segunda-feira, 29 de novembro de 2010

* Bento XVI e o uso de preservativos: meios de comunicação teimam em propagar o erro?

novembro 26th, 2010

Jorge Ferraz

Sou surpreendido por uma matéria do Gazeta Online que tem o seguinte singelo título: “Vaticano: todos podem usar preservativos para evitar HIV”. A chamada: “Usar preservativos é um mal menor que transmitir o vírus HIV para um parceiro sexual – mesmo que isso signifique que uma mulher evitou uma possível gravidez, disse o Vaticano”. Manchetes análogas podem ser encontradas mundo afora. Como é possível tão universal desinformação?

Recapitulemos. O Papa disse ser possível haver alguns casos em que “a utilização do preservativo [por um garoto de programa] possa ser um primeiro passo para a moralização”. O Papa não disse nem mesmo que estes “podem” usá-los! Daí me vem um jornal dizer que “todos podem usar preservativos”, e ainda afirma ser isto “segundo o Vaticano”?

O Papa não falou sobre o que os garotos de programa podem ou não fazer. Apenas constatou um fato: o prostituto que usa preservativos impõe, de algum modo, limites à sexualidade desregrada. Como o Taiguara escreveu na lista “Tradição Católica”:

O que entendi é que, no caso da prostituta que utiliza camisinha, a significação real do uso da camisinha é completamente diversa do “sexo livre” apregoado: o uso da camisinha pela prostituta tem para ela a finalidade de evitar o contágio da doença venérea ao parceiro; para isso, ela mesma se impõe um limite (que ela pensa ser um limite válido, pois acredita que a camisinha realmente barra o contágio) e, desta feita, o próprio condom, símbolo da liberação sexual, ganha no caso concreto a conotação de um limite, contraria o próprio sexo livre.

Isto não é uma autorização para se usar preservativos. A proposição “garotos de programa podem usar preservativos” simplesmente não se encontra no texto do Papa – este é um fato objetivo contra o qual é impossível tergiversar. De onde tirou então o jornal que “todos podem usar preservativos”?

O impressionante fenômeno só revela uma gigantesca contradição dos inimigos da Igreja. Se, por um lado, postulam que Ela deva ser ostracizada e banida da vida pública das sociedades civilizadas, por outro lado saúdam com ânimo e júbilo esta – alegada! – “mudança de posição” da Igreja sobre os preservativos. Aliás, desejam tanto que a Igreja “mude” de opinião que passam a projetar isso na maneira como fazem jornalismo, por meio de um wishful thinking tão forçado, mas tão forçado, que se transforma em falsificação intelectual pura e simples.

* O papa “justificou” o uso de preservativo?


O papa “justificou” o uso de camisinha em algumas circunstâncias? Não. E também não houve absolutamente nenhuma mudança nos ensinamentos da Igreja. Não apenas porque uma entrevista com o papa não constitui um ensinamento, mas também porque nada do que ele disse difere dos ensinamentos que já existiam.

Então, por que todas as manchetes estão dizendo que ele “aprova” ou “permite” ou “justifica” o uso de camisinha em certos casos?

Essa é uma boa questão. Tão boa que o próprio entrevistador fez praticamente a mesma pergunta durante a entrevista.

O papa fez uma declaração na entrevista, uma declaração que agora tem sido citada pela mídia mundial. Imediatamente, o entrevistador, Peter Seewald [jornalista alemão que já escreveu quatro livros sobre Joseph Ratzinger e conduziu as entrevistas de Luz do Mundo], colocou a questão: “O senhor está dizendo, então, que a Igreja Católica não é, na verdade, contrária, em princípio, ao uso da camisinha?”

O papa esclareceu e expandiu sua declaração anterior.

Vamos olhar para as duas declarações.

Depois de dizer que “não podemos resolver o problema [a aids] distribuindo camisinhas…” e que “a fixação exclusiva na camisinha implica uma banalização da sexualidade…” o papa diz: “Pode haver uma base no caso de alguns indivíduos, como talvez quando um garoto de programa usa uma camisinha, em que pode ser o primeiro passo rumo à moralização, uma primeira aceitação de responsabilidade no caminho à recuperação da compreensão de que nem tudo é permitido e de que ninguém pode fazer tudo o que quer. Mas, realmente, não é a maneira de lidar com o mal da infecção por HIV. Isso pode depende apenas de uma humanização da sexualidade.”

