segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Governos Optam pela Catidade para Combater a Aids


Governos Optam pela Casitade no Combate a AIDS!

Vário governos estão descobrindo que o melhor meio de prevenir a popaulação contra o contágio da AIDS, ém a abstinência sexual.Há muito o governo dos EUA já vem optando por esta linha.Perante os delegados de 17 países que participam de uma cúpula sobre a AIDS na Africa , o Presidente da Uganda Yoweri Musevweni rejeitou a proposta de entregar preservativos nas escolas porque- afirma- isto só causará mais contágio.
Com autoridade de ser o protagonista da política mais bem sucedida na luta contra a Aids na Africa, Museveni afirmou que promovendo a abstinência o seu país reduziu a AIDS com melhores resultados que naquelas nações onde se privilegia o uso dos preservativos.
‘Para nós é inaceitável ir às escolas primárias ou secundárias e ensinar os alunos como serem promíscuos e usar Preservativos”disse Museveni.
Na cúpula, o Presidente recebeu o “Prêmio Elizabeth Glaser Pediatric Foundation leadership” pelo seu compromisso com a saúde dos menores.
Museveni assinalou que o preservativo é um “investimento perigoso” porque há indicadores que mostram que não podem bloquear certos vírus.” Deveríamos encontrar outras formas de ocupar as mentes de nossas crianças”indicou.
O Presidente indicou que as crianças devem ser educadas em como encontrar os seu companheiros de vida. ( Fonte ACI em 20/10/2004)
Pe. Thomas D. Williams,teólogo moral e reitor da Escola de Teologia da Universidade Regina Apostolorum, de Roma, e analista para assuntos do Vaticano das redes de Tv NBC News e MSNBC, em seu artirgo “ Vã Especulação – AIDS , Preservativos e a Igreja Católica,” no “National Review” Online ( www.nationalreview.com) Traz informações interessantes em relação a prevenção da AIDS na Àfrica,diz ele:
“Caso queiramos ser de fato objetivos e realistas” temos que olhar para a Uganda,o único País Africano que conseguiu abaixar substancialmente a Taxa de Infecção por HIV.Através de uma campanha intensa baseada na mensagem da Abstinência,Uganda alcançou uma redução da taxa de infecção de 29% para 4% em apenas 10 anos. Conforme disse o Cardela Sul Africano Wilfred Napire,a mensagem unificada em Uganda,começando pelo Presidente,foi “Mude o seu comportamento(...).Mude o seu comportamento.”
“Comparem o Êxito de Uganda com o Fracasso abismal da duas nações Africanas mais inundadas pelas campanhas de camisinhas,Botswana e Africa do Sul.A Africa do Sul tem sido coberta de preservativos,e sua taxa de infecção de AIDS continua na Faxa Estratosferica de 22% da população.A situação de Botswana é ainda pior,com 37% da população adulta infectada pela AIDS. O professor Norman Hearst, da Universidade da Califórnia em São Francisco,nota que em Botswana as vendas de camisinha aumentaram de 1 milhão em 1993 para 3 milhões em 2001,ao passo que a infecção pelo HIV entre mulheres grávidas em centros urbanos aumentou de 27 para 45%.Nos Camarões, do mesmo modo,venda de preservativos aumentaram de 6 milhões para 15 milhões,enquanto a prevalência da AIDS subiu de 3 para 9%”.
Além disso,apesar das acusações de que o ensinamento moral católico é a causa dos problemas da Àfrica,os fatos demostram o oposto.A Organização Mundial da Saúde coloca a cifra de Infecção pelo HIV na Swazilândia em 42,6% da População num País em que apenas 5% são católicos.De modo análogo,em Botwana, onde 37% da População Adulta está infeccionada pelo HIV,apenas 4% da população é de Católicos.Comparem esse dados com Uganda, onde 43% da população são Católicos e o número de adultos com HIV abaixou somente para 4%”.
“Para aqueles que querem fazer mais do que falar bem sobre o Problema do HIV-AIDS na Àfrica, a posição estudada da Igreja Católica merece mais que simples desprezo”.
A Secretaria de Saúde do gverno Mexicano reconheceu a eficácia da abstinência da fidelidade como método eficaz para evitar a AIDS, e aunciou que incluirá ambos os métodos na Informação que dá aos jovens sobre a prevenção de doenças sexualmente transmíssiveis e gravidezes em adolescentes.
O subsecretário de Prevenção e promoção da saúde da dependência, Maurício Hernández Àvila, declarou a imprensa que não tem contemplado promover nem distribuir massivamente preservativos porque consideram que essa estratégia, pela Organização Mundial da Saúde, não gera mudanças nas atitudes dos jovens. ( Fonte ACI – 24/01/2007)

Em uma declaração emitida em 04 de dezembro , o Embaixador da Suazilândia, nos Estados Unidos, Epharaim M. Hophe, destaca que a porcentagem de pessoas infectadas neste País Africano diminuiu graças à aplicação de uma Política que promove a abstinência. No texto emitido durante o seminário “Como o governo da Suazilândia e a crise da Aids se cruzam”,o Embaixador explicou que “ sua Majestade, o Rei Mswati III, reconheceu a profundidade do problema e está olhando a outros Países africanos como Uganda, para encontrar modelos de luta contra o HIV/AIDS, aonde a noção de “ abstinência, fidelidade e preservativos” é bastante sensata e por isso a estamos aplicando consistentemente como política”.
No caso da AIDS, o contágio de pessoas infectadas caiu de 42,6% em 2004 para 39,2% este ano.( Fonte: ACIdigital.com, 06/12/06)

PT E CRISTIANISMO, CASAMENTO IMPOSSÍVEL.


PT e Cristianismo: Casamento Impossível

Por Pe. Rodrigo Maria


Já faz algum tempo que o Partido dos Trabalhadores, o PT, tem mostrado com toda a clareza o que é, o que pensa, o que faz e o que pretende fazer. Quem possui a fé cristã, e conserva ainda que uma mínima capacidade de raciocínio, consegue perceber a total incompatibilidade entre cristianismo e petismo. Já dizia [o] Papa Pio XI que ninguém pode ser ao mesmo tempo católico e comunista, nem mesmo católico e socialista, pois os fundamentos da fé cristã e seus princípios se opõem diametralmente aos princípios das doutrinas comunista e socialista.

Basta abrir os olhos e ver o que o PT tem feito e defendido para se concluir que o pensamento e a prática desse partido são contrários à nossa fé.

O PT tem como metas e programa de governo, entre outras coisas:

a legalização do aborto;

o "casamento" de homossexuais;

a liberalização da maconha e outras drogas;

a criminalização da "homofobia". (Uma pessoa que fale contra o homossexualismo poderá ser presa)

Tudo isso, sem contar a aprovação em 2005 da Lei de Biossegurança, que foi sancionada pelo presidente Lula, que permite a destruição de embriões humanos, a pretexto de se fazer pesquisas científicas, reduzindo o ser humano a uma cobaia ou rato de laboratório. Sem contar ainda, toda a já comprovada roubalheira deste governo petista que armou o maior e mais vasto sistema de corrupção que já existiu na história do Brasil.

Por tudo isso, não é possível ser católico e petista ao mesmo tempo, como não é possível ser católico e ateu ao mesmo tempo, como não é possível ser católico e macumbeiro ao mesmo tempo… Pois ninguém pode servir a dois senhores. Um católico que queira ser coerente com sua fé não pode se filiar, votar ou apoiar este partido e quem quer que seja que por ele se candidate ou nele permaneça, pois todas essas idéias e ações não são o pensamento de um ou outro petista, mas sim o ensinamento e o programa do partido. Se alguém diz ser contrário ao aborto, ao casamento de homossexuais e [à] liberação da maconha, por uma questão de coerência e princípio deve abandonar o PT e/ou partidos similares, que levantam estas bandeiras, pois se aí permanece, prova que compartilha as mesmas metas por conivência ou é um oportunista.

O que realmente comprova que um católico é fiel a Cristo, e à Santa Igreja nos assuntos acima referidos[,] é defender a vida de maneira incondicional, e jamais fazer parte [de] ou permanecer em uma organização ou partido que sejam contrários a quaisquer princípios da fé que professamos.

Muitos políticos, militantes e simpatizantes do petismo ou de partidos comunistas, alegam a sua presença ou apoio a este partido citando o apoio direto ou indireto de alguns padres ou bispos a esse partido. A esses devemos lembrar sempre a palavra de Nosso Senhor que diz que um cego não pode guiar outro cego. Se há padres ou mesmo bispos mal orientados que[,] em contradição com os ensinamentos de Cristo e da Igreja, assumem uma atitude de apoio a partidos abortistas e gaysistas, nós em consciência não devemos neste ponto segui-los, pois[,] como dizia o Papa João Paulo II, um cristão não pode ser favorável ao aborto de nenhum modo, nem apoiá-lo pelo seu voto, ajudando a elevar ao poder um partido contrário à vida.

O petismo e o comunismo em geral são quase uma religião que em suas premissas se opõem ao cristianismo. Não se pode apoiar o projeto deste partido a pretexto das coisas boas que faz ou diz fazer, uma vez que nega às crianças por nascer o mais fundamental dos direitos, que é o direito à vida, e atenta contra a sacralidade da família, defendendo o gaysismo e "uniões alternativas", querendo equipará-las à família criada e santificada por Deus.

Se alguém, apesar de estar consciente de tudo isso, quiser ficar ou apoiar o PT ou candidatos pertencentes a esse partido, deveria ao menos ter a [h]ombridade de rasgar o batistério e deixar a Igreja de Cristo em paz.


Pe. Rodrigo Maria
Extraído de http://www.deuslovult.org/2009/10/07/pt-e-cristianismo-casamento-impossivel/
Fonte: Jornal "A Jesus por Maria - Carta Circular aos amigos da Arca nº 8" - Set/2009
Fraternidade Arca de Maria]

Vale lembrar que a Igreja Católica não tem Partido Político, ela tem sua Doutrina Social, do qual os partidos políticos deveria conhecer e colocar em prática,hoje é preciso dizer que os católicos jamais deveriamos apoiar partidos que defende Aborto e casamento Gay, não somente o PT,mas todos os outros que em sua cúpula Nacional tem projetos de apoiar ABORTO , CELULAS EMBRIONÁRIAS.EUTANASIA,CASAMENTO GAY ETC... irmãos oremos para que a Cultura da morte de lugar a cultura da vida nos partidos políticos...
Paz de Jesus Eudes





sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crepusculo Já ouviu falar!


