quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Senador evangélico corre risco de vida se for entregue ao governo comunista da Bolívia, mas Dilma e o PT não se importam


Em reportagem de Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, o senador Roger Pinto Molina, de 53 anos, opositor do marxismo radical do presidente boliviano Evo Morales, falou sobre suas dificuldades com a comunização da Bolívia sob Evo, cujo governo mantém uma relação promíscua com o narcotráfico.
Senador Roger Pinto Molina
Molina chegou a Brasília no dia 24 de agosto, após longa viagem de carro e avião organizada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia. O senador, que havia pedido asilo em 2012, permaneceu 15 meses encerrado e isolado na Embaixada do Brasil em La Paz, em condições de sub-prisioneiro, sendo-lhe negado até ver a luz do sol — o que seria contrário aos direitos humanos. A operação para tirá-lo da “prisão” na Embaixada contou com a ajuda corajosa do católico Saboia, que disse ter ouvido a voz de Deus para ajudar o senador evangélico boliviano.
A chegada dele ao Brasil deixou Evo e Dilma igualmente irados, pois Saboia atrapalhou os planos brasileiros e bolivianos que estavam aguardando que as péssimas e insuportáveis condições da prisão da embaixada fizessem o senador “voluntariamente” se entregar aos comunistas bolivianos.
O suplício do senador não terminou. Manobras políticas lhe removeram o asilo depois que ele chegou ao Brasil e agora o jogo do PT nos bastidores buscará criar “condições” para que o senador evangélico seja entregue nas garras do comunista Evo.
O péssimo tratamento na Embaixada do Brasil é um aviso: quem se opuser ao marxismo e procurar asilo em embaixadas brasileiras sob o PT comerá o pão que o diabo amassou. O PT não tem dó nem misericórdia de que faz oposição à sua ideologia.
De forma inversa, terroristas e comunistas serão recebidos calorosamente nas embaixadas brasileiras, sendo-lhes garantido asilo e proteção, e o embaixador que mantiver o asilado comunista em isolamente perderá o cargo imediatamente.
O Brasil sob o PT se tornou um país hostil aos verdadeiros perseguidos e hospitaleiro para criminosos.
A seguir, a entrevista do boliviano perseguido Roger Pinto Molina à Folha de S. Paulo:
Sou do departamento de Pando, uma das regiões mais atrasadas da Bolívia. Meu pai era do campo, minha mãe trabalhava em casa, e em algum momento tivemos um pequeno comércio, que foi o que nos permitiu estudar. Era uma pequena mercearia, que vendia alimentos. Trabalhei muito para conseguir estudar. Em minha região não havia uma universidade, então tive que ir para outra cidade. Minha família não tinha condições de pagar uma universidade. Trabalhei no banco Ganadero, na área de crédito, por dez anos.
Tenho uma base cristã de princípios, sou evangélico batista, e sempre entendi que o trabalho social que as igrejas fazem é fundamental.
Fui presidente do tribunal eleitoral, vereador, deputado, depois governador [de Pando], deputado novamente, senador e hoje tenho um mandato até fevereiro de 2015. Ocupei vários cargos, no Senado, deputado, vice-presidente do Senado. O principal foi o chefe da oposição no Senado no último ano.
[O então deputado] Evo Morales era alguém com quem convivi nos primeiros anos no Congresso. Era um amigo, com quem eu podia jogar futebol. E jogamos várias vezes juntos, tenho fotos.
De maneira contínua ele me convidou para participar desse projeto político, ou parte desse projeto. Tínhamos uma visão diferente. Sempre acreditei que o tema da coca fosse a matéria-prima para o narcotráfico e era preciso atacar isso. Ele defendia a coca. Eu acreditava na liberdade, no direito privado, na propriedade das coisas e consciente de que era necessário reduzir a coca.
Quando chegou ao governo, Evo nos convidou de novo ao palácio, umas três ou quatro vezes. Ele queria que fizéssemos parte do seu governo. Nós achamos que era mais importante ajudá-lo nos temas sociais, da luta contra a miséria, com isso nós nos comprometemos.
Mas logo veio um processo de decomposição e violência do governo que atribuo à presença cubana e ao processo de linchamento político.
Depois que Cuba e Venezuela intervieram de forma direta [formando parcerias com o governo], ele teve outro tipo de política e comportamento muito mais agressivos. Então se estabelece como política de seu governo acabar com a oposição. E começa a perseguir de maneira sistemática todos os ex-presidentes, ex-governadores.
Todos os governos de esquerda querem é chegar, mudar a Constituição, adequá-la a eles, porque têm um objetivo, consolidar-se no governo, não importa como.
Nenhum desses governos se vai por vontade própria, de forma democrática. Ou seja, é o modelo chavista-cubano. E claro que nós nos opomos a isso. Queríamos que houvesse um Estado, uma República, que havia que se conservar a constitucionalidade.
O modelo cubano é que o se chama de "segundo paredón". Hoje em dia já não te matam, mas te destroem, te desqualificam e te acusam de maneira sistemática.
No meu caso, começa no ano de 2008, quando o governo leva gente para a minha região e há confrontação e morrem camponeses, como fruto da violência que foi gerada pelo governo.
Eu estava em La Paz, era chefe da oposição. Não tinha nada a ver com o governo departamental.
Não estava nem perto. Tenho uma propriedade na região desde os anos 80, mas ela não foi invadida. Poderia dizer o contrário, mas não seria verdadeiro. Tem 1.150 hectares e umas 650 cabeças de gado. É pequena.
O governo começa a inventar processos de todo tipo. Inventam uma acusação de que eu causei dano ao Estado pela venda de um terreno.
Totalmente falso. Fui condenado à revelia apenas porque empresas destinaram recursos para uma universidade pública, que formou milhares de estudantes.
O juiz que primeiro me julgou disse que deveriam fazer um monumento para mim. Abriram 22 processos. Dez eram por desacato. Havia cerco judicial.
Descobriram-se três ou quatro planos para me assassinar. Detiveram-me por 45 dias, violando a Constituição, em prisão domiciliar. Vêm de maneira mais seguida as ameaças de mortes, chegando a um ponto insuportável. Então se descobre um plano para me sequestrar.
Isso me levou a tomar uma decisão do pedido de asilo. Eu estava atacando os interesses do verdadeiro setor forte do governo Evo Morales, que é o tema da droga.
Hoje em dia, retornar à Bolívia é pouco menos que um suicídio para mim. Se você escuta Morales, como ele fala, o pouco respeito que tem pelas pessoas, tenha a plena segurança de que voltar à Bolívia [para mim] é uma sentença de morte.
O isolamento na embaixada era insuportável. Em algum momento, disse "bom, por que não termino isso de uma vez?". Na primeira vez parece estranho, porque sou cristão. Mas à medida que o tempo passa, isso volta à mente, "seria tão simples e amanhã tudo estaria acabado". Saboia começou a se preocupar. E então ele me disse ter três opções, e a terceira era cumprir os objetivos que havia dito a presidente Dilma [quando da concessão do asilo], que era preservar minha vida.