É uma declaração com muitos adjetivos, muito tímida. Ainda assim, suscitou a pergunta de Seewald citada acima. Mas vamos primeiro olhar mais de perto essa declaração. O original alemão para “Pode haver uma base no caso de alguns indivíduos…” é “Es mag begründete Einzelfälle geben…”. A versão em inglês é uma tradução acurada. “Begründete” vem de “Grund”= “solo”, e significa tanto o chão em que pisamos quanto a fundamentação lógica. Há uma ambiguidade porque pode ter o fraco sentido de “alguma base para” ou o forte senso de “fundamentação lógica e ética para”. Essa talvez tenha sido a razão por que Seewald fez uma pergunta adicional, a que voltaremos mais adiante.

É importante notar que houve dois erros muito graves na versão em italiano das declarações do papa, em que muitos dos primeiros artigos se basearam, assim que o embargo foi quebrado pelo jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano. (Essa é uma outra história.) O primeiro, o vocábulo alemão “ein Prostituierter”, que só pode se referir aos garotos de programa. A palavra comum em alemão para se referir a uma prostituta é “[eine] Prostituierte”, que é feminina e se refere apenas a mulheres. A tradução italiana “uma prostituta” simplesmente é o contrário do que o Papa diz.

Igualmente problemática, “giustificati”= “justificável”, foi usada na tradução italiana de “begründete”, e arbitrariamente resolve de maneira tendenciosa a ambiguidade.

O papa respondeu: “Ela [a Igreja] não considera a camisinha como uma solução moral ou real, mas, neste ou naquele caso, pode ocorrer no entanto com a intenção de reduzir o risco de infecção, o primeiro passo em um movimento em direção a um novo caminho, um caminho mais humano de viver a sexualidade”.

Em primeiro lugar, uma solução que não é “moral” não pode ser “justificada”. Há uma contradição e isso significaria que algo intrinsecamente mal poderia ser “justificado” para atingir um fim bom. Note: o conceito de “mal menor” é inaplicável aqui. Alguém pode tolerar um “mal menor”; ninguém pode fazer algo que é um mal menor.

Mas a distinção crucial aqui é entre a “intenção” do garoto de programa, evitar infectar o seu cliente, e o ato em si, usar a camisinha. Como a distinção se perdeu em quase todas as reportagens que li, pede-se uma elaboração.

A distinção, em filosofia moral, é entre o objeto de um ato e a intenção de um ato. Se um homem rouba para fornicar, a intenção é copular, mas o objeto é o ato de roubar. Não há uma relação necessária entre roubar e fornicar.

No caso da declaração do papa, a intenção é prevenir a infecção e o objeto é o uso da camisinha.

Aqui está um exemplo dessa distinção que é paralelo ao que o papa afirmou. Ladrões estão usando canos de aço para atacar as pessoas e as lesões são sérias. Alguns ladrões usam canos revestidos por espuma para reduzir as lesões, o suficiente para incapacitar a pessoa e cometer o roubo. O papa diz que a intenção de reduzir os danos (no ato de roubar) pode ser um primeiro passo para uma maior responsabilidade moral. Isso não justifica as seguintes manchetes: “Papa aprova canos revestidos com espuma para roubo”; “Papa diz que o uso de canos revestidos é justificado em algumas ocasiões”; “Papa permite o uso de canos revestidos em alguns casos”.

Claro, alguém pode usar moralmente em algumas circunstâncias, por exemplo, para isolar canos para que a água quente que por eles passa não esfrie tão rápido. E alguém pode usar moralmente a camisinha em alguns casos, por exemplo, fazer balões de água. Mas isso não justifica a manchete “Papa aprova o uso de camisinha”, embora neste caso possa ser verdadeiro. Mas seria intencionalmente enganoso.

Em resumo, o papa não “justificou” o uso de camisinha em qualquer situação. Os ensinamentos da Igreja continuam os mesmos que sempre foram – antes e depois das declarações do Papa.

*Joseph Fessio é editor da Ignatius. editora que lançou Luz do mundo em inglês. O padre jesuíta foi doutorando de Joseph Ratzinger na década de 1970

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Envie seu protesto a Fundação Oswaldo Cruz, contra a despenalização do Aborto

De acordo com uma publicação no Diário Oficial da União (veja aqui), o Governo Federal assinou um Termo de Cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz destinado a Estudo e Pesquisa sobre a Despenalização do Aborto no Brasil, até 04/02/2011.

Este termo foi assinado no dia 29 de setembro de 2010, em plena época de eleições! Com todos os candidatos prometendo o contrário…

Não podemos aceitar que iniciativas como esta sejam colocadas em prática, ainda mais depois que muitos partidos políticos se manifestaram publicamente a favor da vida.

Que contradição é essa agora?