Crepúsculo.Já ouviu falar?
Numa noite de verão de junho de 2003, enquanto dormia com o marido e os três filhos em sua casa no subúrbio de Phoenix, nos Estados Unidos, Stephenie Meyer, então com 29 anos, sonhou com o encontro romântico entre uma adolescente e um vampiro num anoitecer chuvoso.Na manhã seguinte, segundo seu relato, deixou de ser uma típica dona de casa para se tornar escritora.
Em três meses, escreveu as 416 páginas de “Crepúsculo”, primeiro de quatro volumes da saga, maior fenômeno literário desde Harry Potter,o “menino Bruxo.”
Nos livros da saga, a fórmula de Stephenie é converter histórias de terror em romances adocicados. Seus vampiros não tem dentões pontiagudos, não mordem e não há sangue no canto da boca. A ação é desacelerada para dar lugar ao drama humano que conduz à narrativa. Tudo apimentado pela tensão erótica velada entre os dois personagens.
Os livros da Série “Crepúsculo” já venderam mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo, com traduções em 37 línguas diferentes.
Assim como a saga Harry Potter, Crepúsculo também tem como inspiração o ocultismo e têm atingido uma quantidade enorme de adolescentes, principalmente garotas.
Esse fenômeno nos deixa reflexivo:
O fato de uma obra que mexe com o sobrenatural fazer tanto sucesso revela o que nós já sabemos: os jovens têm sede de Deus, embora procurem em locais tão variados, como as drogas, participação em tribos exóticas ou leituras como essa;
Por outro lado percebe-se a superação da fronteira que antigamente existia entre o bem e o mal, aquela fronteira que tínhamos de forma mais ou menos clara quando éramos crianças, que nos protegia, mesmo que mais por medo do que por convicção cristã.
O relativismo tem esvaziado o sentido da verdade e tem conduzido a juventude a buscar experiências esvaziadas de sentido “mas que emocionam” e que prendem pelo suspense e aventura.
É verdade que a grande maioria não vê nenhum problema em uma obra de ficção que tem como personagem um “vampiro”, até porque, como ouvi em recente pregação sobre o assunto de algumas jovens, que me cercaram pós ensino: ”Vampiro não existe… é só um romance… todo mundo tá lendo…”
A autora é americana, mórmon, casada com um pastor desta denominação não cristã.
Sua a obra é mais uma que vai na mesma direção de negar o mal do ocultismo esvaziando-o de religiosidade e apresentando personagens simbolicamente e culturalmente associados a ocultismo, como vampiros e lobisomens, quase humanos, que interagem com personagens normais e que amam!
Na pregação citada acima, perguntei aos jovens se eles sabiam quem eram os vampiros e a maioria não sabia.
Perguntei-lhes porque os vampiros não suportam a luz nem símbolos cristãos como o crucifixo, porque dormem de dia e saem só à noite. Porque dormem em caixões mortuários. Nenhum sabia.
Na verdade a obra procura “revisar” todo o significado do vampirismo já que apresenta vampiros “vegetarianos”,que se alimentam só de sangue animal,não humano,apesar de na obra existirem vampiros que se alimentam de sangue humano,dando a entender que existem vampiros “bons”,que “se controlam.”Também procura retirar a conotação religiosa,não fazendo menção de crucifixos.No filme,por exemplo,se vê que na casa dos vampiros vegetarianos tem uma cruz,dentro da casa,bem grande como que a mostrar que esse tipo de antagonismo deixou de existir,o ator principal do filme vive em crise de identidade,sentido-se “assassino”por ter outrora matado para se alimentar…Os vampiros do “crepúsculo” tem até crise de consciência.
Pela perca do sentido da fé isso não tem nenhuma importância para a maioria dos jovens.
Além da fé,também a perca ou desconhecimento da realidade espiritual por detrás de temas como este.(confira Efésios 6,10)
Não faz muita diferença que existam tribos de jovens identificados com os vampiros, aqui em Fortaleza, já abordados e evangelizados por nós aqui do Shalom,
Que existem hoje especialistas em vampiros” veja:http://www.contonoturno.hpg.com.br/entrevista/robertogoldkorn.html;
Que, paralelamente a compreensão sensata de que, de fato os vampiros sejam figuras mitológicas, no entanto existe também de fato o tal do “vampirismo real”, feita por pessoas que “se descobrem vampiros”, que gostam de sangue.. E o bebem!!
Se tiver estômago, coloque no Google “vampirismo real” e encontrará 808 mil respostas! É inacreditável porém REAL ! se quiser ler algum link,Prepare-se!
Esse “glamour” por vampiros é Demoníaco e um jovem verdadeiramente cristão não pode nem deve perder seu tempo lendo “Crepúsculo”, embora não exista nada demais em ler algumas obras de ficção, desde que fique clara a separação da verdade e da mentira e que não mexam com realidades associadas ao Mal, de forma tão explicita ou não neguem positivamente os valores de nossa cultura cristã.
A visão mais antiga dos vampiros, no nosso tempo de criança, era mais” honesta”, pois falava dessas figuras míticas, morando em castelos europeus, (hoje eles são americanos, “filhos” da matriz cultural do mundo, exportadora de Halloweens e conceitos anti evangélicos) eram seres malignos, porém sempre derrotados no final, pela força da cruz ou da estaca no peito. Tínhamos medo! Os vampiros de hoje, pelo menos os da TV e cinema não geram medo. Não são maus…
O problema de obras como essa e como Harry Potter é o rompimento da luz e das trevas. Não existe mais a separação do mundo sobrenatural e natural, tudo é uma coisa só; verdade e mentira não existem, é minha “crença e o uso desta crença ”que faz as coisas serem boas ou más.No Crepúsculo convivem com tensão os vampiros que se alimentam de sangue animal e vampiros que se alimentam de seres humanos.O alimento muda mas a essencia é a mesma.
No caso do Harry Potter, por exemplo, os seus defensores dizem que a bruxaria no filme tem dois lados e que a questão não é a bruxaria, mas é o uso da bruxaria que a torna boa ou má, esquecendo que a bruxaria, intrinsecamente é um conceito mau, anti evangélico, mesmo que se tenha a intenção de usá-la para o bem, já que, sabemos, o fim bom não justifica o uso de um meio mal.
Crepúsculo é apresentado dentro de um romance, muito bem escrito, que enriquece a autora e empobrece os leitores. A luz e as trevas são uma coisa só, não existe mais a fronteira definida, fundamental para um posicionamento critico e cristão.
É engraçado que para o mundo de hoje ter conceito sobre a verdade e mentira é visto sempre como um sinal de “pré “conceito ou exagero. Em um mundo onde a “verdade” vai para um lado a outro segundo as conveniências,ter firmeza de opinião é ser “fanático”.
Na realidade, como cristãos, precisamos ter conceitos definidos e claros, alicerçados na revelação, nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja. Não podemos ser vítimas fáceis das modas de “Potter´s” - já sendo esquecido, porém deixando o rastro de abertura para “Crepúsculos e afins”..
Talvez até, para quem nos ler, o assunto “vampirismo” pareça marginal, mas, faça uma experiência e coloque no Google a palavra “vampiro” e você verá três milhões e oitocentos mil resultados de busca com essa palavra. Se somar “vampiros reais” com “vampiros imagens” teremos mais de seis milhões de resultados …O termo “vampiro” tem mas resultados no Google do que o termo “Jesus Cristo”,com três milhões trezentos e quarenta mil !!
E nossos jovens, o que fazer?
Bem.. Eles estão à procura.. são belos em sua busca da verdade,precisam que lhes apresentem Jesus Cristo,como resposta para os seus anseios de eternidade e de sentido.
São pegos pela cultura circundante, que os atingem no vazio da ausência de formação cristã; de nossas famílias que pecam pela ignorância e de nossa incapacidade de acompanhar “as novidades”, não tão novas assim, deste mundo, que continua indo desorientado em busca da verdade.


Porque será que perdemos tanto tempo em ler coisas que não nos edifica como ( harry Potter, anjos e demonios, Crepusculo) e não lemos as coisas de Deus... Queridos irmãos conhecereis a verdade e a verdade vos libertará( João 8,32) vamos ler a palavra de Deus e descobrir a maravilha que ela é na nossa vida, e parar de ficar perdendo tempo com tudo que a nova era vem ensinado, infelizmente Crepusculo é mais uma artimanha do Diabo de mostrar o Mal como se fosse bem,e isso está Atraindo as pessoas,Harry POtter usa a Magia branca para derrotar a Magia Negra, e nós catolicos precisamos saber que a Magia é diabolica independente se é branca ou Negra leia na Palavra( Deuteronomio 18,9-13 Atos 19,18-20) A paz de Jesus para Vocês

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Confessar com Padre é bíblico?

PROTESTANTE PERGUNTA SOBRE O SACRAMENTO DA CONFISSÃO

Protestante pergunta: Confissão dos pecados aos padres, 1215 D.C. Onde diz nas escrituras que homens pecadores podem perdoar pecados de outros pecadores?

Jesus disse que não iria abolir a Lei, mas levá-la à perfeição (cf. Mt 5,17). Logo os sacramentos que existiam na antiga Lei não deveriam ser abolidos, mas deveriam chegar à perfeição com o advento de Cristo. As prescrições da Lei Mosaica sobre o perdão dos pecados, encontraram sua perfeição no sacramento da Confissão, ou reconciliação como era chamado por S. Paulo (cf 2 Cor 5,18).

Quem perdoa os nossos pecados é Deus. Mesmo nas várias prescrições de sacrifícios para perdão dos pecados que havia na antiga Lei, não era o sacerdote que os perdoava. Ele oferecia os sacrifícios a Deus, pois somente Deus é quem conferia o perdão deles. Desta forma, os judeus não pensavam que quem perdoava seus pecados era o sacerdote, pois sabiam muito bem que era Deus.

Tanto é, que na controvérsia com Cristo sobre este tema, os fariseus declararam sem titubear: "Quem pode perdoar pecados senão unicamente Deus?" (cf. Lc 5,21). Disseram isto, embora os sacrifícios para reparação do pecado fossem oferecidos pelo sacerdote levita.

Nesta mesma controvérsia, Jesus prova aos fariseus que possui toda autoridade para perdoar os pecados dos homens:

"Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, replicou-lhes: Que pensais nos vossos corações? Que é mais fácil dizer: Perdoados te são os pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados (disse ele ao paralítico), eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. No mesmo instante, levantou-se ele à vista deles, tomou o leito e partiu para casa, glorificando a Deus" (Lc 5,22-25).

O mesmo Cristo que provou ter autoridade para na terra perdoar os pecados dos homens, conferiu esta mesma autoridade aos seus apóstolos:

"[Após aparecer ressuscitado, Jesus] Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20,21-23).

S. Tiago Menor em sua epístola universal escreveu:

"14. Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. 15. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados. 16. Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia" (Tg 5,14-16).

O apóstolo refere-se primeiro aos “sacerdotes da Igreja”, isto é, aqueles que receberam o sacramento da ordem, e por isso participam do sacerdócio ministerial de Cristo (os protestantes dizem que só existe no NT o sacerdócio régio de todos os fiéis, então porquê S. Tiago se refere aos sacerdotes da Igreja?). Depois nos ensina o S. Tiago “confessai os vossos pecados uns aos outros”, isto é, devemos confessar nossos pecados aos sacerdotes, que o fazem in persona Christi (na pessoa de Cristo).

Colocando o ano de 1215 na pergunta o autor sugere que somente no séc. XIII a Igreja tenha instituído a confissão.

A prática da Igreja e a fé no sacramento da confissão é tão antiga, que no século III um grupo comandado por um presbítero romano, chamado Novato, ensina que o pecado só pode ser perdoado uma única vez e somente no batismo. Este grupo é chamado de novacianos ou rigoristas. Tiveram muita influência até o século IV.

S. Ambrósio (pai espiritual de S. Agostinho) lhes opõem firmemente e em aproximadamente 370 d.C escreve seu tratado Sobre a Penitência, contra os ensinamentos de Novato. Vejamos alguns trechos:

"Dizem eles [os hereges novacianos], porém, que prestam reverência ao Senhor, o único a quem reservam o poder de remir os crimes. Pelo contrário, ninguém lhe faz maior injúria do que aqueles que querem anular seus mandamentos, rejeitar o encargo que lhes foi confiado. Pois se o próprio Senhor Jesus diz em seu Evangelho: 'Recebei o Espírito Santo, e a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados, e a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos'(Jô 20,22-23). Quem é que o honra mais: aquele que obedece a seus mandamentos ou aquele que resiste a eles?"(Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 2,6. 370 DC).

"Que sociedade podem então ter contigo [Jesus] estes que não aceitam as chaves do Reino (cf. Mt 16,19), ao negarem que devem perdoar os pecados?" (Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 7,32. 370 DC).

"É certamente isto que eles [os novacianos] confessam a seu próprio respeito e com razão; de fato, não podem ter a herança de Pedro aqueles que não tem a cátedra de Pedro, a qual despedaçam com uma ímpia divisão. Contudo, é sem razão que negam também que na Igreja os pecados possam ser perdoados"(Santo Ambrósio de Milão, Sobre a Penitência 7,33. 370 DC).

As controvérsias entre os novacianos e católicos, mostram a realidade da prática e da fé no Sacramento da Confissão já nos primeiros séculos. Se fosse novidade do séc. XIII, Novato não se oporia a ela e nem S. Ambrósio precisaria defendê-la.

Lutero com a sua “reforma” não aboliu o Sacramento da Confissão. A abolição total deste Sacramento veio por “reformas” de outros pseudo-homens de Deus. Entre os protestantes, somente os luteranos e anglicanos (protestantes históricos) conservam a observância do Sacramento da Confissão.

E você ficará com a perene doutrina católica ou com a sempre mutável doutrina protestante?

Confissão na Tradição da Igreja

CONFISSÃO, PENITÊNCIA E RECONCILIAÇÃO

INTRODUÇÃO

A penitência é "um Sacramento da Nova Lei, instituída por Cristo, em que é outorgado o perdão dos pecados cometidos após o Batismo, através da absolvição concedida pelo sacerdote àqueles que com verdadeiro arrependimento confessam seus pecados e prometem oferecer a satisfação pelos mesmos. É chamado 'Sacramento' e não uma simples função ou cerimônia, pois é um sinal interno instituído por Cristo para transmitir graça à alma. Como sinal externo, compreende as ações do penitente ao se apresentar ao sacerdote e acusar os seus pecados, além das ações do sacerdote ao pronunciar a absolvição e impor a satisfação"[1].

É importante notar que "a confissão não é realizada no segredo do coração do penitente, nem tampouco [confessado] a uma pessoa comum, tal como um amigo ou confidente, nem mesmo a um representante da autoridade humana, mas sim a um sacerdote devidamente ordenado com a jurisdição requerida e com o poder das chaves, isto é, o poder de perdoar os pecados, que Cristo outorgou à Sua Igreja"[2].

