é coerente interpretar Ezequiel 18,4 como uma aniquilação da existência da alma, mas, pelo contrário, o que realmente significa: um estado onde a alma fica afastada de Deus por toda a eternidade.
- "Porque é próprio da justiça de Deus pagar com tribulação aqueles que vos atribulam; e a vós, os atribulados, com o descanso junto conosco, quando o Senhor Jesus se revelar a partir do céu com os seus poderosos anjos em meio a uma chama de fogo, e realizar vingança contra os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão a pena de uma ruína eterna, afastados da presença do Senhor e da glória do seu poder" (2Tessalonicenses 1,6-9).

- "Ali será pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, enquanto que vós estareis sendo lançados fora" (Lucas 13,28).

Outra referência à morte da alma, não como uma aniquilação definitiva, mas como uma separação do homem de Deus, encontramos no Apocalipse, onde se fala da "segunda morte":
- "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'o vencedor não sofrerá o dano da segunda morte'" (Apocalipse 2,11).

- "Porém, os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e todos os embusteiros terão a sua parte no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte" (Apocalipse 21,8).

- "E o Diabo, seu sedutor, foi atirado no lago de fogo e enxofre, onde estão também a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20,10).

- "E eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se colocarão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus, enquanto que os filhos do mundo serão lançados às trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 8,12).

Ao lermos cuidadosamente estes textos, é possível perceber que a segunda morte (chama-se assim precisamente porque é a morte da alma) que os condenados sofrerão em conjunto com o Diabo, a besta e o falso profeta, implicará não apenas no afastamente de Deus por toda a eternidade (=pena de dano), mas ainda uma espécie de tormento eterno (=pena de sentido).
"Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão: uns para a vida eterna; outros, para o opróbio, para o horror eterno" (Daniel 12,2).

Em absolutamente todos os textos que tratam do destino final dos condenados (Mateus 8,12; 13,42; 24,51; 25,30; Lucas 13,28), encontramos o mesmo: a morte da alma é um estado de separação definitivo de Deus, nunca se falando de uma destruição ou cessação da existência.

Observação: Os testemunhas de Jeová afirmam que apenas os justos ressuscitarão. Embora este jeito de ver as coisas seja quase lógico - já que não teria muito sentido os injustos ressuscitarem para tornarem a ser destruídos - isto, porém, contradiz o que o profeta Daniel já havia profetizado no texto que acabamos de citar (v. Daniel 12,2).

ARGUMENTO Nº 3: JESUS DISSE QUE DEUS "PODE DESTRUIR TANTO A ALMA QUANTO O CORPO", DE MODO QUE, SE A ALMA PODE SER DESTRUÍDA, LOGO NÃO PODE SER IMORTAL (MATEUS 10:28)

Aqui, o erro das testemunhas é novamente interpretar esta morte da alma como uma aniquilação. Seu argumento é que o texto grego emprega "?π?λλυμι" ("apólumi"), que traduzem e interpretam literalmente como "destruir". O "Dicionário de Grego Strong" nos oferece o seguinte significado:
G622
apólumi
de G575 e a base de G3639: destruir completamente (reflexivamente perecer ou perder), literal ou figurativamente: destruir matar, morrer, perder, perdido, perecível, perecer.

Não há razão nenhuma, portanto, para interpretar nesse texto a palavra "apólumi" como uma aniquilação ou destruição literal da alma. O contexto desse mesmo texto não apenas rejeita essa idécia como também serve para refutá-la:
"E não temais aqueles que matam o corpo, porém não podem matar a alma; temei mais Aquele que pode levar a alma e o corpo à perdição na Gehena" (Mateus 10,28).

Visto que os adventistas e os testemunhas de Jeová não crêem na imortalidade da alma, como algo poderia matar apenas o corpo e não matar a alma? Recorde-se que eles afirmam que não existe alma que sobreviva ao corpo e que, ao morrer o corpo, morre a alma. Porém, não é isso o que Jesus diz ali, mas justamente o contrário: há causas que podem matar o corpo sem matar a alma (um acidente ou qualquer coisa que pode causar a morte física, mas não a morte espiritual), de modo que a alma sobrevive ao corpo uma vez separada dele. Com efeito, o contexto de morte ou destruição da alma que é tratado ali não é uma aniquilação, mas um estado de morte espiritual definitiva.