Por isso, peço que você assine AGORA a carta de protesto abaixo que enviaremos à ouvidoria da Fundação Oswaldo Cruz, para o endereço:

Av. Brasil, 4.365 – Manguinhos
CEP: 21040-900, Rio de Janeiro – RJ

(Se quiser fazer uma carta de próprio punho e enviar, fique à vontade, só não deixe de participar deste protesto)

Contamos com sua participação neste protesto contra mais esse ataque covarde contra a vida.

Diga não à legalização do aborto no Brasil sob quaisquer pretexto. Uma vida humana não pode ser barganhada com a morte.
Nome:
Seu e-mail:
RG:
Estado:

Carta à Ouvidoria da Fundação Oswaldo Cruz,

Prezados Senhores

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e todos os abaixo assinados querem respeitosamente manifestar seu repúdio ao TERMO DE COOPERAÇÃO Nº. 137/2009, destinado a estudo e pesquisa “Despenalizar o aborto no Brasil”. Tal contrato foi prorrogado até o dia 04/02/11, e tem como partes o Governo Federal e sua Fundação, conforme publicado no Diário Oficial do dia 04/10/10.

Tal repúdio se estende ao documentário financiado pela FioCruz Vídeo que “em fevereiro vai distribuir 2.000 DVDs” a escolas e outras entidades. O vídeo tem claro objetivo de banalizar a prática do aborto e fazer propaganda deste. (Cfr. Agência ACI, 10/11/10)

A continuidade dos ditos “estudos”, com respaldo governamental, juntamente com o vídeo patrocinado por vossa Fundação, representam uma afronta à opinião pública, que tem manifestado reiteradamente seu desacordo com a despenalização do aborto no Brasil (Cfr. Datafolha 11/10/2010). A sofreguidão com que desde 2005 o Governo Federal tenta implantar o PL 1135/91 e outros projetos pró-aborto vai de encontro ao regime de democracia representativa.

Desta forma, pedimos a Fundação Oswaldo Cruz que reconsidere a assinatura de tal Termo, bem como a difusão do documentário, pois acreditamos que ele banaliza a vida e o direito de nascer.

Somos totalmente contrários a qualquer forma de agressão à vida. E vemos como uma falácia o tratar do tema como “saúde pública”, pois tal abordagem não leva em conta a vida que está no ventre da mãe e faz tábula rasa da questão moral.

Não podemos compactuar com isso e esperamos que a Fundação Oswaldo Cruz leve em consideração este protesto de uma parte da sociedade que não se cala e representa a grande maioria dos brasileiros, conforme se pode constatar nas últimas eleições

Atenciosamente,

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e abaixo assinados

*Por se tratar de um documento oficial, é necessário validá-lo com os dados requeridos no formulário acima.

Obs: A carta não é editável. Seu nome e RG serão armazenados numa lista que enviaremos à Fundação Oswaldo Cruz até 20 de dezembro.

Recomende também esta página ao maior número de pessoas que você puder, para que elas também façam o mesmo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Mordaça Gay PLC 122/2006

Reinaldo Azevedo defende Augustus Nicodemus Lopes, da Universidade Mackenzie

Julio Severo

Dias atrás, denunciei os ataques dos gayzistas à Universidade Mackenzie neste meu artigo “Palhaçada gay contra o Mackenzie. Os ataques deles são tão absurdos que até mesmo aqueles que apoiam importantes pontos da agenda gay estão chocados com a ignorância da militância homossexual contra uma instituição evangélica. Reinaldo Azevedo, mesmo apoiando a união civil homossexual e adoção de crianças por duplas gays, classificou o PLC 122 de “aberração”. Leiam na íntegra o artigo abaixo.

O AI-5 GAY JÁ COMEÇA A SATANIZAR PESSOAS; SE APROVADO, VAI PROVOCAR O CONTRÁRIO DO QUE PRETENDE: ACABARÁ ISOLANDO OS GAYS