As finalidades do presente estudo consistem em aprofundarmos na fundamentação bíblica e histórica deste Sacramento e analisarmos à luz desta evidência os erros introduzidos na raiz da Reforma Protestante, como também as distorções históricas efetuadas pelas denominações surgidas a partir de então, a ponto de se converter em uma "história alternativa" totalmente diferente da real.

O FUNDAMENTO BÍBLICO

A faculdade que a Igreja tem para conceder em nome de Deus o perdão dos pecados provém do próprio Cristo, que conferiu esta faculdade aos seus Apóstolos quando disse-lhes: "A paz esteja convosco. Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". Após dizer isto, soprou sobre eles e lhes disse: "Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, estes serão perdoados. Aqueles a quem os retiverdes, estes serão retidos"(João 20,19-22]. Disse ainda a Pedro: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; e o que desligares na terra será desligado nos céus"[4]; e também aos Apóstolos: "Eu vos asseguro: tudo o que ligares na terra será ligado no céu; e tudo o que desligares na terra será desligado no céu"[5].

O significado de ligar e desligar não se limita à autoridade de definir o que é lícito e o que não é no tocante a doutrina, mas também a faculdade de conceder o perdão dos pecados, já que o poder outorgado aqui não é limitado: "TUDO o que ligares", "TUDO o que desligares". Esse poder, por sua vez, é confirmado explicitamente por Cristo ao permitir ou reter os pecados.

OBJEÇÕES PROTESTANTES

Existem diversas objeções da parte das diferentes denominações protestantes acerca do Sacramento da Penitência. O Protestantismo em geral declara que não é necessária a intervenção humana para que Deus perdoe o pecado e que este deve ser confessado em particular apenas [e diretamente] para Deus.

Um exemplo que retirei do "Manual Prático para a Obra do Evangelismo Pessoal" afirma: "Não encontramos nas Santas Escrituras nenhuma linha que ordene ao Cristianismo confessar seus pecados diante de um homem"[6].

Outro exemplo encontramos nos comentários de um dos numerosos apologistas protestantes da Internet, que escreve mais com paixão do que com sabedoria:

"Jesus Cristo admitiu implicitamente que o único que perdoa os pecados é Deus (Marcos 2:7 e Lucas 5:21). E o próprio apóstolo João afirma que Deus é fiel e justo para perdoar os pecados: 'Se confessamos nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e limpar-nos de toda maldade' (1João 1:8-9). Nem neste texto, nem em nenhum outro da Escritura, está registrado que algum apóstolo atuou como confessor ou absolveu os pecados de algum cristão"[7].


CONFISSÃO

Esta espécie de objeção comete o erro de confundir QUEM concede o perdão (Deus) com o MEIO que Deus utiliza para administrá-lo (o sacerdote). O texto bíblico acima citado não contradiz a confissão dos pecados perante o sacerdote ou a Igreja, mas o deixa implícito (parte de algo que já se sabia - que à Igreja foi outorgada a faculdade de perdoar os pecados - para nos dar a entender que Deus é fiel e justo para perdoar aquele que reconhece suas faltas). Isto se torna mais claro quando analisamos o contexto inteiro. O versículo anterior diz: "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos", que complementa o seguinte: "[porém] se reconhecemos os nossos pecados, fiel e justo é Ele para nos perdoar". O texto é em si uma exortação ao reconhecimento das próprias faltas (ao invés de negá-las) e nunca uma desculpa ou aval para confessarmos os nossos pecados diretamente a Deus.

Também é incorreto afirmar que Cristo admitiu que apenas Deus perdoa o pecado. A Escritura assinala que Ele tem a faculdade para fazê-lo, sem entrar em polêmica sobre a sua divindade: "Pois para que saibais que o Filho do Homem tem poder na terra para perdoar os pecados"[8]. A seguir prova, através de um milagre físico (o sinal externo da cura do paralítico), o que é um verdadeiro milagre espiritual (a realidade interna do perdão do pecado). Por fim, na conclusão deste ensinamento, nos é declarado: "E ao ver isto, as pessoas temiam e glorificavam a Deus por ter dado tal poder aos homens"[9]. É óbvio que isto não se referia à saúde física, que era a prova tangível de um milagre muito mais portentoso, mas ao milagre em si da cura espiritual do enfermo mediante o perdão dos pecados. E mesmo que Cristo, nesse momento, quisesse reconhecer tal fato implicitamente (coisa que não admitimos), isto tampouco impediria que Cristo pudesse posteriormente transmitir esse poder aos seus Apóstolos, como está firmemente atestado na Escritura.

Tampouco é certo que nenhum Apóstolo ou outro discípulo tenha atuado de confessor, ou de que inexiste na Escritura a menção de confessar os pecados a algum homem. Existem referências bíblicas explícitas que jogam por terra essas afirmações, demonstrando que os pecadores arrependidos não se limitavam a uma confissão interior. O Evangelho de Marcos narra como aqueles que procuravam João Batista para ser batizados lhe confessavam os seus pecados: "Acudia a ele gente de toda a região da Judéia e de toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando seus pecados"[10]. O mesmo se afirma daqueles que, ao converterem-se, acudiam aoshttp://blog.cancaonova.com/padresilvioandrei Apóstolos:"Muitos dos que haviam crido vinham confessar e declarar suas práticas"[11]. Há evidência também de que o pecador não apenas devia confessar o seu pecado a Deus, mas também à Igreja: "Confessai, pois, mutuamente os vossos pecados e orai uns pelos outros, para que sejais curados"[12].

Mesmo que não vejamos nestes textos uma confissão auricular tal como a conhecemos hoje, podemos constatar dois fatos chaves: Cristo concedeu aos Apóstolos a faculdade de perdoar pecados e o pecador não se limitava à confissão interior. Como poderiam os Apóstolos perdoar pecados secretos a menos que os fiéis os confessassem?

É incorreta também a objeção de que quando na Escritura se ordena confessar os pecados estaria se referindo a pedir perdão aos irmãos que ofendemos. Ainda que uma ofensa seja pecado, nem todos os pecados são ofensas ao próximo. Tal reducionismo seria distorcer o significado real e completo do texto.

Quando a Escritura fala de confissão dos pecados, não se refere a pedir perdão a algum irmão por tê-lo ofendido. Compare-se este entendimento com Marcos 1,5: "Acudia a ele gente de toda a região da Judéia e de toda Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando seus pecados". Deveríamos interpretar que toda a gente da Judéia e Jerusalém teriam ofendido João Batista? Se o aplicarmos a Atos 19,18, "Muitos dos que haviam crido vinham confessar e declarar suas práticas", deveríamos interpretar que todos os novos convertidos teriam ofendido os Apóstolos? Note que o texto aqui é particularmente claro, porque fala de confessar e declarar "suas práticas", não suas ofensas. Recordemos também que o primeiro ofendido por nossos pecados é Deus, pois todo pecado é primeiramente uma violação da justiça divina.

EVIDÊNCIA DA RECONCILIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

A realidade sacramental da Igreja é precedida na história por seu modelo profético: a Lei Mosaica. Nela vemos (Levítico, capítulos 4 e 5) que Deus exigia um sacrifício cerimonial pelos pecados ofendidos. O sacrifício se realizava no Tabernáculo (posteriormente no Templo) e diante dos sacerdotes, o que em si era uma admissão pública do pecado. O exercício destas cerimônias não apenas era público, como também ensinava ao povo a inevitável conseqüência do pecado: a morte. O animal que era sacrificado morria em lugar do pecador. O modo de execução desses sacrifícios era inevitavelmente um equivalente ao Sacramento da Reconciliação, em que tanto o sacerdote quanto o fiel tinham [e têm] uma participação claramente definida.

"Se for alguém do povo quem pecou involuntariamente, cometendo uma ação proibida por um mandamento do Senhor, tornando-se assim culpado, trará para sua oferta uma cabra sem defeito, pela falta cometida, logo que tiver tomado consciência de seu pecado. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará no lugar onde se imolam os holocaustos. Em seguida, o sacerdote, com o dedo, tomará o sangue da vítima, e pô-lo-á sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto ao pé do altar. Tirará toda a gordura, como se fez no sacrifício pacífico, e a queimará no altar, como agradável odor ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação por esse homem, e ele será perdoado. Se for um cordeiro que oferecer em sacrifício pelo pecado, oferecerá uma fêmea sem defeito. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará em sacrifício de expiação no lugar onde se imolam os holocaustos. Em seguida, com o dedo, tomará o sacerdote o sangue da vítima oferecida pelo pecado, e o porá sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto do sangue ao pé do altar. Tirará toda a gordura como se tirou a do cordeiro do sacrifício pacífico, e a queimará no altar, entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação pelo pecado cometido por esse homem, e ele será perdoado" (Levítico 4,27-35).


EVIDÊNCIA HISTÓRICA

Existe uma grande variedade de distorções históricas acerca do Sacramento da Penitência entre as denominações protestantes. Algumas vêem a confissão auricular (componente importante do Sacramento) como uma invenção do segundo milênio. Um exemplo deste tipo de distorção encontramos no "Manual Prático para a Obra do Evangelismo Pessoal", acima citado, que a este respeito afirma:

"A confissão auricular aos sacerdotes foi oficialmente estabelecida na Igreja Romana no ano de 1215. Mais tarde, no Concílio de Trento, em 1557, foram pronunciadas maldições para aqueles que leram a Bíblia o suficiente para deixar de lado a confissão auricular"[13].


É importante esclarecer que as definições dogmáticas dos Concílios não podem ser interpretadas como se estivessem de alguma maneira introduzindo uma nova doutrina [na Igreja]. Estas são expedidas quando alguma verdade fundamental é questionada ou necessita ser definida claramente para o bem dos fiéis.

É importante esclarecer ainda que a confissão auricular, com o passar do tempo, se desenvolveu em sua forma exterior até atingir a forma como a conhecemos hoje. Mas veremos que sua essência encontra-se no fato reconhecido da reconciliação do pecador se dar por intermédio da autoridade da Igreja. E esse fato faz parte do legado da Igreja, existindo desde o momento em que Cristo outorgou referido poder aos Apóstolos. Comprovaremos que a disciplina penitencial, inclusive a confissão dos pecados diante do sacerdote e da Igreja, existe deste a Era Apostólica.

Examinemos a Didaqué (redigida entre 60 e 160 d.C.), considerada um dos mais antigos escritos cristãos não-canônicos e que pode anteceder boa parte dos escritos do Novo Testamento, já que estudos recentes apontaram que a data possível de sua composição é anterior ao ano 160 d.C. Trata-se de um excelente testemunho do pensamento da Igreja primitiva. Referido documento é insistente em exigir a confissão dos pecados antes do recebimento da Eucaristia:

"Na reunião dos fiéis, confessarás os teus pecados e não te aproximarás da oração com má consciência"[14].


Na Didaqué temos, então, um antiquíssimo testemunho histórico que se opõe à posição protestante de confessar os pecados diretamente a Deus.

O TESTEMUNHO DE ORÍGENES (185-254 D.C.)

Orígenes foi Padre da Igreja, teólogo e comentarista bíblico. Viveu em Alexandria até o ano de 231 d.C., passando os últimos vinte anos de sua vida em Cesaréia Marítima, na Palestina, e viajando pelo Império Romano. Foi o maior mestre da doutrina cristã de sua época e exerceu uma extraordinária influência como intérprete da Bíblia.

Orígenes afirma que após o batismo há meios para se obter o perdão dos pecados cometidos, entre eles, enumera a penitência:

"Além destas três, há ainda uma sétima [razão], embora dura e trabalhosa: a remissão dos pecados através da penitência, quando o pecador lava seu travesseiro com lágrimas, quando suas lágrimas são seu sustento dia e noite, quando não pára de declarar seu pecado ao sacerdote do Senhor, nem deixa de buscar o remédio, à maneira de quem diz: 'Diante do Senhor acusarei a mim mesmo quanto as minhas iniqüidade e Tu perdoarás a deslealdade do meu coração'"[15].


Com efeito, Orígenes admite uma remissão dos pecados através da penitência e confissão diante de um sacerdote. Afirma também que é o sacerdote quem decide se os pecados devem [ou não] ser confessados em público:

"Observa com cuidado a quem confessas os teus pecados; põe à prova o médico para saber se é enfermo com os enfermos e se chora com os que choram. Se ele crer necessário que teu mal seja conhecido e curado em presença da assembléia reunida, segue o conselho do médico especialista"[16].


Também reconhece que todos os pecados podem ser perdoados:

"Os cristão choram como [chorariam pelos] mortos aos que se entregaram à intemperança ou cometeram qualquer outro pecado, pois se perderam e morreram para Deus. Porém, se dão provas suficientes de uma sincera mudança de coração, são admitidos novamente no rebanho após transcorrer algum tempo - depois de transcorrer um intervalo maior que quando são admitidos pela primeira vez -, como se tivessem ressuscitado de entre os mortos"[17].


