Em reportagem
de Rubens Valente, da Folha de S. Paulo,
o senador Roger Pinto Molina, de 53 anos, opositor do marxismo radical do presidente
boliviano Evo Morales, falou sobre suas dificuldades com a comunização da
Bolívia sob Evo, cujo governo mantém uma relação promíscua com o narcotráfico.
Senador Roger Pinto Molina |
A chegada dele ao Brasil deixou Evo
e Dilma igualmente irados, pois Saboia atrapalhou os planos brasileiros e
bolivianos que estavam aguardando que as péssimas e insuportáveis condições da
prisão da embaixada fizessem o senador “voluntariamente” se entregar aos
comunistas bolivianos.
O suplício do senador não terminou.
Manobras políticas lhe removeram o asilo depois que ele chegou ao Brasil e
agora o jogo do PT nos bastidores buscará criar “condições” para que o senador
evangélico seja entregue nas garras do comunista Evo.
O péssimo tratamento na Embaixada
do Brasil é um aviso: quem se opuser ao marxismo e procurar asilo em embaixadas
brasileiras sob o PT comerá o pão que o diabo amassou. O PT não tem dó nem
misericórdia de que faz oposição à sua ideologia.
De forma inversa, terroristas e
comunistas serão recebidos calorosamente nas embaixadas brasileiras, sendo-lhes
garantido asilo e proteção, e o embaixador que mantiver o asilado comunista em
isolamente perderá o cargo imediatamente.
O Brasil sob o PT se tornou um país
hostil aos verdadeiros perseguidos e hospitaleiro para criminosos.
A seguir, a entrevista do boliviano
perseguido Roger Pinto Molina à Folha de
S. Paulo:
Sou
do departamento de Pando, uma das regiões mais atrasadas da Bolívia. Meu pai
era do campo, minha mãe trabalhava em casa, e em algum momento tivemos um
pequeno comércio, que foi o que nos permitiu estudar. Era uma pequena
mercearia, que vendia alimentos. Trabalhei muito para conseguir estudar. Em
minha região não havia uma universidade, então tive que ir para outra cidade.
Minha família não tinha condições de pagar uma universidade. Trabalhei no banco
Ganadero, na área de crédito, por dez anos.
Tenho
uma base cristã de princípios, sou evangélico batista, e sempre entendi que o
trabalho social que as igrejas fazem é fundamental.
Fui
presidente do tribunal eleitoral, vereador, deputado, depois governador [de
Pando], deputado novamente, senador e hoje tenho um mandato até fevereiro de
2015. Ocupei vários cargos, no Senado, deputado, vice-presidente do Senado. O
principal foi o chefe da oposição no Senado no último ano.
[O
então deputado] Evo Morales era alguém com quem convivi nos primeiros anos no
Congresso. Era um amigo, com quem eu podia jogar futebol. E jogamos várias
vezes juntos, tenho fotos.
De
maneira contínua ele me convidou para participar desse projeto político, ou
parte desse projeto. Tínhamos uma visão diferente. Sempre acreditei que o tema
da coca fosse a matéria-prima para o narcotráfico e era preciso atacar isso.
Ele defendia a coca. Eu acreditava na liberdade, no direito privado, na
propriedade das coisas e consciente de que era necessário reduzir a coca.
Quando
chegou ao governo, Evo nos convidou de novo ao palácio, umas três ou quatro
vezes. Ele queria que fizéssemos parte do seu governo. Nós achamos que era mais
importante ajudá-lo nos temas sociais, da luta contra a miséria, com isso nós
nos comprometemos.
Mas
logo veio um processo de decomposição e violência do governo que atribuo à
presença cubana e ao processo de linchamento político.
Depois
que Cuba e Venezuela intervieram de forma direta [formando parcerias com o
governo], ele teve outro tipo de política e comportamento muito mais
agressivos. Então se estabelece como política de seu governo acabar com a
oposição. E começa a perseguir de maneira sistemática todos os ex-presidentes,
ex-governadores.
Todos
os governos de esquerda querem é chegar, mudar a Constituição, adequá-la a
eles, porque têm um objetivo, consolidar-se no governo, não importa como.
Nenhum
desses governos se vai por vontade própria, de forma democrática. Ou seja, é o
modelo chavista-cubano. E claro que nós nos opomos a isso. Queríamos que
houvesse um Estado, uma República, que havia que se conservar a
constitucionalidade.
O
modelo cubano é que o se chama de "segundo paredón". Hoje em dia já
não te matam, mas te destroem, te desqualificam e te acusam de maneira
sistemática.
No
meu caso, começa no ano de 2008, quando o governo leva gente para a minha
região e há confrontação e morrem camponeses, como fruto da violência que foi
gerada pelo governo.
Eu
estava em La Paz, era chefe da oposição. Não tinha nada a ver com o governo
departamental.