Reinaldo Azevedo
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler a Universidade Mackenzie — homem inteligente, capaz, disciplinado na sua fé e respeitador das leis do país; sim, eu o conheço — está sendo alvo de uma violenta campanha de difamação na Internet. Na próxima quarta, grupos gays anunciam um protesto nas imediações da universidade que ele dirige com zelo exemplar. Por quê? Ele teve a “ousadia”, vejam só, de publicar, num cantinho que lhe cabe no site da instituição trecho de uma resolução da Igreja Presbiteriana do Brasil contra a descriminação do aborto e contra aprovação do PL 122/2006 — a tal lei que criminaliza a homofobia (aqui). O texto nem era seu, mas do reverendo Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. A íntegra do documento está aqui. Pode-se ler lá o que segue:
“Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica (…), a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos”.
Respondam: o que há de errado ou discriminatório nesse texto? A PL 122 nem foi aprovada ainda, e as perseguições já começaram. Vamos tornar ainda mais séria essa conversa. Há gente que gosta das soluções simples e erradas para problemas difíceis. Eu estou aqui para mostrar que há coisas que, simples na aparência, são muito complicadas na essência. Afirmei certa feita que o verdadeiro negro do mundo era o branco, pobre, heterossexual e católico. Era um exagero, claro!, uma expressão de mordacidade. A minha ironia começa a se transformar numa referência da realidade. A PL 122 é flagrantemente inconstitucional; provocará, se aprovada, efeitos contrários àqueles pretendidos e agride a liberdade religiosa. É simples assim. Mas vamos por partes, complicando sempre, como anunciei.
Homofóbico?
Repudio o pensamento politicamente correto, porque burro, e o pensamento nem-nem — aquele da turma do “nem isso nem aquilo”. Não raro, é coisa de covardes, de quem quer ficar em cima do muro. Procuro ser claro sobre qualquer assunto. Leitores habituais deste blog já me deram algumas bordoadas porque não vejo nada de mal, por exemplo, na união civil de homossexuais — que não é “casamento”. Alguns diriam que penso coisa ainda “pior”: se tiverem condições materiais e psicológicas para tanto, e não havendo heterossexuais que o façam, acho aceitável que gays adotem crianças. Minhas opiniões nascem da convicção, que considero cientificamente embasada, de que “homossexualidade não pega”, isto é, nem é transmissível nem é “curável”. Não sendo uma “opção” (se fosse, todos escolheriam ser héteros), tampouco é uma doença. Mais: não me parece que a promiscuidade seja apanágio dos gays, em que pese a face visível de certas correntes contribuir para a má fama do conjunto.
“Que diabo de católico é você?”, podem indagar alguns. Um católico disciplinado. É o que eu penso, mas respeito e compreendo a posição da minha igreja. Tampouco acho que ela deva ficar mudando de idéia ao sabor da pressão deste ou daqueles grupos católicos. Disciplina e hierarquia são libertadoras e garantem o que tem de ser preservado. Não tentem ensinar a Igreja Católica a sobreviver. Ela sabe como fazer. Outra hora volto a esse particular. Não destaco as minhas opiniões “polêmicas” para evitar que me rotulem disso ou daquilo. Eu estou me lixando para o que pensam a meu respeito. Escrevo o que acho que tem de ser escrito.
Aberração e militância
Ter tais opiniões não me impede de considerar que o tal PL 122 é uma aberração, que busca criar uma categoria especial de pessoas. E aqui cabe uma pequena história. Tudo começou com o Projeto de Lei nº 5003/2001, na Câmara, de autoria da deputada Iara Bernardes, do PT. Ele alterava a Lei nº 7716, de 1989, que pune preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (íntegra aqui) acrescentando ao texto a chamada discriminação de gênero. Para amenizar o caráter de “pogrom gay”, o senador Marcelo Crivella acrescentou também a discriminação contra idoso e contra deficientes como passível de punição. Só acrescentou absurdos novos.
Antes que me atenha a eles, algumas outras considerações. À esteira do ataque contra três rapazes perpetrados por cinco delinqüentes na Avenida Paulista, que deveriam estar recolhidos (já escrevi a respeito), grupos gays se manifestaram. E voltou a circular a tal informação de que o Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. É mesmo? Este também é um dos países que mais matam heterossexuais no mundo!!! São 50 mil assassinatos por ano. Se os gays catalogados não chegam a 200 — e digamos que eles sejam 5% da população; há quem fale em 9%; não importa —, há certamente subnotificação, certo? “Ah, mas estamos falando dos crimes da homofobia…” Sei. Michês que matam seus clientes são ou não considerados “gays”? Há crimes que não estão associados à “orientação sexual” ou à “identidade de gênero”, mas a um modo de vida. Cumpre não mistificar. Mas vamos ao tal PL.
Disparates
A Lei nº 7716 é uma lei contra o racismo. Sexualidade, agora, é raça? Ora, nem a raça é “raça”, não é mesmo? Salvo melhor juízo, somos todos da “raça humana”. O racismo é um crime imprescritível e inafiançável, e entrariam nessa categoria os cometidos contra “gênero, orientação sexual e identidade de gênero.” Que diabo vem a ser “identidade de gênero”. Suponho que é o homem que se identifica como mulher e também o contrário. Ok. A lei não proíbe ninguém de se transvestir. Mas vamos seguir então.
Leiam um trecho do PL 122:
Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:
“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”
Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”
Para demitir um homossexual, um empregador terá de pensar duas vezes. E cinco para contratar — caso essa homossexualidade seja aparente. Por quê? Ora, fica decretado que todos os gays são competentes. Aliás, na forma como está a lei, só mesmo os brancos, machos, heterossexuais e eventualmente cristãos não terão a que recorrer em caso de dispensa. Jamais poderão dizer: “Pô, fui demitido só porque sou hétero e branco! Quanta injustiça!”. O corolário óbvio dessa lei será, então, a imposição posterior de uma cota de “gênero”, “orientação” e “identidade” nas empresas. Avancemos.
“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. ”
Cristãos, muçulmanos, judeus etc têm as suas escolas infantis, por exemplo. Sejamos óbvios, claros, práticos: terão de ignorar o que pensam a respeito da homossexualidade, da “orientação sexual” ou da “identidade de gênero” — e a Constituição lhes assegura a liberdade religiosa — e contratar, por exemplo, alguém que, sendo João, se identifique como Joana? Ou isso ou cana?
Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:
“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
Pastores, padres, rabinos etc. estariam impedidos de coibir a manifestação de “afetividade”, ainda que os fundamentos de sua religião a condenem. O PL 122 não apenas iguala a orientação sexual a raça como também declara nulos alguns fundamentos religiosos. É o fim da picada! Aliás, dada a redação, estaríamos diante de uma situação interessante: o homossexual reprimido por um pastor, por exemplo, acusaria o religioso de homofobia, e o religioso acusaria o homossexual de discriminação religiosa, já que estaria impedido de dizer o que pensa. Um confronto de idéias e posturas que poderia ser exercido em liberdade acaba na cadeia. Mas o Ai-5 mesmo vem agora:
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:
§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”
Não há meio-termo: uma simples pregação contra a prática homossexual pode mandar um religioso para a cadeia: crime inafiançável e imprescritível. Se for servidor público, perderá o cargo. Não poderá fazer contratos com órgãos oficiais ou fundações, pagará multa… Enfim, sua vida estará desgraçada para sempre. Afinal, alguém sempre poderá alegar que um simples sermão o expôs a uma situação “psicologicamente vexatória”. A lei é explícita: um “processo administrativo e penal terá início”, entre outras situações, se houver um simples “comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.” Não precisa nem ser o “ofendido” a reclamar: basta que uma ONG tome as suas dores.
A PL 122 institui o estado policial gay! E o chanceler no Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, já é alvo dessa patrulha antes mesmo de essa lei ser aprovada.
O que querem os proponentes dessa aberração? Proteger os gays? Não há o risco de que aconteça o contrário? A simples altercação com um homossexual, por motivo absolutamente alheio à sua sexualidade, poderia expor um indivíduo qualquer a um risco considerável. Se o sujeito — no caso, o gay — for honesto, bem: não vai apelar à sua condição de “minoria especialmente protegida”; se desonesto — e os há, não? —, pode decidir infernizar a vida do outro. Assim, haverá certamente quem considere que o melhor é se resguardar. É possível que os empregadores se protejam de futuros dissabores, preferindo não arriscar. Esse PL empurra os gays de volta para o gueto.
Linchamento moral
O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. À diferença de suas “boas intenções”, pode é contribuir para a discriminação, à medida que transforma os gays numa espécie de “perigo legal”. Os homossexuais nunca tiveram tanta visibilidade. Um gay assumido venceu, por exemplo, uma das jornadas do BBB. Cito o caso porque houve ampla votação popular. A “causa” está nas novelas. Programas de TV exibem abertamente o “beijo gay”. Existe preconceito? Certamente! Mas não será vencido com uma lei que acirra as contradições e as diferenças em vez de apontar para um pacto civilizado de convivência. Segundo as regras da democracia, há, sim, quem não goste dessa exposição e se mobiliza contra ela. É do jogo.
Ninguém precisa de uma “lei” especial para punir aqueles delinqüentes da Paulista. Eles não estão fora da cadeia (ou da Fundação Casa) porque são heterossexuais, e sua vítima, homossexual. A questão, nesse caso, infelizmente, é muito mais profunda e diz muito mais sobre o Brasil profundo: estão soltos por causa de um preconceito social. Os homossexuais que foram protestar na Paulista movidos pela causa da “orientação sexual” reduziram a gravidade do problema.
Um bom caminho para a liberdade é não linchar nem física nem moralmente aqueles de quem não gostamos ou com quem não concordamos. Seria conveniente que os grupos gays parassem de quebrar lâmpadas na cabeça de Augustus Nicodemus Lopes, o chanceler do Mackenzie. E que não colocassem com tanta vontade uma corda no próprio pescoço sob o pretexto de se proteger. Mas como iluminar minimamente a mentalidade de quem troca o pensamento pela militância?
Quando trato de temas como esse, petralhas costumam invadir o blog com grosserias homofóbicas na esperança de que sejam publicadas para que possam, depois, sair satanizando o blog por aí. Aviso: a tática é inútil. Não serão! Este blog é contra o PL 122 porque preza os valores universais da democracia, que protegem até os que não são gays…
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo
Divulgação: www.juliosevero.com