DECLARAÇÕES DE TERTULIANO [220 D.C]

Estritamente falando, Tertuliano não é considerado um Padre da Igreja, mas um apologeta e escritor eclesiástico, já que no final de sua vida caiu em heresia, abraçando o Montanismo. Contudo, foi muito lido antes de ter abandonado a Igreja Católica. Tanto em seu período ortodoxo quanto em seu período herético, encontramos em Tertuliano um testemunho ímpar sobre a prática primitiva da penitência na Igreja.

Tertuliano, quando escreve "De Paenitentia" (cerca do ano 203 d.C., ainda católico), fala de uma segunda penitência que Deus"colocou no vestíbulo para abrir a porta aos que batem, porém apenas uma única vez, já que esta é, na verdade, a segunda vez"[18].

Nos textos de Tertuliano se vê um entendimento cristalino de como o fiel que caiu no pecado após o batismo tem necessidade do Sacramento da Penitência e expressa o temor de que este seja mal compreendido pelos débeis, como um meio para continuar pecando e obter novamente o perdão:

"Ó, Jesus Cristo, Senhor meu! Concede aos teus servidores a graça de conhecer e aprender da minha boca a disciplina da penitência, porém no tanto quanto lhes convém e nunc penitência, que se guarda como reserva, pareça sugerir que existe todavia um tempo em que se possa pecar"[19].

a para pecar. Em outra palavras, que após [o batismo] não precisem conhecer a penitência, nem pedí-la. Me repugna mencionar aqui a segunda, ou melhor dizendo neste caso, a última penitência. Temo que, ao falar do remédio da

Tertuliano fala de "pedir" a penitência, descartando a possibilidade de ser limitada a uma confissão direta com Deus. Isto é explicado detalhadamente por Tertuliano quando afirma que para alcançar o perdão o penitente deve se submeter à ?ξομολ?γησις, isto é, à confissão pública, e adicionalmente cumprir os atos de mortificação (capítulos 9 a 12).

O testemunho de Tertuliano prova ainda que a penitência terminava tal como hoje em dia, com uma absolvição oficial, após o pecado ter sido confessado:

"Evitam este dever como uma revelação pública de suas pessoas ou que o diferem de um dia para outro (...) Por acaso é melhor ser condenado em segredo do que perdoado em público?"


No capítulo 12, fala da eterna condenação que sofrem aqueles que não quiseram fazer uso desta segunda "planca salutis".

Em seu período montanista, Tertuliano nega à Igreja o poder de perdoar os pecados graves (adultério e fornicação), afirmando que tal [espécie de] perdão só foi recebido por Pedro, mas que ele não o transmitiu à Igreja. As razões desta negativa não são, porém, as razões dos protestantes de hoje em dia, mas sim o caráter rigoroso da doutrina montanista, que afirmava que esses pecados [graves] eram imperdoáveis.

Assim retrata o escrito que ele mesmo escreveu, "De Pudicita" (="Sobre a Modéstia"), quando foi impelido a enfrentar um bispo que faz referência ao "Pontifex Maximus" e "Episcopus Episcoporum" (muito provavelmente o Papa Calixto), em virtude de um edito em que escreveu: "Perdôo os pecados de adultério e fornicação àqueles que cumpriram penitência", confirmando assim o poder da Igreja de perdoar os pecados, ainda quando se trate de adultério e fornicação. Este edito é outra evidência da posição oficial da Igreja, que tem consciência do poder recebido de Cristo para outorgar o perdão dos pecados.

Tertuliano deixa assim o seu testemunho hostil sobre a prática da Igreja pré-nicena:

"E desejo conhecer teu pensamento, saber qual fonte te autoriza a usurpar este direito para a Igreja. Sim, porque o Senhor disse a Pedro: 'Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; eu te dei as chaves do reino dos céus', ou melhor, 'tudo o que desligares sobre a terra, será desligado; tudo o que ligares, será ligado'. Tu logo presumes que o poder de ligar e desligar veio até ti, ou seja, a toda Igreja que está em comunhão com Pedro. Que audácia a tua, que pervertes e mudas inteiramente a intenção manifesta do Senhor, que conferiu este poder pessoalmente a Pedro!"[20].


REGISTRO DE SÃO CIPRIANO (258 D.C.)

São Cipriano nasceu por volta do ano 200, provavelmente em Cartago, de família rica e culta. Dedicou-se, durante a juventude, à retórica. O desgosto que sentia diante da imoralidade dos ambientes pagãos, contrastado com a pureza de costumes dos cristãos, o induziu a abraçar o Cristianismo por volta do ano 246 d.C. Pouco depois, em 248 d.C., foi eleito bispo de Cartago.

São Cipriano é um claro expositor da consciência da Igreja de ter recebido de Cristo o poder de perdoar os pecados. Combate assim a heresia de Novaciano, que negava que houvesse perdão para aqueles que durante a perseguição tinham renegado a fé (os "lapsi"). Assim, em "De Opere et Eleemosynis", afirma que aqueles que pecaram após ter recebido o batismo podem novamente obter o perdão, qualquer que seja o pecado.

Também deixa um claro testemunho do dever de confessar o pecado enquanto houver tempo e enquanto esta confissão puder ser recebida pela Igreja:

"Vos exorto, irmãos caríssimos, que cada um de vós confesse o seu pecado, enquanto o pecador viver ainda neste mundo, ou seja, enquanto sua confissão puder ser aceita, enquanto a satisfação e o perdão outorgado pelos sacerdores puderem ser agradáveis a Deus"[21].


ENSINO DE SANTO HIPÓLITO MÁRTIR (~235 D.C.)

O lugar e a data de seu nascimento nos são desconhecidos, ainda que se saiba que foi discípulo de Santo Ireneu de Lião. Seu grande conhecimento da filosofia e mistérios gregos, sua própria psicologia, indica que procedia do Oriente. Até o ano 212 d.C. era presbítero em Roma, onde Orígenes, durante sua viagem à capital do Império, o ouviu pronunciando um sermão.

Em relação ao problema da readmissão na Igreja daqueles que haviam apostatado durante a perseguição, instalou um grave conflito ao se opor ao Papa Calixto, já que Hipólito era rigorista neste assunto, embora não negasse o poder da Igreja para perdoar os pecados. Tão forte foi a discussão que Hipólito se separou da Igreja e foi eleito bispo de Roma por um pequeno número de partidários, convertendo-se assim no primeiro antipapa da História. O cisma se prolongou após a morte de Calixto, atravessou os pontificados de seus sucessores Urbano e Ponciano e só foi terminar no ano 235 d.C., durante a perseguição de Maximiano, quando este desterrou para as minas da Sardenha tanto o Papa legítimo (Ponciano) quanto o ilegítimo (Hipólito). Ali os dois renunciaram ao pontificado, para facilitar a pacificação da comunidade romana, que deste modo pôde eleger um novo Papa, pondo fim ao cisma. Tanto Ponciano quanto Hipólito morreram no ano 235 d.C.

Hipólito oferece um excelente testemunho de como a Igreja estava consciente da sua própria autoridade para perdoar os pecados, pois mesmo sendo intransigente, não negou a faculdade da Igreja em absolver [os pecados]. Evidência disto encontramos em sua "Tradição Apostólica" (Αποστολικ? παρ?δοσις), onde nos apresenta um testemunho indiscutível no momento em que reproduz a oração para a consagração de um bispo:

"Pai, que conheces os corações: concede a este teu servo que elegeste para o episcopado (...) que, em razão do Espírito do sacerdócio soberano, tenha o poder de perdoar os pecados (facultatem remittendi peccata), segundo o teu mandamento; que distribua as partes conforme o teu preceito e que desamarre todo nó da iniqüidade (solvendi omne vinculum iniquitatis), segundo a autoridade que deste aos Apóstolos".


Este testemunho é particularmente importante porque a "Tradição Apostólica" é fonte de um grande número de constituições eclesiásticas orientais, confirmando que tal consciência estava estendida pela Igreja.

AS CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS (SÉC. IV D.C.)

Da mesma forma que na "Tradição Apostólica" de Santo Hipólito, as "Constituições Apostólicas" redigidas na Síria durante o século IV incluem uma oração similar para a ordenação dos bispos:

"Outorga-lhe, Senhor Todo-Poderoso, através de Cristo, a participação em Teu Santo Espírito, para que possua o poder de perdoar os pecados, conforme o Teu preceito e Tua ordem, para desamarrar todo nó, qualquer que seja, de acordo com o poder que outorgaste aos Apóstolos"[22].


SÃO BASÍLIO MAGNO (330-379 D.C.)

Bispo da Cesaréia e preeminente clérigo do século IV, é também Santo da Igreja Ortodoxa e enumerado entre os Padres da Igreja.

Qüasten comenta que, embora K.Holl opine que foi São Basílio o responsável pela introdução da confissão auricular no sentido católico, como confissão regular e obrigatória para todos os pecados, inclusive os mais secretos[23], "seu erro, todavia, está em identificar a confissão sacramental com a 'confissão monástica', que era apenas um meio de disciplina e de direção espiritual, não implicando em reconciliação nem absolvição sacramental. Em sua Regra[24], São Basílio ordena que o monge tem que descobrir seu coração e confessar todas as suas ofensas, inclusive seus pensamentos mais íntimos, ao seu Superior ou a outros homens probos 'que gozem da confiança dos irmãos'. Neste caso, o posto do Superior pode ser ocupado por alguém que tenha sido eleito como seu representante. Não existe a menor indicação de que o Superior ou seu substituto tenham que ser sacerdotes; pode-se dizer, portanto, que Basílio inaugurou o que se conhece sob o nome de 'confissão monástica', mas não a confissão auricular, que constitui uma parte essencial do Sacramento da Penitência".

Comenta ainda Qüasten: "Entretanto, de suas cartas canônicas se deduz que continuava em vigor a disciplina que havia existido nas igrejas da Capadócia desde os tempos de Gregório Taumaturgo. A expiação consistia na separação do penitente da assembléia cristã (cap. VII). Na epístola canônica, menciona quatro graus: o estado "dos que choram", cujo lugar ficava fora da igreja (προ?σκλαυσις); o estado "dos que escutam", que estavam presentes para a leitura da Sagrada Escritura e para o sermão (?κρ?ασης); o estado "dos que se prostram", que assistiam a oração ajoelhados (υπ?σταση); e, por último, o estado "dos que estão de pé" durante todo o ofício, porém não podem participar da comunhão (σ?στασις)".

SANTO AMBRÓSIO DE MILÃO (340-396 D.C.).

É um dos quatro grandes doutores da Igreja latina. Nasceu por volta do ano 340 d.C., em Tréveris, porém foi criado em Roma. Foi eleito bispo de Milão no ano 374 d.C. No ano 387 d.C., batizou Santo Agostinho de Hipona. Tornou-se popular pela firmeza manifestada diante do imperador Teodósio, em 390 d.C., proibindo-o de entrar em suas igrejas, após promover o morticínio de Tessalônica, enquanto não fizesse penitência pública. Faleceu em Milão em 396 d.C.

Entre os anos 384 e 394 d.C., compôs o "De Paenitentia", um tratado não-homilético em dois volumes, no qual Ambrósio refuta as afirmações dos novacianos acerca do poder da Igreja em perdoar os pecados, proporcionando informações de particular interesse para se conhecer a prática penitencial da Igreja de Milão no século IV:

"[Os novacianos] professam demonstrar reverência ao Senhor reservando somente a Ele o poder de perdoar os pecados. Maior erro não podem cometer ao buscar rescindir Suas ordens, desfazendo o ofício que Ele conferiu. A Igreja [católica] O obedece em ambos os aspectos, ao ligar e ao desligar o pecado, porque o Senhor quis que ambos os poderes fossem iguais"[25].


Ensina que este poder é uma função do sacerdócio e que este pode sim perdoar todos os pecados:

"Pareceria impossível que os pecados devessem ser perdoados através da penitência; Cristo outorgou este [poder] aos Apóstolos e dos Apóstolos foi transmitido para o ofício dos sacerdotes"[26].

"O poder de perdoar se estende a todos os pecados: Deus não faz distinção, pois Ele prometeu misericórdia para todos e aos Seus sacerdotes outorgou a autoridade para perdoar sem qualquer exceção"[27].


O RETORNO DO PRÓDIGO: SANTO AGOSTINHO DE HIPONA (354-430 D.C)

Considerado um dos maiores Padres da Igreja em virtude de sua notável e perdurável influência no pensamento da Igreja. Nascido no ano 354 d.C., chegou a ser não apenas bispo de Hipona, mas um dos maiores teólogos que o mundo já conheceu e um dos primeiros doutores da Igreja. Interveio nas controvérsias que os cristãos mantiveram contra os maniqueus, donatistas, pelagianos, arianos e pagãos. Morreu em 430 d.C., deixando uma grande quantidade de obras, parte de um legado que perdura até hoje.