EVIDÊNCIAS BÍBLICAS EM FAVOR DA IMORTALIDADE DA ALMA

Evidência nº 1: A Promessa feita ao Bom Ladrão

Certamente todos nós recordamos o que ocorreu com o bom ladrão quando Jesus foi crucificado:
"E um dos malfeitores que estavam pendurados lhe injuriava, dizendo: 'Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós'. E respondendo, o outro lhe repreendeu, dizendo: 'Nem tu temes a Deus passando pela mesma condenação? Nós, na verdade, padecemos justamente, porque recebemos o que mereceram os nossos atos; mas quanto a este, nenhum mal fez'. E disse a Jesus: 'Senhor, lembra-te de mim quando vieres em teu Reino'. Então Jesus lhe disse: 'Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso'" (Lucas 23,39-43).

O interessante neste evento é que Jesus promete ao bom ladrão estar com Ele no Paraíso ainda naquele dia. Mas como poderia ocorrer isso se a alma não sobrevive ao corpo? Visto que este simples texto desmorona instantaneamente toda a teologia dos testemunhas e adventistas, estes inventaram um argumento bastante original para se justificarem: alegam que em tal época não existiam sinais de pontuação, de modo que o que Jesus quis dizer foi: "Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso" (a posição dos dois-pontos muda assim todo o sentido da frase).

O problema deste argumento é que tal forma de se expressar era totalmente alheia à forma de falar de Jesus verificada em todo o Novo Testamento. Quando Jesus usava a expressão "Em verdade te digo" (outras traduções traduzem: "Em verdade, em verdade", "Eu te asseguro" etc.), nunca a usava dessa maneira. Exemplos existem às dezenas, alguns dos quais podemos destacar:
- "Em verdade, em verdade eu te digo: Quando eras mais jovem, te cingias e ias para onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres" (João 21,18).

- "Em verdade eu te digo: não sairás dali até que pagues o último centavo" (Mateus 5,26).

- "Respondeu Jesus: 'Em verdade, em verdade eu te digo: quem não nascer novamente não poderá ver o Reino de Deus'" (João 3,3).

- "Em verdade, em verdade eu te digo: o que sabemos, encontramos; e o que vimos, testificamos; e não recebeis o nosso testemunho" (João 3,11).

- "Respondeu-lhe Jesus: 'Tua alma vai se pôr por mim? Em verdade, em verdade eu te digo: não cantará o galo sem que me tenhas negado três vezes'" (João 13,38).

Em todas estas oportunidades Jesus jamais disse: "Em verdade eu te digo HOJE:", mas apenas e de maneira bastante solene: "Em verdade eu te digo:".

Inclusive, quando Cristo empregou a palavra "hoje" nessa espécie de expressão, foi para afirmar que o referido evento ocorreria nesse exato dia:
"E disse-lhe Jesus: 'Em verdade eu te digo: tu, hoje, nesta noite, antes que o galo já tenha cantado duas vezes, me negarás por três vezes" (Marcos 14,30).
Nesta frase, nenhum adventista ou testemunha de Jeová se atreveria a dizer que Cristo estava dizendo que esse "hoje" seria qualquer outro dia, que Pedro algum dia O negaria, pois vemos que Cristo diz que Pedro O negaria neste mesmo dia ["nesta noite"], ou seja, "hoje" mesmo.

Outros exemplos onde Jesus empregou essa espécie de expressão sem jamais usar "hoje" para reafirmar a sua promessa ou o seu ensinamento podemos encontrar ao longo de todo o Evangelho (Mateus 3,9; 5.22.28.32.34.39.44; 12,36; 19,9; 21,27; Lucas 4,25; 9,27; 11,9; 12,44; 16,9; 19,26; João 16,7).

Os testemunhas de Jeová e os adventistas sustentam ainda que o bom ladrão não poderia estar com Jesus nesse dia no Paraíso porque Jesus subiu ao Pai somente após a ressurreição:
"Disse-lhe Jesus: 'Não me toques, pois não subi ao Pai. Porém, vai-te para onde estão os meus irmãos e dizei-lhes: 'Subo ao meu Pai e ao vosso Pai, ao meu Deus e ao vosso Deus'" (João 20,17).

Mas esta "contradição" tem solução...