Revista Veja explica que senador evangélico está sendo perseguido por ter denunciado narcotráfico do governo comunista da Bolívia

VEJA desta semana mostra que embaixador boliviano assumiu o cargo diplomático há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários


Jerjes Justiniano, embaixador boliviano no Brasil, atuando para defender interesses financeiros e estatais do narcotráfico de seu país
O motivo primordial da perseguição política que levou o senador Roger Pinto Molina a pedir asilo na Embaixada do Brasil em La Paz foi um dossiê que ele entregou no Palácio Quemado, sede do Executivo boliviano, em março de 2011. O pacote trazia cópias de relatórios escritos por agentes da inteligência da polícia boliviana em que se desnudava a participação de membros do partido do presidente Evo Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), e de funcionários de alto escalão do seu governo no narcotráfico. Alguns desses documentos posteriormente também foram obtidos por VEJA e serviram de base para a reportagem “A República da cocaína”, de 11 de julho de 2012. Neles, afirma-se que o atual ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, e a ex-modelo Jessica Jordan entraram na casa do narcotraficante brasileiro Maximiliano Dorado, em Santa Cruz de la Sierra, no dia 18 de novembro de 2010. Os dois saíram cada um com duas maletas tipo 007. A intenção do senador hoje refugiado no Brasil era que o presidente Morales mandasse investigar as denúncias, e assim contribuísse no combate à indústria da pasta de coca — matéria-prima contrabandeada para o Brasil para a produção de cocaína e crack e à rede de corrupção ligada a ela.
Nenhum suspeito foi interrogado. Em vez disso, Morales iniciou a perseguição ao senador Pinto Molina e nomeou para o posto de embaixador no Brasil o advogado Jerjes Justiniano, que assumiu há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários da Bolívia. Morales poderia ter escolhido alguém menos comprometido com o assunto para desempenhar esse trabalho. O filho do embaixador, o também advogado Jerjes Justiniano Atalá, tem entre seus maiores clientes justamente funcionários do governo acusados de narcotráfico. Pior do que isso. Atalá, que no passado dividiu o escritório com o pai, foi o advogado do americano Jacob Ostreicher, que investiu 25 milhões de dólares em plantações de arroz na Bolívia em parceria com a colombiana Cláudia Liliana Rodriguez, sócia e mulher de Maximiliano Dorado. Resumindo a história: o filho do embaixador defendeu o sócio da mulher do traficante brasileiro, aquele que recebeu em sua casa o ministro denunciado por Pinto Molina. Trata-se, no mínimo, de uma coincidência constrangedora para o papel que Justiniano veio desempenhar no Brasil.
Igualmente constrangedor é um vídeo de quatro minutos que mostra o embaixador visitando a fábrica do narcotraficante italiano Dario Tragni, em Santa Cruz de la Sierra, no início de 2010. Na ocasião, Justiniano era candidato ao governo de Santa Cruz pela legenda do presidente Morales. Ele foi derrotado na eleição, que ocorreu em abril. No tour pela fábrica de madeira Sotra, Justiniano percorreu as dependências do local ciceroneado por um Tragni falante e irrequieto. “Esta é uma das máquinas mais produtivas da América Latina”, disse Tragni, apontando para um de seus equipamentos. Justiniano perguntou: “Estão exportando para onde?”. O italiano respondeu orgulhoso que para Espanha, Itália, Estados Unidos e Alemanha. Participou também da visita amigável Carlos Romero, atual ministro do Governo da Bolívia e responsável pela segurança interna do país. O incrível desse episódio é que poucos meses antes, em novembro de 2009, a polícia encontrara na Sotra diversos recipientes com cocaína, somando 2,4 quilos. No quarto de Tragni, foram apreendidos uma balança e um liquidificador com vestígios de cocaína. Um dos conhecidos meios para transportar drogas usado pelos traficantes bolivianos é escondê-las dentro de compensados de madeira para exportação.
Em tempo: em outubro do ano passado, o ator americano Sean Penn foi nomeado por Morales como embaixador mundial da coca. Nem precisava. A Bolívia já tem Jerjes Justiniano despachando em Brasília. 

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