Contra aqueles que negam que a Igreja recebeu o poder de perdoar os pecados, escreve:

"Não escutemos aqueles que negam que a Igreja de Deus possui o poder para perdoar todos os pecados"[28].


CONCLUSÃO

Para finalizar, citaremos brevemente outros testemunhos claros. São Paciano, bispo de Barcelona (+390 d.C.) escreveu acerca do perdão dos pecados:

"Isto que tu dizes, somente Deus pode fazê-lo. Bastante correto; porém, quando o faz através de Seus sacerdotes, o faz por Seu próprio poder"[29].


E Santo Atanásio (295-373 d.C.) escreveu:

"Assim como o homem batizado pelo sacerdote é iluminado pela graça do Espírito Santo, assim também aquele que em penitência confessa os seus pecados recebe o perdão, através do sacerdote, em virtude da graça de Cristo"[30].


Estas evidências demonstram que a Igreja sempre teve plena consciência de ter recebido de Cristo a faculdade de perdoar os pecados e considerou este dom como parte do Depósito da Fé. Surpreendentemente, tanto os padres do Oriente quanto os do Ocidente interpretaram as palavras de Cristo tal como fazem os católicos mais de vinte séculos depois. É evidente, portanto, que o Concílio de Trento apenas fez eco daquilo que já era ensinado pela Igreja contra os hereges dos primeiros séculos, os quais, em sua grande maioria, nem sequer defendiam a posição protestante atual, já que não rejeitavam que a Igreja tivesse recebido tal faculdade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Minha namorada quer tranzar a agora?


O relacionamento sexual não é mera aventura ou sonho de verão
Recebi muitos comentários sobre o artigo "Meu namorado quer transar, e agora?", sendo que alguns rapazes cristãos chamaram a minha atenção no sentido de que hoje as moças também estão muitas vezes exigindo "transar" no namoro, deixando-os em situação difícil.
Em primeiro lugar, devo dizer que recebi o título do artigo da equipe do Portal da Canção Nova e pensei que devesse me limitar a ele; na verdade, eu poderia ter abordado o assunto de ambos os lados, das moças e dos rapazes.
:: Ouça comentário do autor
.: Outros episódios
No tempo do meu namoro – que já vai longe! – quase não se cogitava a possibilidade de uma moça exigir do namorado a realização do ato sexual; e os pais cuidavam disso muito de perto. Talvez por isso, inconscientemente, eu tenha me restrito ao tema do artigo proposto.
Um rapaz, que reclamou da parcialidade do meu artigo, disse-me que terminou o namoro com uma garota porque ela exigia dele vida sexual. Na resposta a seu e-mail, a primeira coisa que escrevi foi um elogio a ele com minhas congratulações por se comportar de verdade, corajosamente, como um jovem verdadeiramente cristão; algo não tão comum hoje em dia.
Nossos jovens cresceram sem receber a menor informação sobre o "brilho" da virtude da pureza; e, por isso hoje, quase sem culpa, estão encharcados de sexo vazio.
Se o ato sexual no namoro não deve ser forçado pelo rapaz, muito menos pela moça, uma vez que ela é quem mais vai ficar marcada com esse comportamento. Ora, sabemos que a mulher é detalhista e não se esquece de nada que ocorra na sua vida, especialmente na área romântica. Minha esposa, depois de 40 anos, ainda sabe a cor da camisa que eu usava quando comecei a namorá-la; lembra-se de tudo, dos detalhes, das músicas... Confesso que eu não me lembro de quase nada.
É preciso dizer aqui que a parte que mais sofre com a vida sexual fora de lugar é a mulher. A jovem, na sua psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro, o primeiro presente, etc... Será que ela vai se esquecer da primeira relação sexual? É claro que não!
A primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua-de-mel, quando a segurança do casamento a sustenta. A vida sexual de um casal não pode começar de qualquer jeito, às vezes dentro de um carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. O relacionamento sexual não é mera aventura ou sonho de verão; não, é o selo de um compromisso de duas pessoas maduras que decidiram entregar a vida um ao outro e aos filhos, até a morte. O sexo e o amor são a nascente da vida humana; e não uma mera curtição.
Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixa ficam no corpo da mulher para sempre. Para o rapaz tudo é mais fácil. Ele não precisa usar pílula anticoncepcional (que faz mal para a mulher), nem o DIU ou a pílula do dia seguinte, que é uma bomba de hormônio na mulher. O rapaz não corre o risco também de uma gravidez indesejada ou de procurar o crime do aborto para eliminar a criança que não devia ter sido gerada.
Eu me lembro que, na década de 70, para diminuir os acidentes de trânsito, o Governo lançou um slongan: "Não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser você". Podemos perfeitamente plagiar essa frase e dizer: "Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você". Já vi e ouvi muita moça chorar porque brincou com o sexo. Não faça isso.
O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma e não o seu físico. Para tudo há a hora certa, no momento em que as coisas acontecem com equilíbrio e com a bênção de Deus. Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certa de que você não vai complicar a sua vida, a do seu namorado e nem mesmo a da criança inocente.
O bom para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento. Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal.
Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: "De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá" (Gl 6,7).
Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os casamentos que estão estáveis e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.
“A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos” (CIC § 2353).

domingo, 22 de novembro de 2009

Livro A CABANA, Descubra as Mentiras.