Palhaçada gay contra o Mackenzie

PLC 122: propaganda, fantasia e farsa na promoção do homossexualismo

* Vaticano esclarece tradução exata da palavra do Papa sobre uso do preservativo.

novembro 23rd, 2010

Capa do  livro

Capa do livro

Fonte: G1

A doutrina católica não muda, o uso do preservativo está proibido”, Giovanni Maria Vian, editor do “L’Osservatore Romano”.

“O sumo pontífice se refere a um ato de caridade e não à mudança da doutrina”. Escritor católico Vittorio Messori.

O esclarecimento, o mais recente passo em direção ao que está sendo visto como uma mudança significativa na política da Igreja Católica no assunto, foi feito durante uma entrevista para divulgar o novo livro do papa: ‘Light of the World: The Pope, the Church and the Signs of the Times’ (Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos).

O monsenhor Rino Fisichella e o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, durante entrevista nesta terça-feira (23) no Vaticano. (Foto: AP)

No livro, uma longa entrevista com o jornalista católico alemão Peter Seewald, o papa usou o exemplo de que um garoto de programa estaria justificado em usar uma camisinha para prevenir contra a transmissão da doença.

O esclarecimento foi necessário porque as versões em alemão, inglês e francês do livro usaram o artigo masculino ao se referir ao ‘garoto de programa’, mas a versão italiana usou o artigo feminino (’prostituta’).

O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse nesta terça que havia perguntado ao papa diretamente sobre isso para esclarecer seu pensamento.

‘Perguntei ao papa pessoalmente se havia uma distinção séria entre o uso do masculino ao invés do feminino e ele disse ‘não”, disse Lombardi.

‘Ou seja, a questão é que (o uso da camisinha) deveria ser o primeiro passo em direção à responsabilidade de se tornar ciente do risco à vida de outra pessoa com quem se está tendo uma relação’, disse Lombardi.

‘Se é um homem, uma mulher ou um transexual que faz isso, defendemos sempre o mesmo ponto, de que é o primeiro passo de responsabilidade para prevenir contra a transmissão de um grave risco ao outro.’

A Igreja vem dizendo há décadas que camisinhas não fazem parte da solução no combate à Aids, apesar de não existir nenhuma política formal sobre o assunto em qualquer documento do Vaticano.

No livro, o papa diz que o uso de camisinhas deveria ser visto como ‘o primeiro passo em direção à moralização’, mesmo que camisinhas ‘não sejam realmente a forma de lidar com o mal da infecção do HIV’.

O erro na tradução do livro para o italiano, cujos trechos foram divulgados pelo jornal da Santa Sé, “L’ Osservatore Romano”, se deveu a motivos de rapidez e será corrigido nas próximas edições, segundo fontes eclesiásticas.

As palavras do papa e a explicação de Lombardi -apesar de não mudarem a proibição de métodos contraceptivos pela Igreja Católica- foram bem recebidas como sendo um avanço pelos católicos liberais, ativistas contra a Aids e autoridades da saúde.

‘Pela primeira vez o uso de camisinhas em circunstâncias especiais foi apoiado pelo Vaticano e isso é uma boa notícia e um bom começo para nós’, disse Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde.

Homossexualidade

No livro, o Papa também afirma que a homossexualidade é injusta, opõe-se à vontade de Deus e é inconciliável com a vocação sacerdotal.

“Enquanto seres humanos (os homossexuais) merecem respeito (…) não devem ser rejeitados por causa disso. O respeito ao ser humano é fundamental e decisivo”, afirma ele.

“Mas isto não significa que a homossexualidade seja justa. Ela permanece como qualquer coisa que se opõe à essência mesma do que Deus quis na origem”, precisa ele.

Bento XVI exprime-se de forma mais específica no livro, considerando que a “homossexualidade não é conciliável com a vocação sacerdotal”. Senão, “correríamos um grande risco de fazer do celibato uma espécie de pretexto para fazer entrar no sacerdócio pessoas que não podem se casar”, acrescentou.

“A seleção de candidatos ao sacerdócio deve, então, permanecer muito atenta. É preciso o maior cuidado para evitar uma confusão deste tipo fazendo com que o celibato dos padres seja, por assim dizer, assimilado à tendência à homossexualidade”, concluiu ele.