Essa aparente contradição é comentada por São Tomás de Aquino em sua "Suma Teológica", Parte III, c.52, a.4:
"Cristo, para assumir sobre si mesmo as nossas penas, quis que o seu corpo fosse depositado no sepulcro; e quis também que a sua alma descesse ao inferno. Porém, o seu corpo permaneceu no sepulcro um dia inteiro e duas noites para que se comprovasse a verdade da sua morte. Assim, é de crer também que a sua alma esteve outro tanto no inferno, a fim de que, por sua vez, saísse a sua alma do inferno e o seu corpo do sepulcro".

Mais adiante, continua dizendo:
"Cristo, ao descer ao inferno, libertou os santos que ali estavam, não retirando-os instantaneamente do lugar do inferno, mas iluminando-os com a luz de sua glória no próprio inferno. E, não obstante, foi conveniente que a sua alma permanecesse no inferno por todo o tempo que o seu corpo esteve no sepulcro".

Portanto:
"Essas palavras do Senhor devem ser entendidas, não quanto ao paraíso terrestre corpóreo, mas quanto ao paraíso espiritual, no qual se diz que vivem os que gozam da vida divina. Com efeito, o ladrão desceu localmente com Cristo ao inferno, para estar com Ele, visto que lhe disse: 'Estarás comigo no paraíso'; porém, em razão do prêmio, esteve no Paraíso porque ali gozava da divindade como os demais santos".

Evidência nº 2: a Parábola de Lázaro e o rico epulão
"Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão’" (Lucas 16,19-31).

Aqui temos, da boca do próprio Jesus, uma parábola onde, partindo de personagens fictícios, Jesus nos explica uma situação real aplicável a cada um de nós: a recompensa ou o castigo que receberemos conforme as nossas obras.

Não se deve crer - como crêem as seitas - que apenas por ser uma parábola ela não encerra um ensinamento real. Seria bastante curioso Jesus apresentar uma parábola fazendo alusão à imortalidade da alma se esta realmente fosse uma doutrina pagã. Ora, se a alma fosse mortal, nada seria mais inapropriado do que empregar uma parábola cuja interpretação acabasse reforçando o conceito judaico da imortalidade da alma, visto que Jesus poderia perfeitamente alterar um pouco a estória, apontando que o rico simplesmente já não mais existia após a sua morte, enquanto que Lázaro era recompensado ao ressuscitar no último dia.

Evidência nº 3: a Transfiguração
"Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto de uma montanha, a sós. Lá, Ele foi transfigurado diante deles. Sua roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando com Jesus" (Marcos 9,2-4).

Este é outro evento que lança por terra a teologia das seitas pois, já que a alma não sobrevive ao corpo, o que faziam aqui Moisés e Elias conversando com Jesus? É oportuno recordar que a morte de Moisés está claramente registrada nas Escrituras (cf. Deuteronômio 34,5-6).

Além da Transfiguração, temos ainda o evento da necromante de Endor, onde [o profeta] Samuel, já falecido, é evocado por ordem [do rei] Saul (1Samuel 28,6-20).

Tanto no caso de Samuel quanto no de Elias e Moisés não se pode alegar que se trata de parábolas, nem de alucinações, e muito menos - como me comentou certa ocasião uma pessoa que possui crenças adventistas - que Samuel era um demônio e que Moisés ressuscitara temporariamente na Transfiguração para logo depois tornar a morrer.

Evidência nº 4: Cristo prega aos espíritos encarcerados
"De fato, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na existência humana, mas recebeu nova vida no Espírito. No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, aos que haviam sido desobedientes outrora, quando Deus usava de paciência — como nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas, por meio da água" (1Pedro 3,18-20).

Este texto faz alusão à descida de Cristo aos infernos ("Sheol" para os hebreus) logo após a sua morte na Cruz, onde prega para aqueles justos que estavam retidos aguardando que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para entrar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19). Não custa dizer que neste evento encontra-se outra prova palpável da imortalidade da alma, visto que a pregação de Cristo é dirigida aos falecidos.

Devemos descartar os argumentos pouco convincentes das seitas, que sugerem que tal pregação foi um simples ato de presença diante dos demônios ou um ato condenatório. Isto porque o sentido do verbo grego "κηρ?σσει ν" (pregar), é indicado pelo contexto geral, que trata da misericórdia de Deus e dos efeitos da redenção. A pregação teve que ser, portanto, o anúncio de uma Boa Nova, estando em harmonia com as palavras de Pedro que seguem imediatamente depois:
"Pois também aos mortos foi anunciado a Boa Nova, para que, mesmo julgados à maneira humana na carne, eles pudessem viver pelo Espírito, conforme o desejo de Deus" (1Pedro 4,6).