Já ouviu falar do Livro ” A Cabana”?
Pois é, recebi uma análise bem interessante do livro de alguém que leu e percebeu muita coisa contraria à fé católica.Como esse livro tem sido muito comentado e muita gente boa tem lido,estamos publicando a análise para nos ajudar a:
- Perceber nas entrelinhas do livro,ou em outros que venhamos a ler,a ideologia de esvaziamento de pontos essenciais de nossa fé católica;
- Ajudar-nos a perceber nossa atitude diante daquilo que lemos, principalmente em obras de cunho religioso ou “auto ajuda”, que adentram na dimensão espiritual/espiritualista que interessam a nós católicos;
- Ajudar-nos a despertar o senso critico – não neurótico, mas atento – para filtrar à luz de nossa fé aquilo que vale a pena ler ou não. A oferta hoje é tamanha que exige de nós critérios para não perder tempo,nem dinheiro, com aquilo que nada acrescenta de consistente à nossa fé ou a nossa vida;
Ás vezes impressiona a Incapacidade que muitos tem de não perceber, dentro daquilo que estão lendo, onde tem verdade ou não.Alguns não conseguem ver nada errado onde qualquer olhar mais atento percebe tudo!
Estará em cor o diálogo de análise e questionamento com algumas colocações feitas no livro.
A proposta não é analisar todo o livro mas apenas algumas partes na esperança que possa despertar naqueles que ainda vão ler,se tiverem “estômago”, uma nova percepção e naqueles que já leram uma confirmação daquilo que provavelmente haviam percebido.
Desnecessário se faz dizer que a análise foi feita a partir da fé católica, o que poderá tornar algumas colocações não muito claras para quem não está razoavelmente por dentro da doutrina básica de nossa fé.
De qualquer forma ,é bem interessante..
Pelo tamanho,iremos postar aos poucos..
***
” A cabana”- análise do livro sob ótica católica.
a. O livro é muito bem escrito e atraente no seu enredo simples, no assunto e no estilo. A linguagem, porém, com algumas citações bíblicas feitas de formas indiretas, traz uma profusão de sofismas capaz de iludir o leitor menos atento. (lembro que a “metodologia” do sofisma, muito utilizado na filosofia grega antiga, consiste em tomar uma verdade ou duas verdades e combiná-la com uma ou mais inverdade de formas que tudo pareça verdadeiro ou que tudo pareça falso, de acordo com o objetivo de quem sofisma). O livro traz em seu próprio enredo incoerências entre a trama e o que é dito pelas “pessoas” da “trindade”.
b. a editora do mesmo (e isso é muito importante ao comprar ou ler um livro dedica-se a livros de auto-ajuda ou assuntos não comprovados nem pelo próprio livro nem pela ciência, teologia e, por vezes, o bom-senso). É bastante ler a lista dos seus “clássicos”, na ultima página do livro. A exceção é O Monge e o Executivo.
O livro conta a história de um homem que, em um acampamento nas montanhas com os filhos tem sua caçula seqüestrada e morta enquanto está sob a água, tentando salvar um outro filho, que se afogava sob um bote. Após quatro anos de tristeza e desilusão, recebe uma carta de Deus, que se apresenta como Papai convidando-o a voltar à cabana onde o crime contra sua filha havia sido cometido. Relutante, aceitou.
Até aqui, nada anormal. A ficção, afinal, dá direito a todo tipo de imaginação. O inadequado começa quando este homem, Mack, encontra a “trindade” na cabana. Naturalmente, como autor, Young goza o direito de utilizar sua imaginação, sua bela linguagem, suas descrições do Pai como uma senhora negra que cozinha, o Filho como um judeu cujo nariz enorme o deixa feio e o Espírito como uma moça asiática feita de luz.
Ele tem o direito, sim, de imaginar a trindade como um autor leigo ignorante da boa teologia e eclesiologia e influenciado pela Nova Era, pelo Espiritismo e pelo Relativismo. Nós é que temos o dever de distinguir o que é bom do que não é. A narrativa é tão envolvente, que os deslizes de Young quanto à fé, a eclesiologia e a moral podem passar desapercebidos para a pessoa mais bem formada. Vejamos alguns:
I. O PAI
1. O Papai é apresentado como uma mulher (Young parece decidido a quebrar todos os paradigmas) e chamado de papai durante todo o livro, tanto pelo Filho e pelo Espírito, quanto por Mack. Sabemos que João Paulo II afirma que Deus é Pai e Mãe quanto ao cuidado, ao coração misericordioso, as entranhas de misericórdia, tão típicas de uma mãe. Entretanto, o Deus que Jesus nos veio revelar é o Deus que é Pai, ainda que afirme em Mt 5 que Ele tem entranhas de mãe. A justificativa do “pai” para apresentar-se como mulher é o fato de Mack ter rejeição ao seu pai biológico (p. 83). Esta mulher, entretanto, não é mãe, mas pai. Seus afazeres são, segundo ela mesma, de cozinheira e governanta. Este pai mulher traz as cicatrizes de Jesus, como se o Pai não fosse puro espírito, mas tivesse um corpo de homem, isso é, de mulher.
2. Em um esforço de fazer “deus mais perto de nós”, o autor acaba por esbarrar no grotesco. Além da descrição do Pai como uma enorme negra que se auto-intitula governanta-cozinheira e traz cicatrizes no corpo (???), destacam-se algumas situações especiais. Perguntado por Mack sobre que música estava ouvindo, respondeu:
” Um barato da Costa Oeste. É um disco que ainda nem foi lançado, chamado Viagens do Coração, tocado por uma banda chamada Diatribe . Na verdade – ela piscou para Mack – esses garotos ainda nem nasceram.
- É mesmo, reagiu Mack bastante incrédulo. – Um barato da Costa Oeste, hein? Não parece muito religioso.
- Ah, acredite: não é. É mais tipo funk e blues eurasiano com uma mensagem fantástica. – Ela veio bamboleando na direção de Mack, como se estivesse dançando, e bateu palmas. Mack recuou. (!!!)
- Então Deus ouve funk?
- Ora, veja bem, Mackenzie. Você não precisa ficar me rotulando. Eu ouço tudo e não somente a musica propriamente dita, mas os corações que estão por trás delas.”(p. 81) ( os rótulos são especialmente detestados na nova era e no relativismo)
1. O “pai” dá uma explicação completamente esdrúxula para ter-se revelado como pai e não como mãe:
“…assim que a Criação se degradou, nós soubemos que a verdadeira paternidade faria muito mais falta do que a maternidade. Não me entenda mal, as duas coisas são necessárias, mas é essencial uma ênfase na paternidade por causa da enormidade das conseqüências da função paterna”(p. 84). Creio que tal absurdo dispensa comentários. O autor não leva em conta o que a Bíblia e a Igreja dizem da missão do homem, do pai, da mulher e do homem na criação, na família, na sociedade. Aliás, esta é uma das características do livro. Não lhe importa o que diz a Palavra ou a Igreja e esta, como todas as instituições, são desprezíveis aos olhos da “trindade”, que orienta Mack a desprezá-las.
1. Ao definir o que Ele é, desautoriza o que os homens pensam e definem dele (embora não cite diretamente a Igreja e os teólogos, fica implícito pelas palavras que usa). No final, felizmente diz que é “acima e além de tudo o que você possa perguntar ou pensar.”(p. 88)
2. Na página 89, o pai faz uma afirmação capaz de fazer tremer os céus: “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos. Também optamos por abraçar todas as limitações que isso implicava. Mesmo que tenhamos estado sempre presentes nesse universo criado, então nos tornamos carne e sangue. Seria como se este pássaro, cuja natureza é voar, optasse somente por andar e permanecer no chão. Ele não deixa de ser pássaro, mas isso altera significativamente sua experiência de vida.” E continua a confusão teológica sobre 3 Pessoas em um só Deus dizendo: “Ainda que por natureza Jesus seja totalmente Deus, ele é totalmente humano e vive como tal (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) Ainda que jamais tenha perdido sua capacidade inata de voar, ele opta, momento a momento, por ficar no chão. Por isso (!!!!!!) seu nome é Emanuel, Deus conosco, ou Deus com vocês, para ser mais exata.” De uma tacada só, além de destruir o dogma da Santíssima Trindade, (somente o Filho se faz homem e, embora as outras duas pessoas estejam com ele e nele, não se pode dizer que os três se fizeram homem) atinge a união hipostática e a profecia de Isaías. A impressão que dá é que o autor “ouviu o galo cantar, mas não sabe onde”. Por mais que se queira justificar tais afirmações com o fato da intenção do autor não ser teológica, ele insiste, como outros autores de livros metade cristãos-metade autoajuda, em colocar o Evangelho, a Palavra e a Igreja a serviço de sua idéia e objetivo e não o contrário.
3. Depois, infelizmente, vem algo ainda pior, que fazemos questão de transcrever:
“- Mas, e todos os milagres? As curas? Ressuscitar os mortos? Isso não prova que Jesus era Deus… você sabe, mais que humano?
- Não, isso prova que Jesus é realmente humano.
- O que?
- Mackenzie, eu posso voar, mas os humanos, não. Jesus é totalmente humano. Apesar de ele ser também totalmente Deus, nunca aproveitou sua natureza divina para fazer nada. Apenas viver seu relacionamento comigo do modo como eu desejo que cada ser humano viva. Ele foi simplesmente o primeiro a levar isso até as últimas instâncias: o primeiro a colocar minha vida dentro dele (??) o primeiro a acreditar (??) no meu amor e na minha bondade, sem considerar aparências nem conseqüências. (Tal comentário, além de dizer que Jesus precisava da virtude TEOLOGAL da fé, deixa de fora todos os profetas, todos os patriarcas, João Batista, José e Maria. Desclassifica tudo o que Jesus fez, não somente os milagres, mas o milagre maior do amor de total entrega na Cruz e na Eucaristia).
- E quando curava os cegos?
- Fez isso como um ser humano dependente e limitado que confia na minha vida e no meu poder de trabalhar com ele e através dele. Jesus, como ser humano, não tinha poder para curar ninguém.” (p. 90). Este é mais um golpe inacreditável na união hipostática, mas consegue piorar no parágrafo seguinte:
“- Só quando ele repousava em seu relacionamento comigo e em nossa comunhão, nossa comum-união, ele se tornava capaz de expressar meu coração e minha vontade em qualquer circunstância determinada. Assim, quando você olha para Jesus e parece que ele está voando, na verdade ele está… voando. Mas o que você realmente esta vendo sou eu, minha vida nele. É assim que ele vive e age como um verdadeiro ser humano, como cada humano está destinado a viver: a partir de minha vida“(p. 90). Este é um dos sofismas mais disfarçados e sutis do livro, o que torna a afirmação aparentemente verdadeira para os mais distraídos, mas totalmente absurda para alguém mais atento: uma verdade – cada ser humano é chamado (não destinado!) e várias inverdades, a partir da primeira linha (então quer dizer que Jesus ora “repousava em seu relacionamento com Deus e Sua vontade, ora não??? Este raciocínio mentiroso é coroado com uma ultima inverdade: Jesus vive e age como verdadeiro ser humano. NÃO É ISSO o que Jesus quis dizer quando afirma que faz o que vê o Pai fazer, que aprendeu tudo do Pai, que Ele e o Pai são um! Jesus É totalmente homem e totalmente Deus e é um com o Pai, gerado, não criado, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus Verdadeiro.
Em um dado momento, o mesmo Pai, que nos pede para não chamar o irmão de “Racca”, sob pena do fogo do inferno (Mt 5), diz:
“- Homens! algumas vezes são tão idiotas!”
Ele não podia acreditar.
_ Ouvi Deus me chamar de idiota? – gritou pela porta de tela.
Viu-a (”ela” é Deus) dar de ombros antes de desaparecer na virada do corredor. Depois ela (o “pai”) gritou em sua direção:
- Se a carapuça serve, querido. Sim, senhor, se a carapuça serve…”
II. O FILHO
1. O Filho se apresenta como um judeu envolvido em sua carpintaria e com Mack e ri quando este diz que ele é feio, afirmando que, realmente, é feio e tem o nariz grande como os ancestrais masculinos de sua mãe. (p. 102) Sabemos que em Deus não há nada que não seja beleza, verdade, luz, vida e ainda que todos os ancestrais de Nossa Senhora fossem feios e narigudos, isso não seria característica do Filho.
2. Acerca da inabitação, diz o livro:
“- Meu propósito, desde o início, era viver em você e você viver em mim.
- Espere, espere. Espere um minuto. Como isso pode acontecer? Se você ainda (???) é totalmente humano, como pode estar dentro de mim?
- Espantoso, não é? É o milagre de Papai. É o poder de Sarayu (Esp. Sto), meu Espírito, o Espírito de Deus que restaura a união que foi perdida há tanto tempo. Eu? A cada momento eu escolho viver totalmente humano (????) Sou totalmente Deus, mas sou humano até o âmago. Como disse, é o milagre do Papai. (p. 103)
3. Milagre ou diversão?
Embora seja um deslize pequeno, quase uma utilização literária de uma passagem das Escrituras, o evento de Jesus e Mack caminharem sobre as águas contradiz o Evangelho. Sabemos o quando Jesus se aborrecia quando as pessoas pediam sinais e o quanto a Igreja insiste em dizer que Jesus sempre tinha um objetivo claro em seus milagres. Este de caminhar sobre as águas foi crucial para Pedro e para o entendimento da Igreja como uma barca. Como disse, entretanto, é um deslize pequeno diante dos outros.
III. O ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é uma moça asiática etérea, irrequieta e colorida, que leva as pessoas a se sentirem bem, em paz, aliviadas, mais que amarem a Deus e aos irmãos. Não tem nenhuma relação com a Igreja, assim como o Pai. Nega que a Bíblia traga regras, mandamentos ou conselhos, como veremos abaixo. Ele é como que o “responsável” por fazer o homem livre de toda regra, obediência ou mandamento bíblico ou da Igreja. Ou seja, tem papel exatamente contrário ao do verdadeiro Espírito Santo!
IV. UM DEUS ANARQUISTA?
Oposição entre amor, relacionamento e poder, hierarquia e autoridade: um Deus anarquista?
Este tema desenvolve-se sutil e lentamente ao longo do livro e acabará por opor toda instituição ao amor e relacionamento, o que se tornará crítica explícita à Igreja e à religião. O tema já aparece antes da página 97, mas retorna aqui:
“Os relacionamentos não têm nada a ver com poder. Nunca! E um modo de evitar a vontade de exercer poder é escolher se limitar e servir. Os humanos costumam fazer isso quando cuidam dos enfermos, quando servem os idosos, quando se relacionam com os pobres, quando amam os muito velhos e os muito novos, ou até mesmo quando se importam com aqueles que assumiram uma posição de poder sobre eles.” (97) Depois da primeira frase, todas as frases são corretas, o que parece dar legitimidade à primeira, mas é um paradoxo com a ultima.
Outro texto sobre o mesmo tema:
“- os humanos estão tão perdidos e estragados que para vocês é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando.
- Mas qualquer instituição humana, desde as políticas até as empresariais, até mesmo o casamento, é governada por esse tipo de pensamento. É a trama do nosso tecido social – declarou Mack.