A uma pergunta sobre a existência de uma homossexualidade nos “mosteiros, entre os religiosos”, que talvez não seja vivenciada ou praticada”, o papa respondeu: “as pessoas em questão devem, pelo menos tentar ativamente não se dominar por esta tendência, a fim de permanecerem fiéis à missão inerente a seu ministério”.

As palavras suscitaram a condenação da principal associação italiana de defesa dos direitos dos homossexuais, Arcigay: “os dizeres do papa humilham milhões de vidas que devem suportar diariamente discriminações”, estima em comunicado.


* Você entendeu MESMO a colocação do Papa sobre o “uso do preservativo por prostitutos”?

Artigo do Pe. Joseph Fessio, S.J., disponível em: http://blogs.reuters.com/faithworld/2010/11/23/guestview-did-the-pope-%E2%80%9Cjustify%E2%80%9D-condom-use-in-some-circumstances/


O referido Padre é fundador e editor da Ignatius Press, editora americana do livro “Luz do Mundo”.

* * *

O Papa “justifica” o uso de preservativos em algumas circustâncias? A resposta é “não”. E também não há, absolutamente, nenhuma mudança na doutrina da Igreja.

Então porque todas as manchetes dizendo que ele “aprova”, ou “permite”, ou “justifica” o uso de camisinhas em certos casos?

Essa é uma boa questão. Tão boa que o próprio entrevistador perguntou praticamente a mesma coisa durante a entrevista.

O Papa fez uma afirmação na entrevista, e tal afirmação agora vem sendo largamente citada na imprensa mundial. Imediatamente, o entrevistador, Peter Seewald, colocou essa questão: “Você está dizendo, então, que a Igreja Católica em princípio não está, de fato, se opondo ao uso de camisinhas?

O Papa esclareceu e expandiu seu raciocínio da afirmação anterior.

Então vejamos as duas declarações.

Depois de dizer que: “não podemos resolver o problema [da Aids] com a distribuição de preservativos…” e que: “a fixação exclusiva no preservativo implica uma banalização da sexualidade…” o Papa diz:Pode haver um fundamento (*) no caso de alguns indivíduos, como talvez quando um “prostituto” [homem] usa um preservativo, onde isso pode ser um primeiro passo na direção de uma moralização, uma primeira assunção [assumir] de responsabilidade, no caminho da recuperação de uma consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer o que se quer. Mas não é realmente [de fato] o caminho para lidar com o mal da infecção por HIV. O caminho só pode realmente [de fato] residir tão somente na humanização da sexualidade
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(* Nota: Na tradução que vem sendo divulgada, lê-se nesse trecho: “Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto,…”)
____

Essa é uma declaração altamente qualificada, e muito condicional. Não obstante, ela causou a pergunta de Seewald, acima mencionada. Mas vamos primeiramente olhar com mais atenção para essa declaração. O termo original em alemão para: “Pode haver um fundamento no caso de alguns indivíduos…” é: “Es mag begründete Einzelfälle geben…” A tradução para o inglês, aqui, é fiel e acurada. “Begründete” vem de “Grund” = “ground” (terra, solo, base, terreno), e significa tanto o solo onde nos pomos de pé, quanto um fundamento lógico. Há alguma ambiguidade porque esse termo poderia ter um sentido fraco de “alguma base para”, ou um sentido forte de “um fundamento lógico e ético para”. É por isso, talvez, que Seewald fez a pergunta seguite, então nos voltaremos para ela daqui a um momento.

É importante notar que há dois erros sérios de tradução na versão italiana das opiniões do Papa, versão a partir da qual muitas reportagens prévias foram baseadas, já que o embargo foi quebrado pelo jornal vaticano L’Osservatores Romano (Essa é outra questão). Em primeiro lugar, o termo alemão “ein Prostituierter“, que só pode ser um “prostituto” homem. A palavra normal do alemão para prostituta é “[eine] Prostituierte“, que é feminina, e se refere somente a uma mulher. A tradução italiana “uma prostituta” simplesmente inverteu o que o Papa disse.

Igualmente problemático, “giustificati” = justificado, foi usado na tradução italiana de “begründete”, arbitrariamente resolvendo a ambiguidade unilateralmente.

O Papa responde: Ela [a Igreja] não a considera [a camisinha] como uma solução real ou moral, mas, nesse ou naquele caso, pode haver, não obstante, na intenção de reduzir o risco de infecção, um primeiro passo em um movimento direcionado a um caminho diferente, um caminho mais humano de viver a sexualidade“.

Em primeiro lugar, uma solução que não é “moral” não pode ser “justificada”. Isso é uma contradição, e significaria que algo em si mesmo [intrinsecamente] mau poderia ser “justificado” para se atingir uma finalidade boa. Note: o conceito de “mau menor” é inaplicável aqui. Pode-se tolerar um mau menor; não se pode fazer algo que seja um mal menor.