A hipótese de uma pregação condenatória seria contrária ao espírito da passagem. Ademais, devemos ressaltar que o termo "κηρ?σσειv", no Novo Testamento, é empregado sempre para designar a pregação de uma Boa Nova.

Também é descabida a suposição de que se tratavam de demônios, pois faz referência a pessoas incrédulas que viviam nos tempos de Noé.

Devemos notar, no entanto, que ainda que o Apóstolo distinga especialmente os contemporâneos de Noé, não está com isto excluindo os demais justos; na verdade, ele está destacando a eficácia redentora de Cristo, a qual alcançou inclusive aqueles que em outra época foram considerados como grandes pecadores e provocaram o maior castigo de Deus sobre o mundo. Seriam assim aqueles que no tempo de Noé foram incrédulos às suas exortações ao arrependimento, mas que logo depois de se desencadear o dilúvio se arrependeram, pedindo perdão a Deus antes de morrerem.

Evidência nº 5: a Bíblia apresenta os salvos na presença de Deus

No capítulo 11 da Carta aos Hebreus são mencionados todos os Patriarcas e Santos da Antiguidade como modelos para os cristãos. Eles que não alcançaram "a promessa" e tiveram que esperar que Cristo, por sua morte e ressurreição, abrisse-lhes o caminho para ingressar no céu (Hebreus 2,10; 9,8.15; 10,19-20; 1Pedro 3,19) são apresentados como testemunhas ao nosso redor:
"Portanto, com tamanha nuvem de testemunhas em torno de nós, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que nos envolve. Corramos com perseverança na competição que nos é proposta" (Hebreus 12,1).

O Autor da Carta aos Hebreus se serve, assim, de uma metáfora extraída dos jogos públicos, aos que estavam acostumados com a sociedade greco-romana. Imagina-se que, da mesma forma como naqueles jogos há uma nuvem de testemunhas observando, também nós, os cristãos, encontramo-nos rodeados por toda uma "nuvem de testemunhas" que observam o nosso esforço. Essas testemunhas, é claro, são os antepassados que o Autor acabara de mencionar e que se encontram na cidade do Deus Vivo, na assembleia dos primogênitos inscritos no Reino dos Céus, por se tratar dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição:
"Vós, ao contrário, vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vós vos aproximastes de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição" (Hebreus 12,22-23).

Observe-se que se fala aqui dos "espíritos dos justos". Estes justos, no entanto, ainda não ressuscitaram, coisa que resta bem clara, primeiramente, porque são chamados de "espíritos"; e, em segundo lugar, porque a ressurreição se dará apenas no último dia (cf. João 6,39).

Outro texto onde podemos ver claramente as almas conscientes dos justos e na presença de Deus antes da ressurreição encontramos no Apocalipse:
"Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar aqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e do testemunho que tinham dado. Gritaram com voz forte: 'Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra?' Então, cada um deles recebeu uma veste branca e foi-lhes dito que esperassem mais um pouco de tempo, até se completar o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles" (Apocalipse 6,9-11).

E quando Estêvão - o primeiro mártir cristão - sofreu o martírio, viu, antes de morrer, o céu se abrir para receber o seu espírito:
"Cheio do Espírito Santo, Estêvão olhou para o céu e viu a glória de Deus; e viu também Jesus, de pé, à direita de Deus. Ele disse: 'Estou vendo o céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus'. Mas eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo, e apedrejavam Estêvão, que exclamava: 'Senhor Jesus, acolhe o meu espírito'. Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: 'Senhor, não os condenes por este pecado'. Com estas palavras, adormeceu" (Atos 7,55-60).


CONCLUSÃO

As evidências em favor da imortalidade da alma são muitas. E de fato, não apenas os cristãos como também os judeus - que reconhecem apenas o Antigo Testamento - crêem nela. Apenas as seitas que aguardam [o cumprimento de] profecias falidas (adventistas e testemunhas de Jeová) é que se obstinam em negá-la, preferindo distorcer todo texto bíblico que refuta o seu erro.

Espero, assim, que este resumo sirva para transmitir-lhes a doutrina da Santa Igreja Católica e lhes permita abandonar o erro que professam.