- Que desperdício! Disse Papai, pegando o prato vazio e indo para a cozinha.
- Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento – acrescentou Jesus. – Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento ao invés de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês. (Em Gn 1, Deus já estabelece uma hierarquia entre o homem e o criado, o que define inclusive o tipo de relacionamento entre eles e o tipo de responsabilidade do homem quanto à criação – mais tarde, no livro, a responsabilidade também será questionada)
- … Então nós fomos seduzidos por essa preocupação com a autoridade?
- De certo modo, sim – respondeu Papai, passando o prato de verduras para Mack… -
Sarayu continuou:
- Quando vocês escolhem a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros. As pessoas se tornam objetos a serem manipulados ou administrados para a felicidade de alguém. A autoridade, como vocês pensam nela, é meramente a desculpa que o forte usa para fazer com que os outros se sujeitem ao que ele quer.” (puro relativismo e nova era, a ser engolido por milhões de pessoas no mundo inteiro sob a autoridade do nome de Deus!)
Mais tarde, na pág 122, Sarayu diz que essa conversa relacionava-se com a árvore da vida!!!
Desta forma, critica o próprio Deus que, segundo o então Cardeal Ratzinger, proíbe o homem de tocar na árvore do bem e do mal e na árvore da vida exatamente para definir a relação de autoridade e obediência e impor ao homem limites que, obedecidos, o teriam salvaguardado do pecado. Lendo Gen 1, 2 e 3, onde se estabelecem as primeiras regras, hierarquia e instituições, pode-se dizer tudo, EXCETO que Deus não se relacionava com o homem!!!
Na página 135, há uma afirmação sobre as mulheres e o poder, o que poderia parecer ser simplesmente uma tentativa de quebrar paradigmas, já que não se repete depois. É Jesus quem fala:
“- O mundo, em vários sentidos, seria um lugar muito mais tranqüilo e gentil se as mulheres governassem. Haveria muito menos crianças sacrificadas aos deuses da cobiça e do poder. (esta é uma idéia feminista das mais radicais. Segundo ela, a mulher é superior ao homem em vários campos e têm uma percepção do universo mais espiritual. Tal idéia é um primeiro passo para a defesa do aborto e a retirada do sentimento de culpa das mulheres com relação a ele. Por isso, muitos governos colocam mulheres à frente de processos de legalização do aborto).
Mack continua:
- Então elas teriam realizado melhor esse papel.
- Melhor, talvez, mas ainda assim não seria suficiente. O poder nas mãos dos seres humanos independentes, sejam homens ou mulheres, corrompe. Mack, você não vê que representar papéis é o contrário do relacionamento?” (mais uma vez, duas idéias não verdadeiras (mulheres no governo fariam um mundo melhor e representar papéis é o contrário do relacionamento) se apóia em uma verdadeira ( o poder nas mãos dos seres humanos independentes, sejam homens ou mulheres, corrompe).
A pouca relevância do parágrafo acima no contexto do livro, torna-se aberrante na passagem abaixo, quando Mack diz:
“- Mas você veio na forma de homem. Isso não significa alguma coisa?
- Sim, mas não o que muitos imaginam (??? Indireta aos teólogos, aos estudiosos da Palavra?). Vim como homem para completar a imagem maravilhosa de como fizemos vocês. Desde o primeiro dia escondemos a mulher no homem, de modo que na hora certa pudéssemos retirá-la de dentro dele. Não criamos o homem para viver sozinho. A mulher foi projetada desde o início. Ao tirá-la de dentro dele, de certa forma ele a deu à luz. Criamos um círculo de relacionamento como o nosso, mas para os humanos. Ela saindo dele e agora todos os homens, inclusive eu, nascidos dele, e tudo se originando ou nascendo de Deus.“(P. 135) O Magistério de João Paulo II e Bento XVI, nos tem dado fundamentação de sobra para vermos que a proposta do livro é absurda. Primeiro, a Palavra diz que Deus criou a mulher a partir do homem adormecido. Segundo, o fato de o homem “dar à luz” não o faz semelhante à mulher e muito menos a Deus. Terceiro, essa narrativa esdrúxula jamais remeteria ao homem e à criação nascendo de Deus, que criou tudo do nada!!!!!!!
Infelizmente, a má interpretação continua nos parágrafos seguintes, p. 136:
“- Ah, entendi – exclamou Mack, interrompendo…- se a mulher fosse criada primeiro não haveria um círculo de relacionamento e não se tornaria possível um relacionamento totalmente igual, cara a cara, entre o homem e a mulher. Certo? (Sabemos bem o que diz o Magistério sobre o homem e a mulher face a face na interpretação de Gn 2). Note-se que a afirmação de Mack é totalmente sem lógica. Então o homem precisava “parir” a mulher para que ambos fossem iguais?? Espantoso, além de inspirado em mitologias pagãs.
- Certíssimo Mack. (…) Mas sua independência, com busca de poder e de realização, na verdade destrói o relacionamento que seu coração deseja.
- Aí está de novo (…) a questão sempre volta ao poder e a como ele é oposto ao relacionamento que vocês tem entre si. “(136). Novamente, temos aqui o pecado original, o fruto da árvore do bem e do mal como busca de independência e poder (um pecado relacional!) e não como o pecado pessoal da rebeldia contra Deus, do orgulho e egoísmo (pecado que tira Deus do centro e diz respeito ao interior de cada um, embora se expresse nas relações). O pecado original, aqui, não é visto como uma queda do homem ou uma rebeldia contra Deus, mas uma concupiscência (que, como sabemos, é resultado do pecado original, e não O pecado original).
IV – RELATIVISMO
O relativismo aparece por todo lado no livro. Seria necessário transcrevê-lo quase todo. Aparece na falta de necessidade de obedecer, no fazer o que quiser ao invés de obedecer, no ridículo que é ter responsabilidade. Segundo “Jesus”, no livro, submissão não tem nada a ver com autoridade e obediência, que são conceitos inventados por nós, assim como a responsabilidade e a expectativa (p. 133). O relativismo está presente no “anarquismo” comportamental pregado especialmente no final do encontro de Mack com a “trindade”. Na verdade, poderia resumir a mentalidade do livro, juntamente com “anarquismo”, “individualismo”, utilização irresponsável de sofismas e utilização indevida da Palavra em interpretação pessoal e muito fantasiosa.
“- Vc não deve fazer nada. Está livre para o que quiser. (…) não se sinta obrigado. Vá se for isso o que você quer fazer.”, diz Jesus (p. 80)
Como as idéias da moral relativista se espalham por todo o livro, preferimos colocá-las à medida que aparecem de forma mais forte, nos comentários abaixo:
V. DOUTRINA SOBRE O CÉU E INFERNO
1. A ênfase sobre uma “trindade” que não exige, que não julga, que não espera nada de nenhum homem, que não nutre expectativas nem lhes impõe responsabilidades nem os purifica (apenas os cura) elimina inteiramente a idéia da purificação do purgatório para ver a Deus (como o livro é escrito por protestante, não se pode esperar isso mesmo), mas também a idéia do inferno. Deus é perfeitamente bom, tolerante e vê o bem do homem como um relacionamento com ele, sem esforço pela santidade, sem purificação para a santidade. Jesus já venceu tudo isso na morte e ressurreição (no livro não se fala de pecado). A única coisa que o homem deve fazer, mas só se quiser, é relacionar-se com a “trindade”, mas sem compromisso de amor, Igreja, sem qualquer instituição, sem responsabilidade, sem expectativas e sem regras, leis ou rituais.
Um exemplo é quando Jesus diz a Mack:
“- Só quero que confie em mim o pouco que puder e que cresça no amor pelas pessoas ao seu redor com o mesmo amor que compartilho com você. Não cabe a você mudá-las nem convencê-las, Você está livre para amar sem qualquer obrigação.”
Na pág 168 se lê:
“Mack, eu as amo (as pessoas que inventaram os sistemas de poder). E você comete um erro julgando-as. Devemos encontrar modos de amar e servir os que estão dentro do sistema, não acha? Lembre-se, as pessoas que me conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem qualquer compromisso. (!!!!!!!!!!) (Como amar de acordo com o Evangelho sem compromisso ou responsabilidade? Como seguir Jesus até a cruz, como ser seu discípulo sem compromisso ou responsabilidade? De qual amor o livro fala? Talvez do da Nova Era, do da Era de Aquarius, jamais do amor cristão! Jamais do verdadeiro amor humano!)
- É isso o que significa ser cristão? – Achou meio idiota ao dizer isso, mas era como se estivesse tentando resumir tudo na cabeça.
- Quem disse alguma coisa sobre ser cristão? Eu não sou cristão. (na verdade, Jesus era judeu, mas fundou o cristianismo, segundo foram chamados seus seguidores POR CAUSA DELE, o Cristo. Este tipo de afirmação clichê (como muitas outras presentes no livro) engana o leitor incauto e o leva a pensar que ser ou não ser cristão não faz diferença, pois nem Jesus era cristão!)
A idéia pareceu estranha e inesperada para Mack e ele não pode evitar uma risada.
- Não, acho que não é.
Chegaram à porta da carpintaria. De novo Jesus parou:
- Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou mulçumanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. (conforme já comentamos, a idéia de pecado não existe no livro. Jesus já os pagou todos e todos já desapareceram). Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, meus amados. ( se não importa a Jesus que os homens sejam ou não cristãos, porque Ele teria mandado os discípulos até os confins da terra BATIZANDO OS QUE CRESSEM EM NOME DO PAI, DO FILHO, DO ESPÍRITO SANTO, isto é, fazendo-os cristãos? )
A seguir, vem a afirmação bela e verdadeira que, aparentemente, “sanciona” todo erro exposto:
- Isso significa que toda estrada leva a você?
- De jeito nenhum (…) A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês.” Pronto. Esta afirmação verdadeira vem fazer com que pareçam verdades as inverdades ditas acima. Mais um sofisma bem elaborado).
1. Neste contexto se dá o encontro com Missy, a filha morta, que o “abraça” e “vê” e é vista e “abraçada” por ele por trás da cachoeira Tal encontro é recheado de elementos do folclore panteísta indígena e nova era como a cachoeira, o jardim colorido, a rocha escura. Os filhos vivos de Mack também estão presente na cena “em sonho”.
Este episódio pontilhado de clichês provavelmente utilizados nas pregações que o autor escutou ou revistas que leu, traz, como clichê central, a historinha do julgamento no qual a pessoa é colocada no lugar de juiz entre dois de seus filhos ou entes queridos. Embora seja clichê entre os protestantes e, dessa forma, empobreça a linguagem do livro, é muito útil para que se entenda a necessidade da misericórdia e perdão, que só Deus tem como exercer sem erro e plenamente. No episódio faltam alguns elementos como Jesus Cristo como fonte de misericórdia, mas isso não parece proposital. É apenas mais uma das muitas contradições do livro, que condena os rituais, mas os promove, que fala no perdão do Pai, mas não inclui o filho, etc.
1. É, aliás, em um ritual que Mack se encontra com o pai biológico, em meio a milhares de espíritos de luz, mas distinto dos outros por estar-se “debatendo em seus sentimentos” e “resistindo” a eles com relação a Mack. A questão dos espíritos de luz evoca o espiritismo, a nova era, a concepção oriental de céu, o que vem combinar com a idéia de que o Céu como um lugar de purificação da natureza, igualmente espiritualista. Quanto ao “debater-se em sentimentos” o pai de Mack, ou é simplesmente uma figura literária, ou uma clara ignorância do que diz a doutrina cristã sobre o estado das almas no céu.
2. Neste episódio, há um dado interessante: Mack está vendo o céu com os olhos com que Deus o vê e chega à conclusão de que no céu as pessoas não somente são espíritos de luz sendo purificados (já que o céu é uma purificação da criação), mas que se comunicam através de cores e brilhos. Dado o contexto de tantas afirmações contrárias à fé, fico sem saber se isso é meramente interpretação livre do autor, ou se há algo em alguma doutrina que faça alusão a este tipo de “linguagem”, exceto nas alucinações causadas por LSD, que não creio ser o caso aqui.
VI. IGREJA E “MÁQUINA RELIGIOSA” – PURIFICAÇÃO DA CRIAÇÃO – AFIRMAÇÕES TÍPICAS DA MENTALIDADE ANARQUISTA DA NOVA ERA MISTURADAS COM VERDADES DE FÉ
As afirmações das passagens a seguir são tão absurdas que dispensariam comentários. Entretanto, como é possível que alguém tenha lido e não tenha reparado, vamos colocá-las em negrito.
Jesus diz a Mack:
“- Bom, Mack, nosso destino final não é a imagem do Céu que você tem na cabeça. Você sabe, a imagem de portões adornados e ruas de ouro. O céu é uma nova purificação do universo, de modo que vai se parecer bastante com isso aqui. (Esta afirmação é de cunho espírita e totalmente contrária à fé cristã católica e à Palavra)
- Então que história é essa de portões adornados e ruas de ouro? (veja que ele fala da Palavra não como a verdade, mas como algo que pode ou não pode ser verdadeiro).
- Esta, irmão – começou Jesus, deitando-se no cais e fechando os olhos por causa do calor e da claridade do dia -, é uma imagem de mim e da mulher por quem sou apaixonado. (…) É uma imagem da minha noiva, a Igreja: indivíduos que juntos formam uma cidade espiritual com um rio vivo fluindo no meio e nas duas margens árvores crescendo com frutos que curam as feridas e os sofrimentos das nações. Essa cidade está sempre aberta e cada portão que dá acesso a ela é feito de uma única pérola (…) Isso sou eu! (…) Pérolas, Mack. A única pedra preciosa feita de dor, sofrimento e, finalmente, morte. (alguém precisa informar ao autor que a pérola não é uma pedra preciosa. Entretanto, pode ter sido erro de tradução do “gem” em inglês. Em todo caso, aqui temos outro clichê tipicamente evangélico e por vezes útil para o primeiro anúncio).
- Entendi. Você é a entrada, mas… Você está falando da Igreja como essa mulher por quem está apaixonado. Tenho quase certeza de que não conheço essa Igreja (…) Não é certamente o lugar aonde eu vou aos domingos. (…)
-Mack, isso é porque você só está vendo a instituição que é um sistema feito pelo ser humano. (Jesus fundou, sim, a Igreja como instituição e também como hierarquia ao nomear Pedro chefe da Igreja em Mt 16) Não foi isso que eu vim construir. O que vejo são as pessoas e suas vidas, uma comunidade que vive e respira, feita de todos que me amam e não de prédios, regras e programas. (não parece uma alusão clara ao Vaticano, às paróquias e aos programas pastorais das Igrejas Evangélicas?)
“Mack ficou meio abalado ouvindo Jesus falar de ‘igreja” desse modo, mas isso não chegou a surpreendê-lo. De fato, foi um alívio.
- Então como posso fazer parte dessa Igreja? Dessa mulher pela qual você parece estar tão apaixonado?