Mas a distinção crucial aqui é entre a “intenção” do “prostituto” [homem] (qual seja: evitar infectar seu cliente), e o ato em si (qual seja: usar uma camisinha). Já que na quase totalidade das reportagens que eu li essa distinção não foi apresentada, ela pede uma alguma elaboração.

Essa distinção, na filosofia moral, ocorre entre o objeto de um ato e a intenção de um ato. Se um homem rouba a fim de fornicar, a intenção é fornicar, mas o objeto é o ato de roubar. Não há uma conexão obrigatória entre roubar e fornicar.

No caso das opiniões do Papa, a intenção é prevenir a infecção, e o objeto é o uso da camisinha.

Aqui está um exemplo dessa distinção, análogo ao que o Papa disse. Ladrões estão usando canos de ferro para atacar pessoas, e os ferimentos são graves. Alguns ladrões usam canos acolchoados para reduzir os ferimentos, enquanto ao mesmo tempo ainda conseguem debilitar as vítimas o suficiente para o assalto.

O Papa diz que a intenção de reduzir os ferimentos (no ato de roubar) pode ser um primeiro passo na direção de uma maior responsabilidade moral. Isso não justifica as seguintes manchetes: “Papa aprova canos acolchoados para o assalto”; “Papa diz que o uso de canos acolchoados é justificado em algumas circunstâncias”; “Papa permite o uso de canos acolchoados em alguns casos”.

É claro, poder-se-ia usar moralmente canos acolchoados em algumas circunstâncias, por exemplo como canos revestidos para que a água quente que corre neles não esfrie tão rápido. E poder-se-ia usar camisinhas moralmente em alguns casos, por exemplo, como balões de água. Mas isso também não justifica a manchete “Papa aprova o uso de camisinha”, embora no caso dos balões d’água isso pudesse ser verdade. Mas seria uma tentativa intencional de enganar.

Em resumo, o Papa não “justificou” o uso de camisinhas em nenhuma circunstância. E a doutrina da Igreja permanece a mesma que sempre foi – tanto antes quanto depois das declarações do Papa.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

* Filmes como Harry Potter e Crepúsculo geram interesse pelo ocultismo, adverte Bispo.


Enquanto milhões de pessoas se preparam para ver a produção “Harry Potter e as relíquias da morte. Parte 1″ e alguns críticos alertam sobre a influência nociva desta saga em crianças e jovens, o Presidente do Comitê de Assuntos Canônicos do Episcopado dos Estados Unidos, Dom Thomas Paprocki, assinalou que esta saga junto à de Crepúsculo geraram um perigoso interesse das pessoas pelo ocultismo.

Em entrevista concedida à agência Catholic News Agency, em Baltimore depois de uns dias de formação de 100 exorcistas, entre bispos e sacerdotes dos Estados Unidos, Dom Paprocki comentou que“devemos estar atentos com este tipo de temas para os jovens” já que eles e as crianças “podem ser facilmente impressionáveis”.

O também Bispo de Springfield considerou logo que “um maior perigo em nossa cultura é o fato de que as pessoas não fazem parte de uma religião organizada como antes ocorria”. No caso do cristianismo, explicou, “a religião nos une à fé em Jesus Cristo. Quando as pessoas se afastam da religião e da Igrejapodem começar a gerar sua própria espiritualidade”.

O perigo que aparece então, explicou o Bispo, é que “podem cair no ocultismo e em coisas verdadeiramente diabólicas como rituais satânicos”, o que explica nos Estados Unidos e muitos outros países o aumento de pedidos para exorcismos.

Por outro lado e em uma recente crítica à última produção da saga de Harry Potter, a Rádio Vaticano assinala que este filme “está repleto de um profundo pessimismo, de uma espessa escuridão e falta de humor. Não há brincadeiras, não existe camaradagem nem surpresas divertidas”.

No opinião da RV o filme exalta a traição, o ódio e a destruição, ante o qual é necessário “propor também de novo a confiança em si mesmo e nas próprias qualidades, mais que na mera eficácia da varinha mágica ou das poções misteriosas”.

Por sua parte o prestigioso semanário católico norte-americano Our Sunday Visitor destacava os valores das obras de Rowling, mas com claridade advertia também que apresentar a bruxaria de forma tão positiva e a magia de maneira tão encantada não pode ser considerada como favorável à visão cristã da realidade.

Os livros de Potter poderiam induzir a uma visão tolerante e favorável do New Age ou o simples esoterismo, que nos últimos tempos expõe sérios desafios ao cristianismo.

ACI
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