terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

* Quem é a nova ministra da “Secretaria Especial de Políticas para Mulheres” do Governo Dilma?

A presidente Dilma Rousseff deve anunciar ainda nesta segunda-feira a a saída da ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, pré-candidata à Prefeitura de Vitória pelo PT.

No lugar de Iriny assume Eleonora Menicucci de Oliveira, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-companheira de Dilma no presídio Tiradentes, na década de 70. Será a nona substituição no ministério em um ano de governo.

Segundo fontes ligadas a Iriny, o Planalto deve divulgar uma nota anunciando a substituição. A cerimônia de posse deve acontecer nos próximos dias.

Com a troca de Iriny, Dilma completa a primeira fase da reforma ministerial, dedicada a substituir os ministros que vão disputar as eleições municipais deste ano. Antes de Iriny, Dilma trocou Fernando Haddad, que disputará a prefeitura de São Paulo, por Aloizio Mercadante no Ministério da Educação.

Pró-reitora da Unifesp, socióloga e professora de saúde coletiva na universidade, Eleonora é amiga de Dilma desde a década de 1960. Ambas nasceram em Belo Horizonte. Ex-diretora da União Nacional dos Estudantes, a nova ministra foi companheira de Dilma no presídio Tiradentes, em São Paulo, onde ficavam as presa políticas condenadas pela ditadura militar (1965-1985).

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/dilma-anuncia-hoje-saida-de-iriny-da-secretaria-das-mulheres/n1597616557447.html

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A notícia parece comum,mas fiquemos atentos!

Em uma entrevista dada em 2004, a delicada questão do aborto foi abordada e respondida conforme transcrito abaixo:


“A questão feminista é tão dentro de mim, e a questão dos Direitos Reprodutivos também, que eu sou avó de uma criança que foi gerada por inseminação artificial na mãe lésbica” …


“Eu fiz dois abortos, e também digo que sou avó do aborto, também porque por mim já passou.”


“Hoje (em 2004)… atendemos mulheres que foram vítimas de violência sexual e fazemos o aborto nesses casos.”
“também hoje faço parte das Jornadas Brasileiras pela Legalização do Aborto,no grupo de coordenadoras.”

A entrevista completa pode ser baixada no endereço abaixo:
Entrevista com Eleonora Menicucci de Oliveira, em 14/10/2004
FONTE: http://www.bibliotecafeminista.org.br/index.php?option=com_remository&Itemid=56&func=startdown&id=179

Essa entrevista foi em 2004.

* Nova ministra defende “direito” ao aborto. Nossa luta A FAVOR da vida continua!


Folha de São Paulo

BERNARDO MELLO FRANCO

Amiga da presidente Dilma Rousseff desde a década de 1960 e sua colega de prisão na ditadura militar, a nova ministra Eleonora Menicucci, 67, promete defender a liberação do aborto à frente da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Socióloga, professora titular de Saúde Coletiva da Unifesp e filiada ao PT, ela assumirá o cargo na sexta-feira. Substituirá a também petista Iriny Lopes, que sai para disputar a Prefeitura de Vitória.

Menicucci integra o Grupo de Estudos sobre o Aborto e já relatou ter se submetido à prática duas vezes. Ontem, afirmou à Folha que levará sua convicção e sua militância na causa para o governo.

“Minha luta pelos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e a minha luta para que nenhuma mulher neste país morra por morte materna só me fortalece”, disse.

A polêmica sobre o aborto marcou a corrida presidencial de 2010, quando José Serra (PSDB) usou o tema para atrair o voto religioso. Dilma, que já havia defendido a descriminalização da prática em duas entrevistas, disse ser “a favor da vida”, mas afirmou que não faria uma “guinada à direita” para se eleger.

A nova ministra anunciou que fará uma gestão de continuidade. Citou como prioridades o combate à violência contra a mulher e à “feminilização da pobreza” e a preparação das feministas para a conferência Rio+20.

Ela negou os rumores de extinção da secretaria, que circulavam desde o ano passado. “Digo isso como futura ministra. A secretaria continua com status de ministério e com muita força”, afirmou.

BIOGRAFIA

Mineira de Lavras, Menicucci conheceu Dilma no movimento estudantil, em Belo Horizonte. Na luta armada, participou de assaltos a bancos e supermercados para financiar a guerrilha.

“Sabia que tinha que fazer alguma coisa, ia lá e fazia”, relatou à revista “TPM”, em 2007. “Achava que nada de mal podia me acontecer. Era jovem, e jovem é onipotente.”

Ao ser presa, em 1971, tinha 22 anos e militava no POC (Partido Operário Comunista). Ela conta que a filha Maria, que tinha 1 ano e 10 meses, foi torturada na sua frente nas dependências da Oban (Operação Bandeirante), em São Paulo. Depois, ficou 52 dias sem notícias do bebê.

“As torturas minha e de minha filha me mostraram a olho nu a nua e crua dimensão do terror instalado em nosso país e paradoxalmente nossa impotência frente a ele. Aqui me transformei em feminista”, escreveu na revista científica “Labrys”, em 2009.

Ela reencontrou Dilma no Presídio Tiradentes, onde ficou presa até 1973 na “Torre das Donzelas”, a ala das presas políticas. Foi uma das colegas de cela convidadas para a posse da presidente.

“Tenho muito orgulho e muita honra de ter sido presa política na luta contra a ditadura”, disse ontem.

A nova ministra chorou ao lembrar colegas que foram mortos na luta armada.

“Estou muito emocionada. Peço desculpas… [embargando a voz]. É um filme que passa na cabeça em todas as horas da minha vida, para me inspirar e me fortalecer.”

À “TPM”, ao comentar seu ativismo, ela falou também sobre a vida pessoal.

“Me relaciono com homens e mulheres e tenho muito orgulho de minha filha, que é gay e teve uma filha por inseminação artificial.”

Colaboraram MÁRCIO FALCÃO, FLÁVIA FOREQUE e JOHANNA NUBLAT, de Brasília

Um comentário:

  1. Olá Eudes!Obrigado pelo retorno!
    Estamos juntos na luta pela Vida!
    Só deixando claro que você pode divulgar os meus posts tranquilamente, quanto mais longe chega a informação melhor para a evangelização!
    Deus abençoe
    Tiba

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