- É simples, Mack. Tudo só tem a ver com os relacionamentos e com o fato de compartilhar a vida. (…) Minha Igreja tem a ver com as pessoas e a vida tem a ver com os relacionamentos. Você pode construí-la É meu trabalho e, na verdade, sou bastante bom nisso – disse Jesus com um risinho. (Em outras palavras, o “Imagine” relativista de John Lennon. Novamente, verdade e inverdade se misturam e enganam os menos atentos)
Para Mack essas palavras foram como um sopro de ar puro! Simples. Não um monte de rituais exaustivos e uma longa lista de exigências, nada de reuniões intermináveis com pessoas desconhecidas. Simplesmente compartilhar a vida. (todo amor à Igreja, toda doação de vida, todo sacrifício, ficam, assim, destruídos)
(…) Quer dizer, acho que o modo como vocês (a “trindade”) são é muito diferente de todo o negócio religioso em que fui criado e com o qual me acostumei. ( o “negócio religioso”chamado Igreja é arcaico a ponto de toda a sociedade “se acostumar”com ela. É isso o que ele insinua? Pois o “negócio” religioso (provavelmente foi utilizada a palavra “stuff”, que quer dizer “falação sem conteúdo”, mas não tenho o original inglês) , vai agora virar uma “máquina”, veja abaixo)
- Por mais bem-intencionada que seja, você sabe que a máquina religiosa é capaz de engolir as pessoas! – disse Jesus, num tom meio cortante. – Uma quantidade enorme das coisas que são feitas em meu nome não têm nada a ver comigo. E frequentemente são muito contrárias aos meus propósitos. (A Igreja é uma dessas coisas? É isso o que parece insinuar)
- Você não gosta muito de religião e de instituições? – perguntou Mack sem saber se estava fazendo uma pergunta ou uma afirmação.
- Eu não crio instituições. Nunca criei, nunca criarei (!!!!)
- E a instituição do casamento? (Mack tem razão de perguntar, pois no ritual do casamento é dito explicitamente que ele é a única instituição criada por Deus antes do pecado original e que sobreviveu a ele! Como resposta, “Jesus” vai mais uma vez contrapor instituição a relacionamento, em uma afirmação muito típica do caos pregado pela Nova Era).
- O casamento não é uma instituição. É um relacionamento (…) Como eu disse, não crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política nem de economia. (Impressionante a capacidade do autor de não aprofundar nenhum assunto mas, pelo contrário, criar sofismas que, unidos a verdades bíblicas, confundem as pessoas, como neste caso, a partir do qual se pode afirmar: acabou-se o relacionamento, acabou-se o casamento, o Papa, os bispos e padres estão criando instituições e brincando de Deus. Não falam em nome Dele e tudo o que fazem faz parte da “máquina religiosa”, inclusive a liturgia, os sacramentos, a pregação.)
A expressão de Jesus ficou notavelmente sombria.
- E por que deveria gostar? É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a cada uma dessas três coisas as pessoas enfrentam? ( “Jesus” coloca no mesmo plano, em um plano trinitário, isto é onde os 3 são iguais mas diferentes, a economia, a política e a religião !!!!! e as chama de “trindade de terrores” que trazem tormentos e ansiedades às pessoas!!!!!! A Igreja não é mais instrumento de salvação, a política e economia não são mais maneiras de implantar a justiça e amor divinos!!! É a anarquia geral da geração de 68 atacando de Nova Era, de relativismo, de hedonismo, é o caos!)
(…)
- Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só eu posso. (novamente, uma verdade – “só eu posso”- misturada a um monte de inverdades contrárias ao Evangelho, à história da Igreja, à noção de santidade e ao papel transformador do cristão no mundo. Além, claro, da falsa idéia de liberdade que perpassa o livro inteiro e que chega ao seu cume na conversa com Sofia, onde se misturam idéias muito boas sobre julgamento e perdão com idéias absurdas sobre liberdade, reforçando a idéia de liberdade que o Pai coloca no início do livro).
A liturgia não fica fora das críticas de “deus”:
“- Nada é um ritual, Mack.”(p. 194)
“- Nada é um ritual, Mackeinze.” (p. 204), além de várias outras afirmativas que criticam o rito e o ritual e a oração que os segue. Infelizmente, não os anotei todos.
VII. A INEXISTENCIA DE REGRAS E A NECESSIDADE DE ENTENDER PARA ACREDITAR (ANARQUISMO – NOVA ERA + ILUMINISMO – ESPIRITISMO) – ECO DO “IMAGINE’ DE JOHN LENNON?”
O horror a instituições e sistemas, da autoridade e obediência, leva também à afirmação de que regras são desnecessárias, ainda que estejam na Bíblia!
Em companhia do Espírito Santo (Sarayu), Mack ouve dele as seguintes palavras:
“- Mackenzie! Seu tom era de censura, as palavras voando com afeto – a Bíclia não lhe diz para seguir regras. (Qual é mesmo a Bíblia dela???) Ela é uma imagem de Jesus (?? – é isso o que diz a Dei Verbum, o último Sínodo da Palavra, o Catecismo? A Palavra não é imagem de Jesus. Ela É Jesus. Acontece, como veremos depois, que o livro trará todo um discurso de meta-linguística onde toda a “trindade” se autodenomina verbo!!!!!! São João Evangelista nos acuda!)
(…)
- É verdade que os relacionamentos são muito mais complicados do que as regras, mas as regras nunca vão lhe dar as respostas para as questões profundas do coração. E nunca irão amar você. ( Eis uma pérola de anarquismo, de egoísmo, de centralização em si, de anti-Evangelho)
(Na seqüência da conversa, “a” Espírito Santo nos presenteia com mais uma pérola da arte de sofismar)
- Mackenzie, a religião tem a ver com respostas certas e algumas dessas respostas são de fato certas. Mas eu tenho a ver com o processo que leva você à resposta viva e só ele é capaz de mudá-lo por dentro. Há muitas pessoas inteligentes que dizem um monte de coisas certas a partir do cérebro porque aprenderam com alguém quais são as respostas certas. Mas essas pessoas não me conhecem. Assim, na verdade, como as respostas delas podem ser certas, mesmo que estejam certas? - Ela sorriu.- Ficou confuso? Mas pode ter certeza: mesmo que possam estar certas, elas estão erradas. (Vê-se aqui, a total separação entre o poder do Espírito Santo e a Igreja. Ele não é a alma da Igreja, cujos “chefes” e “teólogos” dão respostas certas sem conhecer o Espírito Santo, o que torna todas as suas respostas erradas! Que sofisma admirável! A religião não tem nada a ver com a verdade!!! O Espírito não guia a Igreja, que é guiada por homens inteligentes que, por não o conhecerem, se tornam erradas em toda busca da verdade! Vejam a resposta de Mack e pasmem)
- Entendo o que você está dizendo. Eu fiz isso durante anos, depois da escola dominical (catecismo). Tinha as respostas certas, algumas vezes, mas não conhecia vocês (!!!!!!!)
(…)
- Então verei você de novo? – perguntou Mack, hesitando.
- Claro. Você pode me ver numa obra de arte, na música, no silêncio, nas pessoas, na Criação, mesmo na sua alegria e na sua tristeza. (…) E você irá me ouvir e me ver na Bíblia de modos novos. Simplesmente não procure regras e princípios. Procure o relacionamento. Um modo de estar conosco.
Ainda sobre regras e comportamento:
Após dar uma adequada explicação da gratuidade do amor de Deus, Jesus novamente coloca no contexto uma idéia inadequada: “Isso deve trazer um grande alívio porque elimina qualquer exigência de comportamento. (e também de gratidão, de amor gratuito e agradecido a Deus, de louvor, de amor como prova de amor, de amor como conseqüência da fé e da esperança!)
Em seguimento à mentalidade anarquista e relativista contrária a regras, o “espírito santo” nos presenteia com um outro sofisma que sabe Deus de onde vem:
- Por que você acha que criamos os Dez Mandamentos?
(…) – Acho, pelo menos foi o que me ensinaram, que é um conjunto de regras que vocês esperavam que os humanos obedecessem para viver com retidão e em estado de graça perante vocês.
- Se isso fosse verdade, e não é – respondeu Sarayu -, quantos você acha que viveram com retidão suficiente para entrar em nossas boas graças?
A partir daqui o “espírito santo” começa a despedaçar a doutrina paulina sobre a Lei e a graça:
- Na verdade, só um conseguiu: Jesus. Ele obedeceu a letra da lei e realizou completamente o espírito dela. Mas entenda, Mackenzie, para fazer isso, ele teve de confiar totalmente em mim e depender totalmente de mim.
- Então por que vocês nos deram esses mandamentos?
- Na verdade, queríamos que vocês desistissem de tentar ser justos sozinhos. Era um espelho para revelar como o rosto fica imundo quando se vive com independência. (esse foi, de fato, aproximadamente, um dos efeitos da Lei, como diz o próprio Paulo, em Romanos. Entretanto, não foi por esta razão que nos foram dados os 10 mandamentos, como bem sabemos)
- Mas tenho certeza de que vocês sabem que há muitos que acham que se tornam justos seguindo as regras.
- Mas é possível limpar o rosto com o mesmo espelho que mostra como você está sujo? Não há misericórdia nem graça nas regras, nem mesmo para um erro. Por isso Jesus realizou todas elas por vocês para que elas não tivessem mais poder sobre vocês. (Senhor, tem piedade de nós e consola São Paulo).
(…) – Está dizendo que não preciso seguir as regras?
- Sim. Em Jesus você não está sob nenhuma lei. Todas as coisas são legítimas. (E a lei do amor que Jesus veio trazer? Se faz todas as coisas legítimas, não é amor!!! Aqui, Romanos é contradito de forma apavorante)
- Não pode estar falando sério! – gemeu Mack.
- Criança – interrompeu papai -, você ainda não ouviu nada.
- Mackeinzie – continuou Sarayu-, só tem medo da liberdade os que não podem confiar que nós vivemos neles. Tentar manter a lei é na verdade uma declaração de independência, um modo de manter o controle. (repare, que noção errônea de liberdade!)
-É por isso que gostamos tanto da lei? Para nos dar algum controle? – perguntou Mack.
- É muito pior do que isso – retomou Sarayu. – Ela dá o poder de julgar os outros e de se sentir superior a eles. Vocês acreditam que estão vivendo num padrão mais elevado do que aqueles a quem vocês julgam. Aplicar regras, sobretudo em suas expressões mais sutis, como responsabilidade e expectativa, é uma tentativa inútil de criar a certeza a partir da incerteza. E, ao contrário do que você possa pensar, eu gosto demais da incerteza. As regras não podem trazer a liberdade. Elas têm o poder de acusar. ( o “espírito santo” conseguiu transformar a Lei de Moisés em um conjunto de regras. Talvez ele ignore o que diz o profeta, que Deus nos daria um coração de carne e meteria Seu Espírito em nós para que cumpríssemos suas leis com a facilidade dos que O amam! Como se não bastasse, denomina como “regras sutis” a responsabilidade e expectativa. Aproximando-se ainda mais do absurdo, diz que gosta demais da incerteza. Ora, pelo que a Bíblia nos ensina, o Salvador foi prometido desde o pecado original, veio no “tempo oportuno, ou propício”, virá no final dos tempos e nos deixou também no Novo Testamento, uma série de promessas,orientações de responsabilidade quanto à salvação de nossas almas e da humanidade inteira. Por séculos os judeus profetizaram com grande expectativa a vinda do Messias e a esperaram intensamente. O absurdo chega ao cume quando afirma que as regras não podem trazer a liberdade (oposto do que nos ensina a Igreja e a Palavra) e que têm o poder de acusar, quando São Paulo, ao falar no assunto, dizem que elas têm a finalidade de nos fazer ver o mal)
- Uau! De repente Mack percebeu o que Sarayu haivia dito. – Está dizendo que a responsabilidade e a expectativa são apenas outra forma de regras? Ouvi direito?
Em seguida, “a trindade” entra em uma conversa que tem relação sofismática intensa com a noção cristã de Verbo (que aplica às 3 pessoas) e de substantivo. Tal sofisma remete às religiões orientais, assim como a neuro e meta- lingüística
Em um ataque de fundamentalismo, o “espírito santo” afirma:
“por isso, você não encontrará a palavra responsabilidade nas Escrituras” (!!!) (…) A religião usa a lei para ganhar força e controlar as pessoas de que precisa para sobreviver. Eu, ao contrário, (desta vez, é o “espíritosanto” quem se opõe à religião) dou a capacidade de reagir e sua reação é estar livre para amar e servir em todas as situações. (parece lindo? Veja o que vem a seguir neste jogo sofismático de verdade/mentira/verdade/mentira) (…) Como sou sua capacidade de reagir livremente (novo nome do Espírito Santo????? “espírito santo à la Nova Era?), tenho de estar presente em vocês. Se eu simplesmente lhes desse uma responsabilidade, não teria de estar com vocês. A responsabilidade seria uma tarefa a realizar, uma obrigação a cumprir, algo para vencer ou fracassar.
Caso você queira encontrar outro raciocínio sofismático fantástico para “provar” o erro, leia o que diz o “espírito santo” sobre a amizade, a prontidão, a responsabilidade, a liberdade, o relacionamento, o julgamento, as expectativas dos outros sobre você, que terminam com uma afirmação aparentemente correta do “pai:”
“- Querido, eu nunca tive expectativas com relação a você nem a ninguém.(e o “sede santos”, que vem desde o AT e é repetido por Jesus, acrescentando uma medida imensa: “sede santos como o Pai é santo“???) A idéia por trás disso exige que alguém não saiba o futuro ou o resultado e esteja tentando controlar o comportamento do outro para chegar ao resultado desejado.(por vezes, penso que Young tem uma neurose sobre controle e sobre liberdade, o que o leva a dizer absurdos com relação ao que a Igreja e a Palavra dizem sobre elas) Os humanos tentam esse controle principalmente por meio das expectativas. Eu o conheço e sei tudo sobre você. Por que teria uma expectativa diferente daquilo que já sei? (como bom relativista e iluminista, coloca o conhecimento acima de tudo, o experimental como base do conhecimento) Seria idiotice. E, além disso, como não a tenho, vocês nunca me desapontam. (Pecado??? O que é isso???)
A conclusão mais simples é que o livro não é adequado para ninguém, pelo menos não para cristãos que amem a Deus e levem a sério a Palavra, a Igreja, o mistério da Trindade.
Além do que foi escrito acima, o livro prima pela dessacralização da Trindade e da liturgia. Desautoriza igualmente o Magistério, a Igreja, os Sacramentos e a ordem social.
Segundo a contracapa e a introdução, tem por objetivo mostrar o sentido da vida e ajudar a passar por momentos de tristeza e angústia. É de admirar, pois além de não fazê-lo, usa a maior parte de seus capítulos para a descrição da “trindade” e seus “pensamentos”.
A versão, amplamente divulgada e com cara de marketing, de que Mack relata uma experiência de Deus não é, nem um pouco verdadeira e torna-se, mesmo, anacrônica quando colocada frente a frente com o que diz a Palavra, os santos, os doutores da Igreja.
Acrescento o comentário de duas conhecidas minhas sobre o livro:
- Não agüentei ler todo. Fez uma confusão enorme em minha cabeça.
- Li por ler. O livro não me acrescentou nada.
Ambas as senhoras têm cerca de 45 anos, são cristãs não engajadas e “apenas” vão à missa aos domingos.