Não
estava nem perto. Tenho uma propriedade na região desde os anos 80, mas ela não
foi invadida. Poderia dizer o contrário, mas não seria verdadeiro. Tem 1.150
hectares e umas 650 cabeças de gado. É pequena.
O
governo começa a inventar processos de todo tipo. Inventam uma acusação de que
eu causei dano ao Estado pela venda de um terreno.
Totalmente
falso. Fui condenado à revelia apenas porque empresas destinaram recursos para
uma universidade pública, que formou milhares de estudantes.
O
juiz que primeiro me julgou disse que deveriam fazer um monumento para mim.
Abriram 22 processos. Dez eram por desacato. Havia cerco judicial.
Descobriram-se
três ou quatro planos para me assassinar. Detiveram-me por 45 dias, violando a
Constituição, em prisão domiciliar. Vêm de maneira mais seguida as ameaças de
mortes, chegando a um ponto insuportável. Então se descobre um plano para me
sequestrar.
Isso
me levou a tomar uma decisão do pedido de asilo. Eu estava atacando os
interesses do verdadeiro setor forte do governo Evo Morales, que é o tema da
droga.
Hoje
em dia, retornar à Bolívia é pouco menos que um suicídio para mim. Se você
escuta Morales, como ele fala, o pouco respeito que tem pelas pessoas, tenha a
plena segurança de que voltar à Bolívia [para mim] é uma sentença de morte.
O
isolamento na embaixada era insuportável. Em algum momento, disse "bom,
por que não termino isso de uma vez?". Na primeira vez parece estranho,
porque sou cristão. Mas à medida que o tempo passa, isso volta à mente,
"seria tão simples e amanhã tudo estaria acabado". Saboia começou a
se preocupar. E então ele me disse ter três opções, e a terceira era cumprir os
objetivos que havia dito a presidente Dilma [quando da concessão do asilo], que
era preservar minha vida.Revista Veja explica que senador evangélico está sendo perseguido por ter denunciado narcotráfico do governo comunista da Bolívia
VEJA desta semana mostra que embaixador boliviano assumiu o cargo diplomático há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários
Jerjes Justiniano, embaixador boliviano no Brasil, atuando para defender interesses financeiros e estatais do narcotráfico de seu país |
Nenhum suspeito foi interrogado. Em
vez disso, Morales iniciou a perseguição ao senador Pinto Molina e nomeou para
o posto de embaixador no Brasil o advogado Jerjes Justiniano, que assumiu há um
ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os
narcofuncionários da Bolívia. Morales poderia ter escolhido alguém menos
comprometido com o assunto para desempenhar esse trabalho. O filho do
embaixador, o também advogado Jerjes Justiniano Atalá, tem entre seus maiores
clientes justamente funcionários do governo acusados de narcotráfico. Pior do
que isso. Atalá, que no passado dividiu o escritório com o pai, foi o advogado
do americano Jacob Ostreicher, que investiu 25 milhões de dólares em plantações
de arroz na Bolívia em parceria com a colombiana Cláudia Liliana Rodriguez,
sócia e mulher de Maximiliano Dorado. Resumindo a história: o filho do
embaixador defendeu o sócio da mulher do traficante brasileiro, aquele que
recebeu em sua casa o ministro denunciado por Pinto Molina. Trata-se, no
mínimo, de uma coincidência constrangedora para o papel que Justiniano veio
desempenhar no Brasil.
Igualmente constrangedor é um vídeo
de quatro minutos que mostra o embaixador visitando a fábrica do
narcotraficante italiano Dario Tragni, em Santa Cruz de la Sierra, no início de
2010. Na ocasião, Justiniano era candidato ao governo de Santa Cruz pela
legenda do presidente Morales. Ele foi derrotado na eleição, que ocorreu em
abril. No tour pela fábrica de madeira Sotra, Justiniano percorreu as
dependências do local ciceroneado por um Tragni falante e irrequieto. “Esta é
uma das máquinas mais produtivas da América Latina”, disse Tragni, apontando
para um de seus equipamentos. Justiniano perguntou: “Estão exportando para
onde?”. O italiano respondeu orgulhoso que para Espanha, Itália, Estados Unidos
e Alemanha. Participou também da visita amigável Carlos Romero, atual ministro
do Governo da Bolívia e responsável pela segurança interna do país. O incrível
desse episódio é que poucos meses antes, em novembro de 2009, a polícia
encontrara na Sotra diversos recipientes com cocaína, somando 2,4 quilos. No
quarto de Tragni, foram apreendidos uma balança e um liquidificador com
vestígios de cocaína. Um dos conhecidos meios para transportar drogas usado
pelos traficantes bolivianos é escondê-las dentro de compensados de madeira
para exportação.
Em tempo: em outubro do ano
passado, o ator americano Sean Penn foi nomeado por Morales como embaixador
mundial da coca. Nem precisava. A Bolívia já tem Jerjes Justiniano despachando
em Brasília.
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